Primeira Orquestra Parassinfônica do Brasil estreia no Dia Internacional da Pessoa com Deficiência (03)

OPESP, primeira Orquestra Parassinfônica do Brasil, durante ensaio do concerto de estreia no Dia Internacional da Pessoa com Deficiência. Foto: Leonardo Mendonça/ @lmf.fotografias
OPESP | Foto: Reprodução. Créditos: Leonardo Mendonça/ @lmf.fotografias

Espetáculo de estreia da OPESP - protagonizado por musicistas com deficiência - será na Sala São Paulo, em 03 de dezembro, sob regência do maestro Roberto Tibiriçá

O levantamento mais recente do IBGE, realizado em 2010, mostra que o Brasil possui mais de 45 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência. Sendo que, deste total, mais de 13 milhões são pessoas com deficiência física. Se mesmo com políticas de cotas, as pessoas com deficiência ainda são subrepresentadas nas empresas, no universo da música o cenário é ainda mais desanimador.

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    Boa leitura!

    Primeira Orquestra Parassinfônica do Brasil

    Foi de olho nessa discrepância que Igor Cayres, mestre em atividades culturais e artísticas e produtor cultural, construiu o projeto da OPESP (Orquestra Parassinfônica de São Paulo) para criação, desenvolvimento e promoção da primeira orquestra do mundo protagonizada por musicistas com deficiência física.

    Todo o processo, desde edital, pré-seleção, audições e aulas, aconteceu ao longo de 2022 e agora é celebrado com uma grande estreia na Sala São Paulo, no dia 03 de dezembro de 2022, mesmo dia em que é celebrado o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, proclamado em 1992 pela Organização das Nações Unidas (ONU).

    Celebrado em 192 países membros da ONU, o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência visa promover os direitos e o bem-estar dessas pessoas em todas as esferas da sociedade e do desenvolvimento, e aumentar a consciência sobre a situação em todos os aspectos da vida política, social, econômica e cultural.

    Estreia da OPESP

    “Este dia é emblemático para o projeto porque, apesar de a OPESP já estar rodando desde fevereiro deste ano, é a primeira vez que o público vai poder ter contato com os primeiros frutos do trabalho duro que estes musicistas vêm fazendo”, explica Igor Cayres, idealizador e produtor da OPESP.

    “Pela primeira vez na vida estes 33 músicos, sendo 8 com deficiência, tiveram a oportunidade de vivenciar a rotina de uma orquestra sinfônica e agora de subirem ao palco da Sala São Paulo – o mesmo pelo qual gigantes da música mundial também já pisaram”, completa Igor.

    Humanização

    A estudante de Licenciatura em Música Camila Moraes, de 22 anos, percorreu uma longa jornada no Rio Grande do Sul, desde os 10 anos de idade até compor o naipe de trompa da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre. Periodicamente viajando oito horas para ir e voltar de Santa Maria até Porto Alegre, para essa amante da música, percorrer longas distâncias está longe de ser um problema.

    “Quando eu vi as inscrições abertas para a OPESP inicialmente eu titubeei, mas decidi me inscrever porque eu decidi que é isso que eu quero fazer para o resto da minha vida”, comenta Camila.

    “Só de estar em São Paulo, participar da audição, conhecer músicos incríveis já tinha valido a pena, mas ter sido selecionada é indescritível e maravilhoso. A expectativa está alta, sei que vai mudar a minha vida para melhor e, com toda a certeza, eu vou me dedicar muito e fazer valer a pena todo o meu esforço até aqui”, completa.

    Corpo Técnico

    Quem assume a regência da orquestra é o grande maestro Roberto Tibiriçá, titular da cadeira de nº 5 da Academia Brasileira de Música desde 26 de março de 2003 e Membro Honorário da Academia Nacional de Música, Rio de Janeiro desde 2018.

    “A emoção de participar de um projeto como este é incrível. Cria-se uma oportunidade única de vivenciar a experiência de compor uma orquestra que, pelas condições tradicionais, muito provavelmente não seria possível”, afirma o maestro.

    “Tecnicamente os alunos avançaram muito, estão absolutamente dedicados a entregarem o seu melhor. Essa apresentação será uma pequena mostra de peças musicais que anuncia um futuro muito promissor do projeto”, completa.

    O corpo de professores e coordenadores pedagógicos educacionais da OPESP é composto da seguinte forma:

    • Aída Machado (Coordenadora pedagógica da Opesp e dos cursos de Bacharelado e Licenciatura em Música da Faculdade Cantareira e da Pós-graduação em Educação musical na mesma instituição, professora da Escola Municipal de Música de São Paulo. Aída Machado é Comendadora, com a Ordem do Mérito Cultural “Carlos Gomes” outorgada pela Sociedade Brasileira de Artes, Cultura e Ensino, grau de alta distinção honorífica concedida pelos seus méritos em favor da música.
    • Horácio Schaefer (spalla das Violas da Osesp e violista do Quarteto Amazônia)
    • Davi Graton (professor da Academia da Osesp, integrante do Quarteto Osesp e fundador do Trio São Paulo)
    • Rogério Wolf (professor na Escola Superior de Música da Faculdade Cantareira, Escola Municipal de Música de São Paulo e Instituto Baccarelli)
    • Joel Gisiger (desenvolve atividade pedagógica na Escola de Música do Estado de São Paulo Tom Jobim, Instituto Baccarelli, Faculdade Cantareira, Conservatório de Tatuí e Academia da Osesp)
    • Fernando Dissenha (Trompete-Solo da Osesp)
    • Elizabeth Del Grande (professora da Faculdade Cantareira, da Academia da Osesp e da Escola Municipal de Música de São Paulo, de cujo grupo de percussão é diretora. É timpanista solo e responsável pelo naipe de percussão da Osesp)
    • Ana Valéria Poles (professora na Faculdade Cantareira e da Academia de Música da Osesp e Primeira Contrabaixista da Osesp)
    • Sérgio Burgani (clarinetista da Osesp e membro dos grupos Percorso Ensemble e Sujeito a Guincho)
    • Nikolay Genov ( Integrante da Osesp, professor da Escola Municipal de Música de São Paulo, e integra o Quinteto de Sopros Camargo Guarnieri, a Camerata Aberta e o Percorso Ensemble)
    • Romeu Rabelo (Fagotista e contrafagotista da Osesp e integrante do Trio Madeiras)
    • Marialbi Trisolio ( Violoncelista da Opesp e faz parte do grupo Art String Quartet e do Trio Manacá)
    Sobre a OPESP

    A Orquestra Parassinfônica de São Paulo – OPESP é uma realização da produtora ProArte, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, com patrocínio da Janssen, Vale, Minerva Foods, Marisa, Syngenta, Drogasil, Unigel, Sabesp, Alfa Impacta Mais e apoio do Instituto Alfa de Cultura e Grupo Card. A OPESP ainda conta com o incentivo do Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo, ProAC-ICMS, com patrocínio da JSL, Enel Distribuição São Paulo e 3M e apoio institucional da Secretaria de Economia Criativa e Cultura e da Secretaria da Pessoa com Deficiência do Governo do Estado de São Paulo.

    Serviço

    Espetáculo de estreia da Orquestra Parassinfônica de São Paulo – OPESP

    > Data: Dia 03 de dezembro de 2022

    > Horário: Às 21h

    > Local: Sala São Paulo

    > Endereço: Praça Júlio Prestes, 16 – Campos Elíseos, São Paulo – SP

    > Ingressos: R$ 20,00 na bilheteria

    > Site: https://opesp.com.br/

    > Instagram: https://www.instagram.com/opesp__/

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    Jornalista Inclusivo

    Da Equipe de Redação

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