Legenda descritiva: Mãos seguram o livro "Afetos de mãe: amor, morte e vida", de Sônia Caldas Pessoa, com capa ilustrada mostrando uma mulher e uma criança em frente à Torre Eiffel. (Foto: Divulgação)
Descobrindo “Afetos de Mãe”: Em resenha e entrevista exclusiva, apresentamos a sensível história de Sônia e Pedro.
Por Amanda Ganzarolli e Rafael F. Carpi
A obra “Afetos de mãe: amor, morte e vida”, escrita pela professora Dra. Sônia Caldas Pessoa, da UFMG, já conquistou leitores com sua sensibilidade e profundidade ao compartilhar a história de Sônia e seu filho Pedro, que faleceu em 2016 devido a um mal súbito causado pela hidrocefalia. A jornalista Amanda Ganzarolli foi uma dessas leitoras impactadas, e sua resenha, carregada de emoção e identificação, nos convida a mergulhar nesse universo literário.
Para complementar essa experiência de leitura visceral e conhecer mais sobre a autora e suas intenções, o jornalista Rafael F. Carpi conversou com Sônia Pessoa em uma entrevista reveladora. Acompanhe a resenha de Amanda e, em seguida, a entrevista completa com Sônia, em uma jornada que celebra o amor, enfrenta o luto e ilumina a importância da inclusão.
“Um Abraço Literário: A Resenha de Amanda sobre ‘Afetos de Mãe'”
No início de 2025, conheci a história de Pedro e sua mãe, Sônia. Nunca os vi pessoalmente, nem ouvi suas vozes, mas sinto que somos próximos, como se nos conhecêssemos há anos. Esse sentimento de pertencimento, carinho e apreço surgiu através da leitura da obra Afetos de mãe: amor, morte e vida, escrita pela professora Dra. Sônia Caldas Pessoa da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Durante essa leitura, viajei até Paris e Minas Gerais. Vi o Pedro nascer, ir para a escola e patinar no gelo empurrando um pinguim. Até assisti a um espetáculo do Cirque du Soleil. É impressionante como a escrita tem o poder de impulsionar nossa imaginação a mundos que nunca visitamos e de nos conectar a pessoas que não conhecemos. A cada página, parecia ouvir a voz do Pedro: “grave, forte e serena”. Enquanto dirijo e enfrento o trânsito de São Paulo, imagino Pedro fazendo suas perguntas: “Mamãe, mas essa moça não sabe que não pode parar o carro no meio da rua, atrapalhando os outros?” Vejo Pedro acordando cedo e pulando na cama dos pais em uma manhã de Páscoa, e depois escrevendo à mão: “Vô Cássio, eu arranquei o meu dente!”
Agora, enquanto escrevo esta resenha, me pergunto: como é possível me sentir tão íntima de Pedro? Como é possível imaginar tão nitidamente suas bochechas e seu furinho no queixo?
É inegável que algumas pessoas neste mundo nascem com dons. Disso não há dúvida. Alguns têm o dom da fala, outros da música ou da culinária. A professora Sônia tem o dom da escrita, mas vai muito além disso. Refiro-me à capacidade de nos transportar para a essência de uma vida. Não se trata apenas de uma aproximação superficial de uma história, mas de algo mais profundo, quase palpável.
Como mãe de uma criança com deficiência, senti-me abraçada, vista, valorizada e amada. Como jornalista e pesquisadora, compreendi de forma mais empírica o que significa desenvolver pesquisas científicas no mestrado ou doutorado abordando a temática da deficiência. Nas páginas de tom amarelo bem claro, decoradas com desenhos de dois balões em forma de coração nos cantos, eu ri, chorei e me indignei. Também me vi corrigindo o Cebolinha da Turma da Mônica, tal como o Pedro fazia. É difícil usar o verbo no passado porque, para mim, parece que posso esbarrar com o Pedro e a Sônia em uma praça ou no aeroporto. Ah, como é bom escrever na primeira pessoa! Digo isso porque, em meio aos diversos textos da pós-graduação, poder escrever dessa forma é um descanso para a alma. Seria exagero dizer que minha alma hoje está mais repleta de esperança e paciência comigo mesma? Acredito que não.
As mais de 300 páginas do livro escrito por Sônia — e por Pedro, porque ele também é escritor nesta obra — me proporcionaram novas perspectivas sobre a vida, o luto e o ser humano. Afinal, Pedro me ensinou que “você precisa acreditar quando uma pessoa diz que quer, diz que consegue. A gente tem que dar uma chance às pessoas”. Assim, parece-me oportuno ressaltar que a deficiência é um assunto de todos. E sempre será. Por quê? Porque o mundo deve ser para todos.
E chegamos na página 129 do livro… cabum! Deparo-me com uma foto de Sônia e Pedro sentados no chão do quarto. Ao fundo, uma estante branca com nove prateleiras, sendo três delas com gavetas exatamente iguais às que tenho no quarto do meu filho. Coincidência, talvez. Afinal, centenas de pessoas no mundo podem ter uma estante assim, não é mesmo? Mas, para mim, não é coincidência.
Vi essa foto enquanto estava na sala de espera de um hospital, fazendo um check-up anual. Em meio a risadas espontâneas e surpresas durante a leitura, percebi que alguns dos outros pacientes na sala poderiam estar incomodados com minhas pequenas reações. Afinal, enquanto todos estavam imersos em seus celulares, eu era a única ali viajando para outro mundo, com um livro nas mãos. A leitura está chegando ao fim, e meu coração fica apertado. Não quero me despedir de Sônia e Pedro. Quero caminhar com eles pelas ruas de Paris e ver Pedro entrando na escola. Quero esbarrar com ele e perguntar: “Você tem fisioterapia hoje?” Seria inadequado imaginar tudo isso?
Talvez você, que está lendo este texto, pense: Que resenha estranha. Nunca vi uma resenha de livro assim. O que posso dizer é que, de fato, esta não é uma resenha comum, daquelas feitas para promover a venda de uma obra, divulgar a editora ou gerar centenas de releases sobre a publicação. Esta resenha é única porque não existem outra Sônia e outro Pedro capazes de fazer você sentir o que eu senti.
Digo isso com toda a certeza do meu coração e com toda a razão que uma doutoranda em Comunicação Social pode ter: não importa quantos artigos, livros, relatórios, dissertações ou teses passem pela minha vida em 2025, de uma coisa eu sei – esta foi, sem dúvida, a melhor leitura do ano!
A Voz da Autora: Entrevista Exclusiva com Sônia Pessoa
A sensibilidade com que Amanda descreve sua experiência de leitura ecoa em cada página de “Afetos de mãe: amor, morte e vida”. Para mergulharmos ainda mais fundo na obra e na mente criativa por trás dessa narrativa tão tocante, o jornalista Rafael F. Carpi conversou com a autora, Sônia Pessoa. Nesta entrevista exclusiva, Sônia compartilha detalhes sobre o processo de escrita, as mensagens que deseja transmitir e a importância de temas como inclusão e a superação do luto.

Amanda descreve a leitura como uma experiência profundamente íntima e transformadora. Como foi para você, Sônia, o processo de escrever um livro tão pessoal e abrir essa intimidade para o público?
Eu me permiti conversar com as pessoas leitoras. Como se eu estivesse caminhando junto, trilhando um percurso, e contando as minhas narrativas de vida. Em um diálogo é sempre tranquilo o processo de relatar e de refletir sobre as nossas experiências. Então, me senti bem em partilhar, uma lógica de que as experiências partilhadas podem provocar conexões com outras pessoas.
Em que momento você sentiu que precisava transformar suas vivências com Pedro em um livro? Houve algum gatilho específico ou foi um processo gradual?
Intuitivamente eu sabia que este momento chegaria. A vida se encarregou de me apresentar muitos motivos para isso ao longo dos anos. A minha formação na graduação é em Jornalismo e eu atuei muitos anos narrando as histórias de outras pessoas em emissoras de rádio e outros veículos de comunicação onde atuei como jornalista. Na universidade, as temáticas que mais permeiam o meu trabalho no ensino, na pesquisa e na extensão são deficiência, acessibilidade, inclusão, experiências, partilhas, narrativas de vida, escritas de si, entre outras. Desde que lancei o blog Tudo Bem Ser Diferente ↗, quando o Pedro era vivo, as pessoas já me pediam para compartilhar em livro as nossas experiências sobre educação inclusiva. Com a morte dele em janeiro de 2016 eu passei a publicar posts nas minhas redes sociais sobre morte, luto, experiências pós divórcio, questões de gênero, o não-lugar de uma mãe de um filho que já morreu. Foi mesmo uma constelação de fatores e o livro me pareceu um processo natural.
Amanda destaca o “dom da escrita” que ela percebe em você. Como você descreveria o seu próprio processo de escrita? Houve momentos de maior fluidez e momentos de maior dificuldade ao revisitar as memórias de Pedro?
Na página 56 do livro Afetos de mãe: amor, morte e vida, tem uma epígrafe que eu escrevi que diz assim: “Escrever para mim é partilha, no sentido mais precioso da palavra. É troca, é colocar em operação o que um dia tocou meu coração. E, quem sabe, pode tocar o seu”. O meu processo de escrita vem como uma avalanche. Muitas vezes, eu acordo às 4 ou 5 horas da manhã com textos inteiros prontos na minha mente. Tomo um bom café e ligo o computador: digito o que está organizado mentalmente, principalmente a partir dos afetos que me impactaram nas experiências cotidianas. Eu sempre fujo das classificações e categorizações porque eu acredito que precisamos quebrar os imaginários e estereótipos. Então, eu digo que faço “escritas de mim” porque aí eu corro os riscos, assumo as responsabilidades do meu narrar, e não espero que as pessoas concordem ou achem belo. Espero que, de algum modo, elas sejam tocadas, tanto positiva quanto negativamente, porque não sou dona da verdade, não posso querer impor nada às pessoas que, gentilmente, me leem. Quando somos tocados, nos movimentamos. Talvez seja este o meu objetivo, tocar pela escrita em tentativa de provocar movimentos.
O livro mescla momentos de alegria, amor, luto e reflexão sobre a inclusão. Como você equilibrou essas diferentes tonalidades ao longo da narrativa? Houve alguma intenção consciente de gerar essa variedade de emoções no leitor?
O livro não tem uma ordem cronológica. Os textos vão se apresentando e cabe às pessoas leitoras passarem por pequenos capítulos e fotos que dão conta de uma intensidade de emoções, sensações e experimentações de viver. Eu não tenho certeza de que os momentos estão equilibrados no livro. Recebo todos os dias mensagens de quem já leu Afetos de mãe: amor, morte e vida. E as sensações são as mais variadas possíveis. Há quem se divertiu, quem aprendeu, quem chorou, quem se emocionou, quem se diz encantado com a escrita e há tudo isso junto para algumas pessoas. Penso que isso se chama viver: a imensidão da diversidade do que experimentamos.
Amanda menciona a sensação de “ouvir a voz de Pedro” ao longo da leitura. Como você buscou capturar a essência da voz e da personalidade de Pedro na escrita? Houve alguma preocupação em representá-lo de forma autêntica e respeitosa?
O Pedro sempre foi uma criança de presença muito forte. Ele não passava batido. Era observador, educado, carinhoso, preocupado com as pessoas, gentil, memorizava o nome de todo mundo apesar de ter lapsos de memória para algumas questões, e tinha, literalmente, uma voz marcante: era algo que mesclava uma certa doçura com assertividade. Ele sabia se impor pelo diálogo. A voz dele era grave, parecia meio adulta em um corpo de criança. Ao longo dos anos, eu anotava algumas frases que ele dizia por que achava que eram curiosas, coisas de mãe. Elas estavam em cadernetas, cadernos, posts em redes sociais, no blog, em lugares variados. Rastreei o que consegui e transformei no prefácio, que são as frases ditas por ele. Perdi muitos arquivos e anotações por causa de uma certa desorientação que sofri com a morte dele e um estresse pós-traumático com lapsos de memória. Mas encontrei algumas que considero preciosas. As pessoas leitoras são unânimes em me dizer que escutaram a voz do Pedro no livro. E aí eu sorrio e penso: bem, elas leram o livro, e a voz do Pedro ecoa por aí. É o meu presente pelos 18 anos dele em 2024, passados 9 anos de sua morte.
Para além do relato pessoal, quais são as principais mensagens ou reflexões que você espera que os leitores absorvam ao ler “Afetos de mãe, amor, morte e vida”?
Eu penso que os meus textos transitam por temáticas que eu considero sensíveis para a sociedade como responsabilidade afetiva, o trauma da morte de um filho, a luta pela igualdade de direitos, o experimentar uma vida permeada por preconceito contra pessoas com deficiência, a questão de gênero com muitas responsabilidades para as mulheres, em especial, as mães, a educação inclusiva, experiências bem e mal-sucedidas… acho que a grande lição é a gente entender que o recomeço que eu abordo no livro diz de muitas fases da vida cotidiana, diz de todo dia quando a gente se levanta e muitas vezes se depara com a falta de energia diante do sofrimento. Mas aí a gente compreende que é importante seguir em frente, lutar contra o que pode nos paralisar mesmo quando tudo parece perdido e muito difícil.
A inclusão é um tema central na resenha de Amanda e, presumivelmente, no livro. Como você vê a obra contribuindo para a discussão sobre inclusão e para a conscientização sobre as necessidades de pessoas com deficiência?
Eu acredito que a inclusão de pessoas com deficiência enfrenta graves entraves para efetivamente ser implantada. Esse processo contempla vários aspectos. Um dos principais é que as deficiências são múltiplas e as lutas, algumas vezes, se fragmentam. Além disso, o capacitismo faz parecer que as pessoas com deficiência não são capazes de lutar pelos próprios direitos. Há ainda componentes importantes na vida cotidiana e nas desigualdades estruturais. Muitas pessoas com deficiência, pelas próprias condições estruturais, financeiras, de acesso à educação e às mídias digitais, de tratamentos, terapias, mobilidade e saúde emocional, não conseguem se dedicar ao ativismo. Tudo isso e muitos outros fatores provocam um apagamento de questões cruciais sobre vulnerabilidades de pessoas com deficiência, havendo um abafamento de suas vozes. Penso que precisamos falar sobre deficiência com abertura de corações e mentes, sem vergonha, sem vitimismo e sem tabus. Esta é uma questão importante para mim para conscientizar a sociedade.
Amanda se sentiu “abraçada, vista, valorizada e amada” como mãe de uma criança com deficiência ao ler o livro. Você esperava que a obra tivesse esse impacto específico em outros pais e mães em situações semelhantes?

Eu nem podia imaginar porque eu sou sincera, tento compartilhar algo que dê conta das minhas experiências e que chegue às demais pessoas para que elas possam refletir. Mas não busco adesão aos meus pensamentos ou à sinceridade que procuro no livro depois também de muitas reflexões e de entender a nossa responsabilidade em todos os processos como família, profissionais da educação, mães, pais, filhas e filhos, irmãs e irmãos, agentes públicos e organizações privadas etc. Uma leitora me disse que o livro é justo e honesto. Isso me deu uma sensação boa porque não busco culpabilizar nem responsabilizar ninguém. Busco a partilha da escrita como método reflexivo para mim e para outras pessoas.
O livro é também sobre luto e superação. Que mensagem você gostaria de transmitir para pessoas que estão vivenciando o luto, a partir da sua experiência e da escrita do livro?
Eu não acredito em superação, mas entendo que esta palavra faz sentido para muitas pessoas. Acredito que a gente aprende a alocar os nossos traumas e sentimentos tristes em algum lugar do nosso coração. Talvez o grande aprendizado seja aquele que me mostra todos os dias que estou viva, mereço estar viva, e posso viver outras experiências a partir de tantos aprendizados que eu tive. Se eu puder dizer algo às pessoas que passam pelo luto é para acolherem o sentimento, viverem a tristeza, entenderem os processos e não deixarem a vida parar ainda que tudo parece impossível.
O título “Afetos de mãe: amor, morte e vida” é muito sugestivo. Como esses quatro elementos se interligam na sua obra e na sua visão sobre a vida após a perda de Pedro?
Esse nome surgiu repentinamente em um dia em que um parceiro, um professor francês, me perguntou se eu realmente iria escrever o livro que tanto me pediam. Eu não vinha pensando sobre isso naquele momento. Mas respondi: – Sim! E já sei o nome. E o título saiu da minha boca como se me desse a certeza de que os afetos me guiam, com eles eu aprendo, o amor é infinito e para sempre, a morte está conosco em muitos percursos e a última palavra é vida porque ela é uma longa caminhada, sempre presente, nos exige persistência e nos motiva a seguir. Não sabemos aonde vamos chegar, mas temos certeza de que é possível viver com dignidade a despeito de todas as adversidades. O título do livro termina com vida e não com morte. Penso que aí está a chave da junção dos elementos que vão nortear a leitura.
Pensando no futuro, qual o legado que você gostaria que o livro “Afetos de mãe: amor, morte e vida” deixasse? E como você espera que a história de Pedro continue a inspirar as pessoas?
As pessoas que me conhecem mais de perto costumam dizer que eu sou modesta. Não tenho certeza se sou. Eu não penso em legado. Penso que, se me dada a oportunidade de viver experiências tão ricas, o mínimo que eu posso fazer é partilhar. Como as pessoas vão receber esta partilha e o que podem fazer com ela é algo que eu nem consigo imaginar. Acredito que os afetos são potentes para nos conectar. Isso para mim já é algo precioso, grandioso, em nossa vida.
Após a publicação do livro e a resposta emocionalmente forte dos leitores, como você se sente em relação à jornada que você percorreu ao escrever e compartilhar essa história? O livro te trouxe algum tipo de conforto ou nova perspectiva sobre a perda e a vida?
Eu me sinto bem, sem euforia. Adoro receber os comentários das pessoas leitoras porque o livro está circulando e isso significa que há uma rede de afetos em torno das histórias do Pedro e das minhas, mesmo de pessoas que não nos conhecem. A morte de um filho é avassaladora. Eu duvidei de mim muitas vezes. Eu sabia que continuaria viva e trabalhando. Mas duvidei de que seria capaz de me apegar a outras pessoas, de continuar adorando conviver com as crianças, de ter forças para lutar por educação inclusiva, de ter coragem de amar, de sorrir sem performar. Quando o livro é lido, as histórias do Pedro e as minhas são recebidas em partilha por outras pessoas, e eu tenho a sensação de que estamos vivos. E estamos bem.
Sobre a Autora
Sônia Pessoa é Professora do Departamento de Comunicação Social no Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social (PPGCOM) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Atua como:
- Coordenadora do Afetos: Grupo de Pesquisa em Comunicação, Discursos e Experiências ↗
- Coordenadora do Laboratório de Experimentações Sonoras (LES/FAFICH) ↗
- Coordenadora da Rádio Terceiro Andar ↗
Para saber mais sobre a trajetória acadêmica e profissional de Sônia Pessoa, consulte:
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