Com foco na educação, a Plataforma Empodera conecta e prepara universitários e recém formados de diferentes classes sociais, raças, gêneros, orientação sexual e com deficiência para ingressarem em grandes organizações.
Promover a diversidade como alavanca para inovação, eficiência, sustentabilidade e melhor performance nos negócios. Identificar e desenvolver talentos com diversidade, formando novas lideranças. Essa é a missão da Empodera – startup de educação com foco no desenvolvimento profissional de jovens universitários.
Gratuita para candidatos, a plataforma Empodera faz a conexão com empresas e o preparo de jovens universitários e recém formados ↗ de diferentes classes sociais, raças, gêneros, orientações sexuais e pessoas com deficiência para que ingressem e se desenvolvam em grandes organizações.
A plataforma foi lançada em 2016, pelo engenheiro carioca Leizer Pereira. Com áreas para candidatos, voluntários ↗ e empresas, a plataforma multisserviços é pioneira na construção de negócios inclusivos e transformação cultural, através de treinamento e recrutamento de talentos, permitindo escalar os programas nas organizações.
Para aproximar empresas ↗ e jovens candidatos negros, PcDs, LGBTQIAPN+ e mulheres, a startup desenvolveu sua própria metodologia, baseada nos 3’s – sensibilizar, sistematizar e sustentar as ações de diversidade e inclusão:
“Sabemos que hoje a maioria das consultorias desenvolvem ações de sensibilização, mas acreditamos que isso não seja o suficiente. Temos que dar um passo adiante e por isso criamos esta metodologia”, comenta Leizer.
Segundo nota, a plataforma já conta com cerca de 60 mil jovens cadastrados, 10 mil acessos mensais e soma mais de 1.500 jovens contratados em empresas como Google, White Martins, Pepsico, Itaú, Ipiranga, TechnipFMC e outras. Além disso, a empresa que faturou R$ 1 milhão em 2020 pretende chegar aos R$ 3 milhões ainda esse ano.
Diversidade e inclusão: Fruto de muito trabalho
Nascido na periferia do Rio de Janeiro e filho de mineiros, Leizer Pereira, apesar de ser uma minoria (negro e com uma carreira consolidada na área de Engenharia de Telecomunicações) sentiu a necessidade de ajudar não só os jovens de grupos minorizados pela sociedade, mas de auxiliar as empresas a contratarem essas pessoas e saberem como incluí-los no mercado de trabalho.
Atualmente com 47 anos de idade, Leizer conta que o fato de ter tido uma infância simples, mas feliz, em Duque de Caxias (RJ), ter estudado em escola pública e ter convivido com mulheres empoderadas – quando o termo “Empoderamento” nem era usado – foi essencial para que ele se tornasse o homem que é hoje: engajado em fazer a diferença social no Brasil.
“Meu pai trabalhava no INSS, era politizado e estava sempre envolvido com a liderança comunitária da nossa região. Já minha mãe, não concluiu os estudos, mas adorava cozinhar e ‘bater uma laje’. Sem dúvidas, os dois foram fundamentais para me ensinar a ter ousadia, coragem, ambição, empatia e solidariedade”, conta.
Sempre apaixonado pela leitura e estudos, aos 14 anos – assim como a maioria dos seus amigos – já trabalhava como office-boy. Com 17, formou-se técnico em eletrônica e foi trabalhar numa autorizada da Panasonic.
Aos 23 anos, Leizer passou em concurso público e foi trabalhar como técnico em eletrônica na usina nuclear Angra 3, de Furnas. Depois cursou Engenharia de Telecomunicações e construiu carreira na indústria de tecnologia, com experiência nas áreas de operações, engenharia e vendas. Mais tarde, com MBA de gestão de negócios na Fundação Getúlio Vargas (FGV) e uma carreira consolidada, ele ainda sentia que faltava algo:
“Eu estava inquieto e não sabia exatamente o motivo. Então, em maio de 2014, fiz um coaching de carreira e durante o processo identifiquei que meu perfil me habilitava para atuar com educação e política”, lembra.
Apaixonado por educação e com profundo desejo de devolver à sociedade o que conquistou, começou a pesquisar organizações dispostas a fazer a diferença na vida das pessoas. Foi então que, em 2014, iniciou o trabalho como professor voluntário de matemática na Educafro – rede de cursinhos pré-vestibular que prepara jovens pobres, especialmente negros, para terem acesso a nível superior, seja por universidade pública ou privada, com bolsas de estudos.
“Quando completei dois meses no Educafro me tornei coordenador voluntário da regional do Rio de Janeiro. Fui junto com o Frei David para Brasília (DF) discutir algumas medidas para inclusão social. Quando me vi discutindo projetos com um dos maiores líderes negros do país e que havia pessoas dispostas a fazer isso acontecer, descobri que era isso que queria fazer para o resto da minha vida”, revela Leizer.
O pontapé inicial
Em 2015, já com a Educafro revitalizada, a Coca-Cola entrou em contato com a ONG, em busca de apoio no recrutamento de jovens negros para o seu programa de trainee e para aprofundar a consciência sobre a questão racial. Esse foi o pontapé inicial para criar a startup Empodera.
“Logo pensei: Se a Coca-Cola, em 2015, ainda não sabe bem como incluir jovens negros no seu programa de trainee, é sinal que nenhuma empresa sabe, e que todas precisarão de suporte de consultoria especializada para desenvolver seus programas de diversidade & inclusão”, esse foi, segundo Leizer, só um primeiro insight de negócio, e continuou:
‘O segundo insight foi que os jovens, de uma forma geral, em especial oriundos de grupos de minorias, incluindo os negros, não se sentem preparados para carreira ou processo seletivo. A solução que criamos para essa premissa foi baseada numa plataforma online de educação para carreira, preparação para processo seletivo, acesso a vagas e conexão com as empresas. Nasce aí a plataforma comunidade Empodera”, finaliza.
Links úteis
- Website: www.comunidadeempodera.com.br ↗
- LinkedIn: www.linkedin.com/company/comunidade-empodera ↗
- Facebook: www.facebook.com/ComunidadeEmpodera ↗
- Instagram: www.instagram.com/comunidadeempodera ↗
Da Equipe de Redação
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