Guardiões da Justiça 1.0 é indicado para pessoas autistas e com deficiência intelectual, visual ou auditiva
Gratuito para celular, tablet e desktop, o Game pernambucano prioriza acessibilidade digital com recursos acessíveis como Libras, legendas e narração
Preservando 200 anos de história do Poder Judiciário pernambucano, o Memorial da Justiça de Pernambuco tem agora um aliado nessa missão: o Guardiões da Justiça 1.0. Do Recife –considerado hoje o maior ‘Vale do Silício brasileiro’ –, o jogo é um dos primeiros produzidos no País com recursos de acessibilidade como audiodescrição, Libras, legendas e narração em português e em inglês.
Publicidade
O game Guardiões é indicado a pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), transtornos de aprendizagem e pessoas com deficiência intelectual, visual ou auditiva, de todas as idades, a partir dos quatro anos.
Disponível para celular, tablet e desktop, o jogo é totalmente gratuito. Ele pode ser baixado para smartphone com sistema Android, na Play Store e também para dispositivos iOS, na App Store . O download da versão para Windows, no site da Tangram Cultural , também é gratuito.
A ideia de criação do Guardiões – desenvolvido por equipe multidisciplinar e realizado pela Tangram Cultural e o Memorial da Justiça do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) –, segue uma tendência onde museus do mundo todo têm buscado se aproximar das pessoas, através da acessibilidade, inclusão e comunicação com seus visitantes.
![Cena do jogo Guardiões da Justiça 1.0, com sete personagens descritos na legenda, "Game pernambucano prioriza acessibilidade". Cena do jogo Guardiões da Justiça 1.0, com sete personagens descritos na legenda, "Game pernambucano prioriza acessibilidade".](https://jornalistainclusivo.com/wp-content/uploads/2021/10/Jogo-Guardioes-da-Justica-1-1024x563.jpeg)
O game, que concorreu na categoria Justiça e Cidadania, da 18ª edição do Prêmio Innovare , nasceu a partir de uma necessidade da equipe do Memorial de ter uma ferramenta que ajudasse na mediação do museu com as crianças com deficiência:
“Acreditamos que as barreiras existentes nos museus contribuam para esse afastamento das pessoas com deficiência. Assim, o jogo pode se tornar um grande produto para fazer essa aproximação acontecer, e de forma lúdica, garantindo os direitos constitucionais de acessibilidade universal”, explica Mônica de Pádua, gerente do Memorial da Justiça.
![Gerente do Memorial da Justiça, Mônica de Pádua é uma mulher branca com cabelos pretos curtos. Gerente do Memorial da Justiça, Mônica de Pádua é uma mulher branca com cabelos pretos curtos.](https://jornalistainclusivo.com/wp-content/uploads/2021/10/Monica-de-Padua.jpeg)
Guardiões da Justiça 1.0
No game, o jogador deve realizar tarefas para preservar e entrar no prédio do Memorial da Justiça, onde funciona a sede dos Guardiões. Dentro dele, conhecerá personagens do cangaço, frevo, capoeira e escravidão e percorrerá os 15 níveis de cada tema, realizando atividades e desafios onde aprenderá histórias e memórias que fazem parte do patrimônio cultural brasileiro.
“Foram dois anos de desenvolvimento para tornar o game o mais inclusivo possível. Não criamos o game para pessoas sem deficiência e depois o adaptamos. Ele já nasceu com a preocupação da acessibilidade. E este é um grande diferencial”, diz Germana Pereira, sócia diretora da Tangram Cultural, empresa voltada para o mercado de cultura, artes e entretenimento.
![Cena do jogo Guardiões da Justiça 1.0, com um personagem, ilustrando "Game pernambucano prioriza acessibilidade". Cena do jogo Guardiões da Justiça 1.0, com um personagem, ilustrando "Game pernambucano prioriza acessibilidade".](https://jornalistainclusivo.com/wp-content/uploads/2021/10/Jogo-Guardioes-da-Justica-2-1024x560.jpeg)
Um dos consultores de acessibilidade do Guardiões da Justiça e assessor da Secretaria de Tecnologia da Organização Nacional de Cegos do Brasil (ONCB), Milton Carvalho, que tem uma deficiência visual, fala da importância desse tipo de ação:
“Minha motivação para estar no projeto é porque, além de militante pelo direito à acessibilidade e inclusão das pessoas com deficiência, sou um entusiasta por tecnologias e este projeto une as duas coisas: o pioneirismo de promover um game acessível e o recurso da audiodescrição, ferramenta na qual eu atuo profissionalmente”.
Game tem apoio do Inovedu
O projeto teve o apoio da ABA Global Education, através da disponibilização de sua infraestrutura tecnológica – entre elas o estúdio de mídias digitais –, além das equipes acadêmica e de inovação. “A parceria com a ABA é importante para o sucesso do jogo, dada a experiência e competência dos profissionais da Instituição”, comenta Germana Pereira, produtora do Guardiões da Justiça.
![Germana Pereira, sócia diretora da Tangram Cultural, é uma mulher de pele branca e cabelos loiros. Germana Pereira, sócia diretora da Tangram Cultural, é uma mulher de pele branca e cabelos loiros.](https://jornalistainclusivo.com/wp-content/uploads/2021/10/Germana-Pereira.jpeg)
“Esse tipo de apoio faz parte do INOVEDU , iniciativa da ABA que busca fomentar e incentivar projetos inovadores para a Educação. “Acreditamos no poder transformador da tecnologia para a educação e por isso, contribuímos com a nossa equipe e infraestrutura no apoio ao desenvolvimento do game”, explica Eduardo Carvalho, Diretor da ABA Global Education.
LINKS ÚTEIS:
Download gratuito do game Guardiões da Justiça 1.0
- App Store (iOS): https://apps.apple.com/br/app/guardiões-da-justiça/id1477184024
- Play Store (Android): https://play.google.com/store/apps/details?id=com.tangram.gdj
- Desktop* (Windows): http://www.tangramcultural.com.br/games/gdj_para_pc.zip
*Tamanho do game: 1.1GB