OPESP abre 13 vagas para instrumentistas com ou sem deficiência

Fotografia com o nome da OPESP - Orquestra Parassinfônica de São Paulo. OPESP abre 13 vagas para instrumentistas. Imagem mostra musicistas da orquestra no palco da Sala São Paulo.
A Orquestra Parassinfônica de São Paulo – OPESP abre 13 vagas para instrumentistas em processo seletivo para violinistas, flautistas, percussionistas e outros. (Imagem: Divulgação)

Musicistas têm até dia 7 de março para se inscrever no processo seletivo da Orquestra Parassinfônica de São Paulo; resultado será anunciado em 10 de março e prevê bolsa de estudos

Depois da grande estreia na Sala São Paulo e da conquista do Prêmio Governo do Estado de São Paulo para as Artes 2022 na categoria Inclusão, Diversidade e Acesso à Cultura, a primeira orquestra protagonizada por musicistas com deficiência está expandindo e já tem agenda de apresentações confirmadas no segundo semestre de 2023.

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    Boa leitura!

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    Processo seletivo da OPESP

    Estão abertas a partir de hoje, 24 de fevereiro, as inscrições para concorrer às treze novas vagas criadas na OPESP (Orquestra Parassinfônica de São Paulo), a primeira orquestra do mundo protagonizada por musicistas com deficiência.

    Parte do processo de crescimento e amadurecimento do projeto iniciado em 2022, o novo edital busca pessoas com ou sem deficiência, mas com experiência musical em cordas, madeiras, metais ou percussão.

    “O sucesso do primeiro ano do projeto foi garantido pela paixão e empenho de um grupo excepcional de pessoas dedicadas em contribuir para a causa da inclusão e educação musical das pessoas com deficiência”, explica Igor Cayres, mestre em atividades culturais e artísticas, idealizador e produtor da OPESP, que celebra:

    “Esta nova etapa se inicia com ares de conquista e novo fôlego para cumprir uma agenda de pelo menos cinco concertos no Brasil”.

    OPESP abre 13 vagas para instrumentistas

    As novas vagas são direcionadas para musicistas dos seguintes instrumentos:

    • Violino (4 vagas);
    • Viola (3 vagas);
    • Violoncelo (1 vaga);
    • Contrabaixo (1 vaga);
    • Flauta/piccolo (1 vaga);
    • Trombone (3 vagas);
    • Percussão (1 vaga).

    As pessoas interessadas devem acessar o site da OPESP neste link , preencher a ficha de inscrição, enviar um vídeo cumprindo os requisitos de formato descritos e enviá-los até o dia 07 de março.

    Todo o processo de inscrição será de forma online, até a equipe pedagógica da OPESP fazer uma análise das pessoas inscritas e anunciar as selecionadas no dia 10 de março em seu site.

    Pessoas que não moram em São Paulo estão aptas a se inscreverem, mas não terão ajuda de custo extra, além da bolsa já prevista a todos os integrantes da orquestra.

    Trajetória musical de Miriã

    A paulistana Miriã Vitória dos Santos iniciou seus estudos musicais aos seis anos na Escola de Música do Estado de São Paulo. Em decorrência de uma cirurgia, sua trajetória musical foi interrompida por três anos. De volta à ativa, Miriã integrou a OPESP ao longo do ano de 2022 e comemora.

    “A experiência na OPESP foi muito além do que eu imaginava. Graças às aulas e aos ensaios, conheci e evoluí consideravelmente na parte técnica do violoncelo. Além disso, foi uma oportunidade de estreitar laços e fazer amizades. Neste ano, espero evoluir ainda mais no instrumento e que mais pessoas saibam que nós existimos e apoiem a causa”, detalha.

    Jornada de sucesso

    Foi contrapondo os números das pessoas com alguma deficiência no País com a representatividade dessa população na música brasileira, que Igor Cayres construiu o projeto da OPESP – para criação, desenvolvimento e promoção da primeira orquestra do Brasil protagonizada por musicistas com deficiência.

    Ao todo, 33 pessoas foram selecionadas, dentre PCDs e não-PCDs, e passaram por um semestre intenso de aulas e ensaios e, então, estrearem em grande estilo na Sala São Paulo, uma das dez melhores salas de concerto do mundo, em dezembro de 2022. Por fim, Igor Cayres foi vencedor do Prêmio Governo do Estado de São Paulo para as Artes 2022 , no quesito Inclusão, Diversidade e Acesso à Cultura, pela idealização da OPESP.

    “Na Shell, temos o compromisso de contribuir para o desenvolvimento social do país, onde operamos há 110 anos. A Orquestra Parassinfônica de São Paulo, da qual temos o orgulho de sermos apresentadores, é um belo exemplo de iniciativa que reúne elementos fundamentais para a nossa companhia, com a valorização da cultura nacional e o empoderamento de grupos minorizados. Acreditamos que apoiar o projeto é uma maneira de avançar na construção de uma sociedade mais inclusiva, impactando positivamente milhares de vidas”, destaca Glauco Paiva, gerente executivo de Comunicação e Responsabilidade Social da Shell Brasil.

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    Processo educativo

    “A grande maioria dos músicos da OPESP vivenciou pela primeira vez na vida a experiência da rotina de uma orquestra sinfônica. Vistas todas as dificuldades impostas sobre as pessoas com deficiência, para eles chegava a ser difícil até mesmo encontrar escolas de música para estudar. Hoje serem protagonistas da OPESP e terem contato com um corpo técnico deste nível, é extremamente recompensador”, detalha Igor.

    Sob coordenação pedagógica de Aída Machado, Mestre em Música pelo Departamento de Música da Universidade de São Paulo, a orquestra terá regência do maestro Marcos Arakaki, renomado por dirigir importantes orquestras nacionais e internacionais, como a Orquestra Sinfônica Brasileira, Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, Orquestra Sinfônica do Paraná, Orquestra Filarmônica de Buenos Aires, Orquestra Sinfônica de Xalapa, Orquestra Filarmônica de Universidade Autônoma do México, Kharkiv Philharmonic na Ucrânia e Bohuslava Martinů Philharmonic Orchestra na República Tcheca.

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    Rafael F. Carpi

    Editor na Jornalista Inclusivo e na PCD Dataverso. Formado em Comunicação Social (2006), foi repórter, assessor de imprensa, executivo de contas e fotógrafo. É consultor em inclusão, ativista dedicado aos direitos da pessoa com deficiência, e redator na equipe Dando Flor e na Pachamen Editoria.

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