Museu da Inclusão lança mostra virtual acessível sobre direitos da pessoa com deficiência

Imagem de laptop com sobreposição 1ª Mostra virtual acessível do Museu da Inclusão. Computador aberto no site da exposição: Pessoa com Deficiência: Lutas, Direitos e Conquistas.
Descrição da imagem #PraCegoVer: Foto colorida com sobreposição de texto, centralizado, no topo: “1ª Mostra virtual acessível do Museu da Inclusão”. Imagem de um laptop no site da exposição, com logo da instituição, o nome “Pessoa com Deficiência: Lutas, Direitos e Conquistas” e a avatar da Maya, tradutora virtual 3D, da Hand Talk. Sobre a mesa há um fone de ouvidos tipo headset, um bloco de notas, caneta, celular e duas peças de coração em vidro. (Imagem: Edição. Créditos: Pixeden.com)

“Pessoa com Deficiência: Lutas, Direitos e Conquistas” é a primeira exposição virtual do Museu da Inclusão com acessibilidade para todas as deficiências

O Museu da Inclusão, unidade museológica vinculada à Secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SEDPcD), acaba de lançar sua primeira exposição virtual com recursos de acessibilidade para todas as deficiências.

Como estratégia de difusão, mobilização e comunicação de direitos das pessoas com deficiência, desde o início da pandemia da COVID-19 o Museu da Inclusão intensificou sua atuação nos meios digitais. Um marco dessa atuação, foi o lançamento do Portal do Museu da Inclusão, que o levou a receber o Selo de Acessibilidade Digital , tornando-se o primeiro Museu do Brasil com essa certificação.

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    Boa leitura!

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    Mostra virtual acessível para todos

    A exposição “Pessoa com Deficiência: Lutas, Direitos e Conquistas ” que, também, se desdobrará em duas exposições, física e itinerante, é organizada em 5 módulos:

    1. Direitos para Quem?
    2. Direitos e suas Trajetórias
    3. Direito a ter Direitos
    4. Direito à Memória
    5. Futuro dos Direitos

    O tema central aborda como a noção de direitos humanos compreende o entendimento de que todas as pessoas possuem direitos fundamentais que devem assegurar a dignidade, a liberdade e a equidade. Articular esse entendimento com as pautas dos movimentos sociais de pessoas com deficiência é fundamental para que sejam construídas atitudes sociais cada vez mais inclusivas.

    Da acessibilidade digital

    O museu contou com uma equipe especializada para a produção da plataforma e do conteúdo acessível durante todo o processo. Assim como o portal do Museu da Inclusão, a exposição virtual foi pensada, desde o princípio, para receber toda a diversidade de pessoas, sejam elas com ou sem deficiência.

    A plataforma contém diversos recursos de acessibilidade, como avatar e intérprete de Libras, locução, audiodescrição, design acessível, ferramentas de contraste e adequação de fonte, descrição de imagem etc., permitindo que a navegação seja feita com facilidade e autonomia.

    Com uma hierarquia de informações bem estruturadas e programadas para uma boa compreensão do leitor de tela, todos os textos contam com narração de voz humana, que beneficia, além de pessoas com deficiência visual, pessoas com deficiência intelectual, neurodiversidades, idosas, com baixa alfabetização ou iniciantes em tecnologia.

    Pensando na humanização no acesso à informação, todos os textos têm tradução em Libras por avatar e por intérprete. Vale informar que as traduções foram feitas por intérpretes com deficiência auditiva e física, destacando, ainda mais, o protagonismo da pessoa com deficiência nos processos de construção do Museu da Inclusão.

    Banner retangular, com plano de fundo branco, imagens geométricas e sobreposição de texto, centralizado: "Nada sobre nós, sem nós".
    Descrição da imagem #PraCegoVer: Banner retangular, com plano de fundo branco, imagens geométricas e sobreposição de texto, centralizado: "Nada sobre nós, sem nós". No canto esquerdo inferior, logotipo do Museu da Inclusão. (Imagem: Editada. Créditos: Facebook/Museu da Inclusão)

    Sobre o Museu da Inclusão

    Fundado em 03 de dezembro de 2009, atualmente gerido pela Abaçaí Cultura e Arte, o Museu da Inclusão, antes Memorial da Inclusão, preserva, pesquisa e comunica a luta por direitos do movimento social das pessoas com deficiência.

    Localizado na cidade de São Paulo, no antigo prédio do Parlamento Latino-Americano, arquitetado por Oscar Niermeyer, em 1991, dentro do Complexo do Memorial da América Latina.

    Sobre o Selo de Acessibilidade Digital

    O Selo de Acessibilidade Digital certifica páginas da internet que cumprem com os critérios de acessibilidade estabelecidos nacional e internacionalmente pelo W3C – World Wide Web Consortium (Consórcio da Rede Mundial de Computadores – tradução livre).

    Os responsáveis por sítios e portais eletrônicos podem requerer o Selo à Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência, que, em conjunto com a Comissão Permanente de Acessibilidade, avaliará a acessibilidade das páginas submetidas, segundo critérios e procedimentos estabelecidos na Portaria SMPED-GAB nº 28/2019 .

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    Sobre a legislação

    A LBI – Lei Brasileira de Inclusão (Lei Nº 13.146/2015 ) garante: “É obrigatória a acessibilidade nos sítios da internet mantidos por empresas com sede ou representação comercial no País ou por órgãos de governo, para uso da pessoa com deficiência, garantindo-lhe acesso às informações disponíveis, conforme as melhores práticas e diretrizes de acessibilidade adotadas internacionalmente”, conforme estabelece seu artigo 63.

    A acessibilidade digital traz grandes benefícios a todas as pessoas, sejam elas com deficiência, idosos ou iniciantes em tecnologia. Tem vantagens tecnológicas, como códigos organizados e compatibilidade com todos os dispositivos e plataformas, oferece independência na navegação, principalmente, para quem precisa de ajuda para executar tarefas simples e essenciais, além de atender um direito do cidadão.

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    Rafael F. Carpi

    Editor na Jornalista Inclusivo e na PCD Dataverso. Formado em Comunicação Social (2006), foi repórter, assessor de imprensa, executivo de contas e fotógrafo. É consultor em inclusão, ativista dedicado aos direitos da pessoa com deficiência, e redator na equipe Dando Flor e na Pachamen Editoria.

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