Rede Cultural Beija-Flor: Desenvolvimento social, educação e oportunidade

Foto colorida com três crianças, ilustrando pauta da ONG Rede Cultural Beija-Flor. Descrição detalhada na legenda.
Descrição da imagem #PraCegoVer: Foto colorida com três crianças, ilustrando pauta da ONG Rede Cultural Beija-Flor. Na ocasião, participando do projeto Nutri-ação, as crianças usam uniforme verde, de chef de cozinha e touca higiênica. Ao fundo aparecem mais pessoas. Créditos: Divulgação/ Rede Cultural Beija-Flor

Com 28 anos de atuação, ONG de Diadema (SP) auxilia jovens na inserção no mercado de trabalho

Somente neste ano, a Rede Cultural Beija-Flor já impactou 2.820 pessoas de famílias em situação de risco ou vulnerabilidade social na Grande São Paulo e comunidades indígenas

Desenvolvimento social, educação e oportunidade. Esses são os três pilares de atuação da Rede Cultural Beija-Flor, uma ONG que atua há 28 anos na cidade de Diadema, na Grande São Paulo, ajudando crianças e jovens, com idades entre 6 e 24 anos, em situação de risco ou vulnerabilidade social.

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A organização busca, por meio de ações voltadas para as áreas da assistência e promoção social, educação, cultura, esporte, educação socioemocional, nutrição e gastronomia, inclusão digital, orientação vocacional e orientação profissional, promover o desenvolvimento pessoal e profissional dos usuários.

Somente em 2021, foram 2.820 pessoas impactadas. Destas, 425 são crianças e jovens matriculados nas atividades, 122 alunos do curso feito em parceria com o Sebrae, Senac e Senai, 202 famílias da comunidade, 283 familiares dos matriculados, 40 indígenas e 39 pelo Sistema S (conjunto de organizações voltadas para treinamento profissional, assistência social, consultoria, pesquisa e assistência técnica).

Indígenas em oficina de música, da ONG Rede Cultural Beija-Flor. Detalhes na legenda, abaixo.
Descrição da imagem #PraCegoVer: Foto colorida, em área interna. Em primeiro plano, jovem indígena manuseia um violino e o arco utilizado para tocar o instrumento. Está sentado, olhando para baixo e usa calça cinza e camiseta azul. Ao fundo há outros diversos jovens em fila, lado a lado, em segundo plano. Créditos: Divulgação/ Rede Cultural Beija-Flor

No ano anterior, a organização acompanhou 273 famílias, com 2.184 beneficiários diretos. Além disso, foram mais de 56 toneladas de alimentos arrecadados, 524 livros e revistas e 2.500 máscaras de proteção facial, disponibilizados por meio de doações. Do ano passado para cá, a entidade tem atuado com mais força na área assistencial e, com o apoio de patrocinadores, traz um trabalho de saúde mental para as famílias, com o suporte de psicólogos.

Já em 2021, a ONG segue com foco na inclusão digital dos jovens, além de reforço nas áreas de matemáticas e linguagens, voltado para crianças com déficit de aprendizagem:

“Estamos em uma fase de consolidar o nome da Beija-Flor na questão de preparar os jovens para o mercado de trabalho. Sempre demos muito enfoque à cultura e, nos últimos três anos, entendemos que, além disso, é importante formá-los para o mercado de trabalho. A ideia é ensiná-los a pescar e não dar o peixe a eles”, esclarece Juliana Meyer, presidente da Rede Cultural Beija-Flor.

Dois jovens criando mini-esculturas em oficina de artesanato.
Descrição da imagem #PraCegoVer: Foto colorida, em área interna, com duas pessoas realizando atividades manuais. Eles estão sentados enquanto fazem pequenas esculturas. À esquerda, pessoa branca usando máscara de proteção, boné preto e blusa escuda. À direita, jovem de pele parda e cabelos Black, usa máscara de proteção, óculos de grau e camiseta preta. Sobre a mesa há diversos materiais e ferramentas e, ao fundo, uma banca com outras esculturas pequenas. Créditos: Divulgação/ Rede Cultural Beija-Flor

Programas e projetos

Dentre os projetos promovidos pela organização está o ‘Néctar’, no qual adolescentes com idades entre 14 e 16 anos têm uma orientação vocacional para, assim, aumentarem suas perspectivas de futuro nas áreas educacionais e profissionais. Dentre os aspectos abordados no projeto estão cidadania, esporte, cultura, ensino técnico e língua estrangeira, comunicação, práticas filosóficas para uma boa convivência, entre outros. Busca, ainda, mostrar a esses jovens diferentes realidades do mercado de trabalho, funções e ramo de atuação.

A entidade conta ainda com o projeto ‘Tesouros da África’. Ele remete à reflexão sociocultural e étnica por meio dos ritmos afro-brasileiros e como isso reverbera na linguagem atual para jovens de comunidades periféricas, dançarinos de Breaking e diversos segmentos da Dança de rua.

Pessoas em oficina de hambúrguer artesanal, com descrição detalhada na legenda.
Descrição da imagem #PraCegoVer: Foto colorida, em área interna, durante curso para aprender a fazer e vender hambúrgueres artesanais. Em primeiro plano aparece uma pessoa cozinhando no fogão. Tem pele negra, usa avental branco, touca higiênica e máscara hospitalar de proteção. Ao seu lado há outras duas pessoas e ao fundo, de costas, aparece mais uma pessoa com "toque blanche" (chapéu típico de chef de cozinha). Créditos: Divulgação/ Rede Cultural Beija-Flor

Na gestão, há a participação da diretora-executiva, Ivone Silva. Sua trajetória na área social teve início aos 16 anos de idade, atuando como arte-educadora no sertão de Pernambuco. Já aos 24, em 2004, entra na Rede através de processo seletivo para jovens com perfil de liderança juvenil, para coordenar 25 jovens em um programa social ao lado do fundador. Após um ano como voluntária, tornou-se a primeira coordenadora da entidade. Hoje, já são 18 anos fazendo parte da equipe administrativa da ONG.

“Sou suspeita para falar, mas a Rede Cultural Beija-Flor tem ações lindas. Um trabalho feito com muito amor, muita dedicação e muito resultado. Nós dependemos de investimento, apoio e buscamos mostrar à sociedade nosso empenho em fazer dar certo, para que as pessoas possam acreditar”, afirmou Ivone.

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Descrição da imagem #PraCegoVer: Foto colorida, em área externa, com cinco jovens segurando instrumentos de percussão – tambor surdo e repinique. Na ocasião, participam do projeto Tesouros da África é um projeto de ritmos tradicionais de matriz africana. Atrás deles há outras crianças e, ao fundo, diversas casas da comunidade do Eldorado em Diadema. Créditos: Divulgação/ Rede Cultural Beija-Flor

Prêmios

A atuação da RCBF também trouxe algumas premiações, nacionais e internacionais. Em 2008, a ONG ficou entre as doze finalistas da conceituada premiação Urban Age. O prêmio é oferecido anualmente pelo Deutsche Bank. Ela também recebeu o Prêmio Tecnologia Social, da Fundação Banco do Brasil, Prêmio Cultura e Saúde, concedido pelo antigo Ministério da Cultura e Assistência Social (ambos de concorrência nacional) e o Prêmio WOCA 2015 (que contou com a participação de 101 países). Além disso, foi reconhecida como instituição de Utilidade Pública para a cidade e o Estado de São Paulo.

História

Seu sócio-fundador, o norueguês Gregory John Smith, ficou muito impactado com a situação das crianças que viviam em situação de rua no Brasil. Como já fazia parte de outros projetos sociais pelo mundo, surgiu a vontade de construir a própria obra social voltada para a recuperação de crianças em situação de rua, em São Paulo.  Criou, então, em 1992, a RCBF.

A Rede Cultural Beija-Flor conta, atualmente, com três unidades, cada uma com um perfil de trabalho. A matriz foca nas ações culturais. A Unidade II – Núcleo Comunitário Sítio Joaninha possui projetos de empreendedorismo juvenil na Educação Nutricional. Com o “Nutri-ação”, um programa de cozinha-escola, auxilia os jovens na produção de geleias artesanais e pães para venda. Em parceria com o Sebrae, a ONG está desenvolvendo um plano de negócio, para buscar a melhor forma de trabalhar com os itens e desenvolver uma linha maior de produção. 

Adolescentes em apresentação de dança com descrição na legenda, abaixo.
Descrição da imagem #PraCegoVer: Foto colorida, em área interna, com diversos jovens participando do projeto Tribais, um espetáculo de dança que mescla coreografias, elementos rítmicos e visuais. Eles estão no palco, durante apresentação. Créditos: Divulgação/ Rede Cultural Beija-Flor

Já na Unidade III – Núcleo de Comunicação Olhar Social, há o desenvolvimento de projetos de formação nas áreas de comunicação e conectividade, com oficinas de captação de vídeos, imagem, além de um estúdio de gravação profissional.

Dentre os apoiadores da entidade estão Grieg Foundation, Bob Bygger Fellesskap, Fundação Balder, Odfjell, Granel Química, Borregaard LignoTech, Wings of Support, Mentor Media, Bloomberg, Pacheco Neto Sanden Teisseire, Instituto Devolver, FEA Social, Ashoka e Palas Athena. Além disso, possuem um parceiro estratégico, o Kolibri Carf (Fundação Criança em Risco), cuja principal participação é articular cooperações com empresas, escolas e também pessoas físicas, a fim de viabilizar os projetos sociais realizados no Brasil pela RCBF. 

Para doações, empresas podem destinar parte do seu imposto de renda para a organização. Pessoas físicas e jurídicas podem ajudar por meio de notas fiscais paulistas, doação via PayPal, financeira ou voluntariado. No caso das pessoas jurídicas, há ainda a possibilidade de adotar um projeto ou realizar a doação de produtos e serviços.

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