II Jornada de Acessibilidade Cultural segue no Rio até sexta (14)

Intérprete de Libras em primeiro plano. Em segundo plano, convidados da 2ª Jornada de Acessibilidade Cultural, no Galpão Bela Maré, RJ.
Entre 12 e 14 de abril, o Observatório de Favelas promove a II Jornada de Acessibilidade Cultural no Galpão Bela Maré, com interpretação em Libras. (Foto: Ramon Vellasco)

Evento gratuito promovido pelo Observatório de Favelas propõe reflexão sobre a acessibilidade em espaços culturais de áreas periféricas.

Com o propósito de discutir a importância da acessibilidade dos espaços culturais em periferias e favelas, o Observatório de Favelas promove a II Jornada de Acessibilidade Cultural. Na programação do evento, realizado no Galpão Bela Maré, rodas de conversas e encontros com profissionais do campo da arte, cultura e educação vão provocar reflexões e debates sobre estratégias que garantam a inclusão de pessoas com deficiência no circuito cultural, assegurando o livre acesso, a circulação e a permanência. O evento é gratuito e a classificação é livre.

II Jornada de Acessibilidade Cultural

Todas as atividades terão como centro a produção artística como instrumento de construção de redes de afeto, apoio e resistência. Essa proposta tem como base a compreensão de que os espaços de arte e cultura funcionam não só como lugares de fruição, mas também como territórios de interação, inclusão e de troca. Por isso, a importância de debate sobre como o setor das artes e os equipamentos culturais e sociais periféricos atuam na construção dessa rede de inclusão.

A segunda edição da Jornada de Acessibilidade, acontece em três dias e conta com uma programação com palestras e oficinas práticas voltadas à inclusão da pessoa com deficiência.

Na quarta-feira (12), acontece a primeira roda de conversa sobre plataformas digitais, em seguida a oficina de Poesia Surda. O dia seguinte (quinta, 13), começa com exibição de filmes com audiodescrição e em seguida o público poderá aprender a se comunicar com as mãos ao participar da  oficina de introdução básica em Linguagem Brasileira de Sinais (Libras). E o encerramento, na sexta (14), o bate papo será sobre consumo e produção de artes e a tarde terá uma oficina sobre roteiro para audiodescrição. 

PCDs e acessibilidade na periferia

A educadora responsável pelo eixo de mediação e acessibilidade do Galpão Bela Maré, Ana V Lopes, explica que a proposta da jornada é propor um diálogo entre moradores de áreas periféricas e a vivência de pessoas com deficiência.

“Durante os três dias teremos diferentes atividades que vão propor ideias sobre o fazer artístico, promovendo um debate sobre a inclusão social e também sobre as múltiplas realidades das pessoas com deficiência que moram na favela da Maré e periferias da cidade. A expectativa é que através desse diálogo a gente consiga criar um espaço de debates e provocar reflexões, tanto para o público com deficiência como para educadores, desenvolvedoras de atividades culturais e pessoas da nossa região. Mas também vamos abordar outros temas ligados à inclusão e acessibilidade, como tecnologias e outras pautas de interesse das pessoas com deficiências”, anuncia Ana V. 

Todas as atividades contam com interpretação em Libras, realizada por alunos e alunas da TradInterLab da UFRJ .

Saiba mais sobre a Jornada

A Jornada de Acessibilidade Cultura acontece no Galpão Bela Maré que é apresentado pelo Ministério do Turismo, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura e Observatório de Favelas. Tem patrocínio do Instituto Cultural Vale, Itaú Unibanco e White Martins, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Fomento: Foca, Prefeitura do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura, Apoio Institucional: Itaú Cultural e Instituto JCA. Parceria: Produtora Automatica Realização: Observatório de Favelas e Secretaria Especial de Cultura, Ministério do Turismo, Governo Federal – União e Reconstrução.

Serviço e programação

II Jornada de Acessibilidade Cultural

Local: Galpão Bela Maré

Data: 12,13 e 14 de abril

Horário: De 11 às 17 horas.

Classificação Indicativa: Livre

Endereço: Rua Bittencourt Sampaio nº169, Maré, Rio de Janeiro – RJ.

Programação

  • 12 de Abril (Quarta-feira):

10:30h – Credenciamento

11h – 13h – Fala de abertura  – Coordenação Geral Galpão Bela Maré / Coordenação educativo Galpão Bela Maré / TradInter Lab / Marjory Léo

Roda de conversa – As plataformas digitais como ferramenta de visibilidade

Convidades: Eduardo Vitor e Jhonny Surdinho 

Mediação:  Marjory Léo 

13h -14h – Almoço

15h – 17h –   Oficina de poesia surda + Sinal do Bela

Convidado: Paulo Andrade

  • 13 de Abril (Quinta-feira):

11h – 13h – Cine Bela – Sessão Especial e debate (AnaV Lopes)

O Filho eterno 

Catadora de Gente (com audiodescrição disponível no YouTube)

Dela (com audiodescrição disponível no YouTube)

13h – 15h – Almoço

15h – 17h – Oficina de introdução básica em LIBRAS – TradInterLab

  • 14 de Abril (Sexta-feira): 

11h – 13h – Roda de conversa: Consumo e produção de arte.

Convidadas: Roberta Holiday (artista com deficiência) / Juliana Grupo Especiais da Maré (ativista)

Mediação: Stéphane Marçal 

13h – 15h – Almoço

15h – 17h –  Oficina – Roteiro para audiodescrição com Jéssica Valente

Sobre o Galpão Bela Maré

O Galpão Bela Maré, projeto do Observatório de Favelas realizado em parceria com a Automatica, é um espaço voltado à difusão, produção, mobilização, formação e fruição das artes e das expressões culturais através de suas mais variadas manifestações, visando, sobretudo, a articular a produção artística periférica com o circuito da arte contemporânea no Rio de Janeiro. Inaugurado em 2011, consolidou-se como um espaço de referência na cidade para o debate do papel político da arte, especialmente no contexto das periferias.

Sobre o Observatório de Favelas

O Observatório de Favelas, criado em 2001, é uma organização da sociedade civil sediada no Conjunto de Favelas da Maré, com atuação nacional. Dedica-se à produção de conhecimento e metodologias visando incidir em políticas públicas sobre as favelas e promover o direito à cidade. Fundado por pesquisadores e profissionais oriundos de espaços populares, tem como missão construir experiências que contribuam para a superação das desigualdades e o fortalecimento da democracia a partir da afirmação das favelas e periferias como territórios de potências e direitos. Atualmente,  desenvolve programas e projetos em cinco áreas: Arte e Território, Comunicação, Direito à Vida e Segurança Pública, Educação e Políticas Urbanas.

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Jornalista Inclusivo

Da Equipe de Redação

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