Mostra sobre acessibilidade cultural em Itu (SP) começa no dia 22 de janeiro

Arte de capa com foto de mulher com cão-guia e homem segurando uma claquete de filmagens, com textos, ilustrando a mostra sobre acessibilidade cultural em Itu.
Descrição da imagem #PraCegoVer: Arte de capa com foto colorida e textos, ilustrando a mostra sobre acessibilidade cultural em Itu. Á esquerda, no canto superior, está escrito: “Exposição:”. Abaixo está a foto de Marina Guimarães e seu cão-guia Duke. Marina tem pele clara, está com um braço para cima, sorrindo e ajoelhada junto de seu cão. À frente deles está João Paulo Lima, segurando uma claquete usada produções de cinema e audiovisual. João é branco e usa óculos de grau. Na lateral direita, plano de fundo amarelo escuro com recorte de fotografias da mostra, com sobreposição do nome: “O Ato Fotográfico Acessível, Subversivo e sua Transversalidade Cultural”. (Fotos: Divulgação. Créditos: Renan Nakano e Alex Gimenes/ Edição JI)

Gratuita e com entrada de cão-guia permitida, mostra fotográfica sobre acessibilidade cultural em Itu – no interior de SP, poderá ser apreciada até o fim de março

A partir das 14h do dia 22 de janeiro, ituanos e turistas poderão prestigiar no Museu da Energia de Itu, a exposição “O ato fotográfico acessível, subversivo e sua transversalidade cultural”. A entrada é gratuita. 

De autoria de Alex Gimenes e Renan Nakaro com curadoria de João Kulcsár e Edgar Jacques, a mostra apresenta retratos de pessoas com deficiência representando diferentes áreas da cultura e traz reflexões sobre os recursos de acessibilidade em atividades culturais, inclusão da pessoa com deficiência nas artes e produção de exposições fotográficas acessíveis. 

Foto de Edgar Jacques, com deficiência visual. Segura uma bengala e um livro. É curador da exposição sobre acessibilidade cultural.
Descrição da imagem #PraCegoVer: Fotografia colorida com texto. No canto esquerdo superior está o nome “Edgar Jacques”. Na imagem, Edgar é visto do quadril para cima sobre plano de fundo amarelo claro. Ele sorri, e segura bengala preta, um livro e uma caneta. Tem cabelos castanhos curtos e encaracolados e usa camisa com a estampa de silhuetas de árvores, em branco e preto. A gola da roupa e as mangas são pretas. As unhas da mão direita, que segura a caneta, estão pintadas de preto. A mão esquerda, que segura o livro, está entre as páginas. (Fotos: Divulgação. Créditos: Alex Gimenes e Renan Nakano/ Edição de arte JI)

“A intenção é além de trazer as pessoas com deficiência como destaque da exposição, das bordas para o centro, através das imagens, é também apresentar a todos os visitantes os possíveis recursos de acessibilidade para uma exposição fotográfica, mas que podem ser aplicados a diferentes atividades culturais”, explicou Nakano. 

A exposição conta com mapa, sinalização e piso podo tátil, vídeo guia e texto de curadoria em Libras, fotografias, objetos e escultura tátil, audiodescrição e áudio mediação que estará disponível através de QR Code ou através de dispositivo reprodutor de áudio para uso individual.  

Durante o período de exibição, acontecerá online e de forma gratuita uma atividade voltada à sensibilização sobre a temática “Acessibilidade Cultural” e contará com a participação dos fotógrafos da mostra Renan Nakano e Alex Gimenes, além da participação da convidada especial Desirée Nobre Salasar.

Entre as pessoas que integram a mostra está a bailarina, atriz e performer Mona Rikumbi. Batizada como Érica Andrea Martins, segunda filha de uma mãe solteira, negra e periférica, Mona pertence a mais um grupo minorizado socialmente: o das pessoas com deficiência.

Arte com foto de Mona Rikumbi, mulher negra e cadeirante. Descrição na legenda, abaixo.
Descrição da imagem #PraCegoVer: Arte com foto colorida e texto, ilustrando uma das pessoas que participa da mostra sobre acessibilidade cultural. No canto esquerdo superior está o nome artístico Mona Rikumbi. No canto oposto aparece a frase “Filha do Sol”. Efeitos de luz e brilho saindo da letra “O” da palavra Sol. Entre o nome e a frase está a foto da Mona, em cadeira de rodas. Ela sorri e segura um abedé colorido. Usa turbante amarelo com desenhos de flores e plantas, e um vestido longo com a mesma estampa do turbante. Calça sapatilha bege e usa brincos de argola, uma pulseira rosa, no punho esquerdo, um anel com pedra no indicador da mão direita e esmalte amarelo. (Fotos: Divulgação. Créditos: Edição de arte JI)

Em conversa com o Jornalista Inclusivo, a primeira mulher negra e cadeirante a atuar no Teatro Municipal de São Paulo, Mona Rikumbi – nome que na língua afro-bantu significa ”Filha do Sol” – falou sobre a experiência de participar da mostra:

“Recebi com muita alegria o convite a estar participando desta exposição rica em entendimento de diversidade, pluralidade e Pertencimento. Fruto de profissionais competentes e comprometidos com o coletivo que somos. Nossos corpos, expressões e pensamentos são diversos, e isso é o maior diferencial deste trabalho. Tai Renan Nakano e Alex Gimenez provaram com beleza e muito talento que “inclusão”, pode e é possível na prática. Agora a exposição chega a cidade de Itu, experimentem, compareçam e compartilhem. Sejam todes bem vindes!”.

Conteúdos extras e mais informações sobre os eventos relacionados à mostra estarão disponíveis no Instagram @fotograficoacessível.

Realização

A exposição foi contemplada no Programa de Ação Cultural (PROAC) 09/2020 (edital de apoio à produção de exposições inéditas de artes visuais de São Paulo). Tem apoio de algumas empresas parceiras. 

Além de Itu, a exposição foi exibida no Museu da Energia de São Paulo de outubro de 2021 ao início de janeiro de 2022. 

SOBRE A FUNDAÇÃO ENERGIA E SANEAMENTO

Desde 1998, a Fundação Energia e Saneamento pesquisa, preserva e divulga o patrimônio histórico e cultural dos setores de energia e de saneamento ambiental. Atuando em várias regiões do Estado de São Paulo por meio das unidades do Museu da Energia (São Paulo, Itu e Salesópolis), realiza ações culturais e educativas que reforçam conceitos de cidadania e incentivam o uso responsável de recursos naturais, trabalhando nos eixos de história, ciência, tecnologia e meio ambiente.

SERVIÇO: 

  • O quê: Exposição “O Ato Fotográfico Acessível, Subversivo e sua Transversalidade Cultural”
  • Quando: Início* dia 22/01 até 31/03 | De quarta a sábado, das 10h às 17h
  • Como: Bilheteria funciona das 10h às 16h
  • Onde: Museu da Energia de Itu – Rua Paula Souza, 669 – Centro, Itu (SP)
  • Quanto: Entrada gratuita
  • Informações: http://www.museudaenergia.org.br
  • Contato: itu@museudaenergia.org.br ↗ | (11) 4022-6832 | (11) 94805-4429
*Abertura será às 14h, com presença de Intérprete de Libras. 
Rafael Ferraz (Editor)
Rafael Ferraz (Editor)

Comunicador Social desde 2006, jornalita pela Faculdade Prudente de Moraes (FPM). Trabalha com jornalismo digital acessível e consultoria em acessibilidade e inclusão. Foi repórter em rádio AM, jornais impresso, assessor de imprensa, executivo de contas e fotógrafo em navios de cruzeiro. É tetraplégico e ativista pelos direitos da pessoa com deficiência.

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