Inclusão digital: A importância do atendimento acessível e humanizado para todos
CEO da startup Pessoalize, fala sobre como uma marca pode fazer a diferença e abraçar a causa da pessoa com deficiência: “Temos que ter em mente que fazer nada é ir contra a causa.”
Muito se fala sobre inclusão, diversidade e luta pelas minorias em geral, principalmente no ambiente digital, em que os indivíduos ganham voz pelo poder que a internet tem na vida de todos. Quando trazemos essa discussão para o mundo dos negócios, vemos o peso que a opinião pública exerce sobre as marcas, sobretudo quando falamos de acessibilidade. Empresas faturam milhões com a grande parcela da população que não está neste grupo e, por essa razão, é tão importante trazer essa reflexão para os dias atuais.
As pessoas com deficiência têm cada vez mais força nas redes sociais e as marcas podem escolher entre serem pioneiras e abraçarem a causa, esperarem que o concorrente a faça ou que sejam expostas por alguma situação que a coloque em uma tremenda saia justa. Vimos que a pandemia também aflorou o sentimento de grupo, a empatia e a solidariedade no mundo, e isso torna as causas de inclusão e diversidade ainda mais relevantes.
Mas afinal, o que falta? Sabemos que as tecnologias se tornaram muito acessíveis em relação a custo e implementação, assim como a infraestrutura, que conta com uma série de protocolos e opções. Na verdade, a principal dificuldade é a falta de informação, a segunda é a empatia.
Quando a gente fala de inclusão e igualdade, precisamos ouvir, aprender, entender e respeitar, para aí sim propor em conjunto as soluções.
A receita é simples: entenda as necessidades, construam juntos as soluções que resolvem de fato o problema e não as que são mais fáceis. Isso é inclusão e igualdade.
Em tempos em que as empresas brigam por fatias cada dia mais concorridas do mercado, investir em atendimento para mais de 45 milhões de brasileiros com deficiência, mesmo que seja pré-requisito, hoje pode ser considerado um diferencial. A inovação vem da criatividade, e esta é uma característica exclusiva dos humanos. Depois da onda que associava transformação digital com tecnologia, agora as empresas entenderam que o desafio é gente, cultura.
Claro que temos muito que evoluir, mas estamos no caminho, pois já existem vários cases a serem seguidos em que empresas já provaram que é possível fazer e profissionais com propósito e vontade de realmente transformar o atendimento no Brasil.
A dica é começar!
Se não é possível resolver tudo, resolva o que você consegue agora e defina um plano com ações em uma linha do tempo para atacar cada público. Outro ponto importante é – procure parceiros estratégicos que já tenham trilhado a parte mais demorada do processo, que é conhecer, ouvir, entender, para acelerar o processo.
Para todas, o que vale é fazer tudo aquilo que está ao seu alcance. E isso vai desde ações gratuitas como o desenvolvimento do site de acordo com as Diretrizes de Acessibilidade para Conteúdo Web (WCAG), passando pelo VLibras ↗, tradutor online para conteúdo do site de português para LIBRAS, por publicações acessíveis #PraCegoVer ↗ e até soluções de atendimento humano por vídeo chamada em LIBRAS.
Confira a reportagem: Acessibilidade em videoconferências é investigada pelo Ceweb.br, neste link: (https://jornalistainclusivo.com/acessibilidade-em-videoconferencias/)
Temos que ter em mente que fazer nada é ir contra a causa. Entendido isso, naturalmente o valor de marca é reforçado e você se torna prioridade de escolha pelas comunidades que utilizam seus produtos, e essa inclusão acaba gerando mais negócios e ampliando a confiabilidade da marca com todos os seus públicos. Por fim, que o foco no cliente seja entendido de uma vez por todas como algo essencial, prioritário e rentável!
SOBRE O AUTOR
*Joseph Lee Kulmann conta com mais de 15 anos de experiência no mercado de contact center e tem passagem por diversas áreas de operação dos maiores bancos, seguradoras e empresas de telefonia do país. Foi de olho nas deficiências de atendimento e com o propósito de redesenhar as experiências de relacionamento que desenvolveu a Pessoalize, startup que oferece soluções digitais que transformam o atendimento entre marcas e pessoas.
Pessoalize – Seu atendimento digital
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