Atleta de eSports da DiversiGames representará o Brasil no World Skate Games

A atleta de eSports Maria Luiza dos Santos Souza, a Maluzzita, sorrindo e de braços cruzados em frente a um banner da DiversiGames.

Legenda descritiva: A atleta de eSports Maria Luiza dos Santos Souza, Maluzzita, sorrindo e de braços cruzados em frente a um banner da DiversiGames. Este mês, ela representará o Brasil no Campeonato Mundial de Skate na Itália. (Foto: Divulgação)

Do Complexo da Maré para o mundo: Maluzzita é a primeira mulher do Brasil no World Skate Games, que estreia o torneio de esportes eletrônicos neste mês.

Escolhida pela Confederação Nacional de Skate (CBSK) em uma seletiva inédita, Maria Luiza dos Santos Souza, conhecida como Maluzzita, fez história ao se tornar a primeira mulher brasileira a se classificar para o torneio de eSports que estreia no Campeonato Mundial de Skate. Maluzzita também atua como Embaixadora da DiversiGames, uma empresa de impacto social e digital que promove o acesso à cultura gamer para crianças e jovens carentes, bem como para grupos minorizados.

Neste artigo
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    Boa leitura!

    Quem é a Maluzzita?

    Ela é carioca, nascida e criada na comunidade da Vila do João, no Complexo da Maré (RJ), tem 19 anos e vai representar o Brasil no primeiro torneio de e-Sports do World Skate Games , campeonato mundial de skate, realizado este mês, em Roma, na Itália. 

    Conhecida como Malu ou Maluzzita no universo gamer, Maria Luiza dos Santos Souza foi selecionada pela Confederação Nacional de Skate (CBSK) e entra para a história como a primeira mulher brasileira a se classificar para a nova competição de jogos eletrônicos. Ela disputará a modalidade Skate XL, jogo de simulação de skate que permite realizar manobras em ambientes digitais, como se estivesse praticando na vida real. 

    Maluzzita é atleta de eSports e Embaixadora da DiversiGames, empresa de impacto social que promove letramento digital e acesso à cultura gamer a grupos minorizados como crianças, adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade social e econômica, pessoas com deficiência (PcDs), moradoras de favelas ou de outras localidades, negras e das comunidades LGBTQIAPN+.

    A importância dos games em sua vida

    Foi em um dos centros de formação da DiversiGames, inclusive, que Malu começou a praticar o e-skate, com treinamentos realizados em parceria com a Player 1 Gaming Group (P1GG). 

    “Nunca andei de skate na rua, mas comecei a praticar na tela e me encantei. Os jogos eletrônicos são minha grande paixão e dão sentido à minha vida, desde os tempos em que eu frequentava a lan house aqui na comunidade para jogar. Agora eles fazem parte da minha profissão”, conta a atleta, que também é criadora de conteúdo. “É uma sensação maravilhosa estar representando o Brasil, e mais ainda, estar representando as mulheres em um campeonato gigante”, orgulha-se. 

    Ela embarca para Roma no próximo dia 16 de setembro, dois dias antes do torneio de e-sports, que acontece nos dias 18 e 19/9, e se diz preparada para enfrentar o novo desafio. ”Será uma oportunidade incrível ir para outro país competir. Parece que estou sonhando. E a Itália é um país que sempre quis conhecer, mas nunca imaginei chegar até lá. Estou muito feliz”, afirma.

    A empolgação é tamanha que as redes sociais da atleta foram tomadas por uma contagem regressiva para sua ida ao evento mundial. Esta é a segunda viagem internacional de Maluzzita: em 2023, ela esteve na Alemanha, participando da Gamescom, maior feira de games do mundo, a convite da Associação Brasileira de Desenvolvedoras de Games (Abragames). 

    O Impacto da DiversiGames no eSports

    De olho no futuro, a DiversiGames tem investido na formação de atletas de esportes eletrônicos olímpicos, desde que foram anunciados os Jogos Olímpicos de e-Sports 2025, na Arábia Saudita, e os games participantes.

    Além de Maria Luiza, a empresa está treinando dois jogadores de beisebol virtual, Arthur Lopes, de  22 anos, e Gabriel Nogueira, de 30 anos, que decidiram concorrer a uma vaga na nova competição olímpica. Até lá, eles participam de eventos classificatórios, como o torneio mundial do esporte, em novembro, em Tóquio, com o simulador virtual de beisebol reconhecido pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). Com a possível classificação, os atletas podem ser os primeiros brasileiros a disputarem os Jogos Olímpicos de e-Sports. 

    Arthur Lopes e Gabriel Nogueira, atletas de eSports, jogam em cadeiras gamer, ambos usando camisetas azuis com o logo da DiversiGames.
    Descrição da Imagem: Dois atletas de eSports, Arthur Lopes e Gabriel Nogueira, estão sentados lado a lado em cadeiras de jogo, sorrindo enquanto seguram controles. Ambos vestem camisetas azuis da DiversiGames. Ao fundo, o ambiente parece uma sala de treinamento, com cadeiras e uma placa na parede com o logo da DiversiGames. Arthur segura um controle, enquanto Gabriel sorri relaxadamente. (Foto: Divulgação)

    “Como tive uma lesão no joelho, praticar esportes físicos ficou muito complicado para mim. Então está sendo reconfortante poder jogar no formato eletrônico, e ter a chance de ir para uma Olimpíada”, celebra Gabriel “Tottoro” Nogueira. Arthur Lopes, seu colega de equipe, diz se sentir honrado em competir pela DiversiGames:

    “O que mais me deixa feliz é perceber a minha evolução do jogo, que o meu treino e o meu esforço estão tendo algum resultado. E jogar pela DiversiGames é incrível. É muito gratificante para mim poder representar uma iniciativa que traz a diversidade em todas as suas ações”, diz.

    Investindo no Futuro do eSports no Brasil

    Mariana Uchôa, cofundadora e diretora de operações da DiversiGames, explica que o investimento pioneiro da empresa acompanha uma tendência do mercado competitivo em oferecer oportunidades cada vez maiores para jogos eletrônicos que simulam esportes reais em espaços virtuais, no lugar de produtos com uma proposta mais fantasiosa. O plano é incluir, em breve, mais games com esta premissa entre os cursos oferecidos pela iniciativa.

    “Na DiversiGames, estamos sempre na vanguarda, buscando novas formas de promover a diversidade e a inclusão na indústria dos games. Ao investir em modalidades como o skate XL e e-baseball, não apenas abrimos portas para nossos atletas em um cenário global, mas também damos mais um passo importante para diversificar e expandir o mercado de eSports no Brasil”, afirma Mariana.

    A cofundadora e diretora também fala da missão da empresa. “Nossa missão é gerar oportunidades e mostrar que inovação, aliado ao trabalho, pode transformar vidas, criando um caminho para o desenvolvimento econômico e social através dos games e da formação de e-atletas, agora olímpicos”.

    Oportunidades e Expansão no Mercado de eSports

    A empresa está explorando investimentos em várias modalidades além do e-skate e do beisebol eletrônico. Entre essas modalidades estão o tênis e o taekwondo, que foram destaque na Olympics eSports Week em Singapura, organizada pelo COI.

    O Comitê Olímpico Internacional está se aproximando do mercado de esportes eletrônicos em um momento estratégico. No último ano, essa área movimentou cerca de U$ 1,72 bilhão, segundo a Fortune Business Inside. Projeções indicam que esse valor pode ultrapassar U$ 9 bilhões até 2032.

    Um Hub de ESG e Games no Brasil

    A DiversiGames é considerada o maior hub de ESG e Games no Brasil. Ela possui centros de formação no Rio de Janeiro e, em breve, também em São Paulo. Esses centros atendem crianças a partir de 7 anos até jovens de 18 anos.

    As oficinas gratuitas de letramento digital incluem cursos sobre jogos eletrônicos como Minecraft, Fortnite, League of Legends, Free Fire e Valorant. Além disso, há cursos de criação de conteúdo (Creator), desenvolvimento e programação de jogos, aulas de inglês e reforço escolar.

    Os espaços são adaptados para Pessoas com Deficiência (PcDs) e os cursos utilizam uma metodologia de ensino inclusiva, garantindo que qualquer pessoa possa participar.

    DiversiGames: impacto social e digital

    A DiversiGames é uma empresa de impacto social e digital que promove o acesso à cultura gamer. Com uma proposta inovadora, ela atua como um hub que integra ações de ESG e Games, apresentando o universo dos jogos eletrônicos a pessoas interessadas, mas com poucos recursos para usufruir desse entretenimento.

    O projeto incentiva a criatividade dos participantes, permitindo a criação de jogos, histórias e conteúdos. Além disso, conscientiza alunos sobre questões sociais importantes, como preconceito, discriminação, saúde mental e meio ambiente.

    Oportunidades e Desenvolvimento

    A DiversiGames gera oportunidades de trabalho e carreira para jovens que desejam seguir como desenvolvedores, testadores, designers de jogos, jogadores ou casters, entre outras funções.

    Desenvolvimento de Habilidades

    Além disso, a empresa desenvolve aptidões como resolução de problemas, pensamento crítico, trabalho em equipe, comunicação, empatia e habilidades sociais através de atividades de jogos multiplayer.

    Saiba mais sobre a DiversiGames acessando o site no link .

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    Rafael F. Carpi

    Editor na Jornalista Inclusivo e na PCD Dataverso. Consultor em Estratégias Inclusivas e Gestor de Mídias Digitais. Formado em Comunicação Social (2006). Atuou como repórter, assessor de imprensa, executivo de contas e fotógrafo. Ativista dedicado aos direitos da pessoa com deficiência, redator na equipe Dando Flor e na Pachamen Editoria.

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