Educação Especial e Educação Inclusiva: Você sabe a diferença?

Foto com texto ao fundo: “Educação Especial e Educação Inclusiva”. Abaixo, sinais de interrogação. Imagem de criança aprendendo somar com ábaco ou soroban, um antigo instrumento de cálculo, com auxilio da professora.
Este artigo explica as diferenças entre Educação Especial e Educação Inclusiva e como elas podem ser aplicadas para melhorar a educação de todas(os) estudantes. Confira. (Foto: Freepik)

Muitas pessoas têm dúvidas e pensam que educação especial e inclusiva são a mesma coisa, porém, embora se complementem em certos aspectos, existem diferenças bem importantes.

A educação é um direito fundamental de todas as pessoas. No entanto, muitas vezes, as necessidades educacionais de algumas pessoas são diferentes das demais. É aí que entram a Educação Especial e a Educação Inclusiva. Mas você sabe qual é a diferença entre elas?

Neste artigo, vamos explicar o que cada uma delas significa e como elas podem ser aplicadas para melhorar a educação de todos os alunos.

Publicidade

Educação Especial e Educação Inclusiva

Sou pedagoga, pós-graduada em Educação Infantil e atualmente estudante de Educação Especial, mas confesso que eu também confundia as duas modalidades.

Embora elas se complementem em certos aspectos, existem algumas diferenças entre a Educação Especial e a Inclusiva, mas, graças a um curso muito bacana que fiz recentemente, eu agora já consigo diferenciar e até explicar as especificidades de cada uma. 

Educação Especial

A educação especial refere-se ao atendimento educacional para pessoas com deficiência e com necessidades específicas para a aprendizagem. De acordo com o documento Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva:

O atendimento educacional especializado tem como função identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem barreiras para a plena participação do estudante, considerando suas necessidades específicas.”¹

Um exemplo de Educação Especial é o programa educacional bilíngue para pessoas surdas, da Prefeitura Municipal de São Paulo. Aqui em São Paulo existem as EMEBS² (Escolas Municipais de Educação Bilíngue para Surdos) que considera Língua Brasileira de Sinais (Libras) como língua de instrução e comunicação (L1) e a Língua Portuguesa como segunda língua (L2), garantindo aos estudantes acesso pleno ao Currículo da Cidade.

Publicidade

Educação Inclusiva

Já a educação inclusiva refere-se ao atendimento educacional de e para TODOS. E esse “todos” abrange pessoas com e sem deficiência (física e intelectual) pessoas com dificuldade de aprendizagem (dislexia, discalculia, entre outros), pessoas com algum tipo de transtorno (TDA/H, TOD, TEA, entre outros), população indígena, população imigrante, ou seja, todas as pessoas, sem exceção, discriminação ou preconceitos.

Segundo informações da Wikipédia“A educação inclusiva favorece a diversidade à medida que considera que todos os alunos podem ter necessidades especiais em algum momento de sua vida escolar.” ³ Ou seja, diversidade é a palavra-chave da educação inclusiva: “com a inclusão, as diferenças não são vistas como problema, mas como diversidade.”

Um exemplo de educação inclusiva é o Currículo da Cidade: Povos Migrantes – Orientações Pedagógicas, que expressa logo na sua introdução: 

“Este material convida a um movimento de desvelar de práticas e convoca ao compromisso com a equidade, valorização das diversas nacionalidades e, finalmente, permite-nos refletir acerca da xenofobia e racismo, além de indicar caminhos possíveis para o debate e resolução de conflitos advindos destes. 

Conclusão

A educação especial faz parte da educação inclusiva. E a educação só é inclusiva levando em consideração as particularidades da educação especial. Apesar de suas singularidades, ambas caminham juntas e têm um objetivo em comum: o desenvolvimento pleno de todas as pessoas em uma sociedade mais ética, justa e humana.

A educação é um direito de todos. Temos ainda um longo caminho a percorrer para atingirmos o nível de educação que a nossa sociedade merece, mas felizmente já estamos dando alguns passos importantes nessa direção.

Publicidade

Referências:

1. Política Nacional de Educação Especial Equitativa, inclusiva e com aprendizado ao longo da vida. Disponível no link:https://www.gov.br/mec/pt-br/media/acesso_informacacao/pdf/PNEE_revisao_2808.pdf

2. Programa de Educação Bilíngue para Surdos. Disponível no site: https://educacao.sme.prefeitura.sp.gov.br/educacao-especial/programa-de-educacao-bilingue-para-surdos/ 

3. Educação inclusiva – A inclusão escolar e os desafio da aprendizagem. Disponível no site: https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Educa%C3%A7%C3%A3o_inclusiva

4. Currículo da Cidade: Povos Migrantes: orientações pedagógicas. Disponível no site: https://acervodigital.sme.prefeitura.sp.gov.br/acervo/curriculo-da-cidade-povos-migrantes-orientacoes-pedagogicas/

Renata Ubugata
Renata Ubugata

Pedagoga, pós-graduada em Educação Infantil. Atualmente estudante de Educação Especial e Mãe apaixonada de dois meninos autistas.

Publicações

Deixe um comentário