Descrição da Imagem #PraCegoVer: Fotografia colorida ilustra o artigo sobre Capacitismo e Moda: O que eles têm a ver? Mulher de pele branca, cabelos longos, lisos e avermelhados, está sentada em cadeira de rodas e segurando uma blusinha que está no cabide. Na imagem é possível ver seu reflexo em um espelho e outras peças de roupas penduradas em cabides. Foto: Reprodução/ Shutterstock
Em celebração ao Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência – 21 de setembro – Belly Palma fala da relação entre Capacitismo e Moda
De forma resumida, podemos definir o capacitismo como o preconceito contra a pessoa com deficiência e o pré-julgamento de que a mesma é incapaz de trabalhar e de cuidar da própria vida.
Também de forma resumida, moda é o reflexo de uma sociedade e implica a aceitação e participação de várias pessoas ao mesmo tempo, refletindo os costumes e a forma de pensar desses sujeitos pertencentes a uma determinada época.
Agora que já temos em mente essas duas definições, de Capacitismo e Moda, te convido a pensar:
Como podemos relacionar esses dois conceitos? Vem comigo pensar nisso.
Na minha visão – lembrando que não há uma verdade absoluta sobre nada no mundo – vivemos, ainda, em um país em que a cultura inclusiva está nascendo e sendo disseminada há pouquíssimos anos.
É só pensar na história da luta da pessoa com deficiência no Brasil, para ver que começamos há pouco tempo. Então, estamos engatinhando nesse sentido.
Estamos em um momento de disseminar conceitos e causas, utilizando a internet e nosso lugar de fala de uma forma didática, digamos assim.
Mas atenção! Há uma linha tênue entre cuidado e zelo, e pré-conceitos, brincadeiras de mal gosto.
Na moda inclusiva ↗, um dos maiores desafios é a barreira atitudinal, já que muitas vezes são os pais que escolhem, compram e vestem seus filhos com deficiência. E o fazem de acordo com seus gostos, sua praticidade, e não levam em conta quem de fato usará aquela roupa.
O importante é nunca esquecer: como combater essas práticas? Com diálogo, com quebra de paradigmas.
Os tempos estão mudando e, por consequência do espirito do tempo, todos nós estamos.
Seja você o primeiro passo da mudança que tanto quer no outro.
Izabelle é formada em administração de empresas, ativista na causa da Pessoa com Deficiência, e Gestora do programa de Moda Inclusiva da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo (SEDPcd). Consultora de Negócios Inclusivos, é responsável pela coluna “Inclusão & Moda, um Match Perfeito!”, aqui no site Jornalista Inclusivo.