Google investe em acessibilidade e anuncia novidades no Brasil

Celular com símbolo de cadeira de rodas, nome Google e palavra Acessibilidade, na tela do dispositivo. Sobre uma mesa há um fone de ouvidos, laptop, óculos de grau, bloquinho de papel e caneta. Ilustra como o Google investe em acessibilidade, com novidades no Brasil, como Projeto Autonomia e Experiência de Usuários PcDs.
(Imagem: Edição de arte. Foto: ijeb/Freepik)

Além do inédito Projeto Autonomia de usuários PcDs, empresa anuncia novo recurso do Google Maps para identificar se um estabelecimento é acessível ou não

Nesta quarta-feira (30), o Google anunciou novidades em desenvolvimento de pesquisas, parcerias e atualizações de produtos para pessoas com deficiência. Entre os investimentos em acessibilidade, apresentados no evento Por dentro da Acessibilidade do Google realizado na empresa em São Paulo, também estão um estudo inédito sobre experiência do usuário PcD e a ampliação de equipe, entre outros.

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    Boa leitura!

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    Saiba como Google investe em acessibilidade

    De acordo a assessoria de imprensa, os esforços anunciados no evento fazem parte do plano de investimento da empresa para acelerar a transformação digital e o crescimento econômico da América Latina, divulgado em junho deste ano .

    “Durante a pandemia, as ferramentas digitais ajudaram a criar empregos e a tornar as economias mais resistentes e sustentáveis”, disse o CEO do Google, Sundar Pichai, na ocasião do anúncio durante a IX Cúpula das Américas, realizada em Los Angeles, nos Estados Unidos. “Reduzir a desigualdade digital será essencial para garantir uma retomada inclusiva.”

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    Projeto Autonomia: Acessibilidade e Privacidade

    Quando o assunto é “Experiência do Usuário”, do inglês User Experience (UX), a acessibilidade digital é requisito essencial para pessoas com deficiência. É o que mostrou o estudo chamado Projeto Autonomia, com o objetivo de entender melhor a relação das pessoas com deficiência com o Google Assistente.

    O projeto apresentado no evento é uma pesquisa encomendada pelo time de marketing e pesquisa do Google à consultoria WGSN Mindset. Foi realizada entre abril e junho deste ano com entrevistas, diários de uso, consultoria de especialistas e sessões cocriativas.

    “Um dos principais achados do estudo é a relação direta entre acessibilidade e privacidade. Durante a pesquisa qualitativa, os participantes relataram a importância de completarem grande parte de suas jornadas sem ter que revelar dados pessoais para outras pessoas”, divulgou.

    O estudo aponta que quando uma parte significativa da jornada de uso de um produto ou serviço é independente, a percepção de autonomia das pessoas com deficiência se torna muito mais positiva.

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    De olho na Experiência de Usuários PcDs

    O estudo também mapeou três áreas de oportunidades para aprimorar os produtos, tornando as jornadas de pessoas com deficiência mais autônomas:

    1. Mobilidade: Navegação de espaços internos e externos a partir do uso de aplicativos de mapas e transportes;
    2. Entrega e compras on-line: Integração de aplicativos de entrega de comida e compras on-line por meio de assistentes de voz;
    3. Bem-estar e autocuidado: Uso da tecnologia de voz para apoiar na rotina de bem-estar e autocuidado de usuários com deficiência, melhorando sua qualidade de vida.

    Segundo Maia Mau, diretora de marketing para pagamentos, Android e Google Assistente, o estudo revela que a acessibilidade para o usuário com deficiência está totalmente relacionada ao desenvolvimento de ferramentas úteis em sua jornada de independência e autonomia, seja para ouvir uma música, fazer um pagamento, ou para completar uma compra on-line. 

    “Com base nos resultados do estudo, nossos times de produto e engenharia podem buscar maneiras de aprimorar ainda mais nossos produtos, tornando-os mais relevantes para o dia a dia de pessoas com deficiência”, afirma a executiva.

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    Empresa é acessível ou não é?

    O Google está lançando novas formas de apoiar pessoas com mobilidade reduzida. O novo recurso permite que, ao buscar por um estabelecimento, as pessoas possam identificar o ícone de cadeira de rodas ♿no Perfil da Empresa , caso o local tenha entrada acessível. Se o local não for acessível, o ícone da cadeira de rodas aparece com um traço por cima. O recurso também permite saber se o local tem assentos, banheiros e estacionamentos acessíveis. Para utilizar o novo recurso, basta habilitar a configuração “lugares acessíveis” no aplicativo do Google Maps.

    O recurso de lugares acessíveis  foi lançado na Austrália, no Japão, no Reino Unido e nos Estados Unidos em 2020. Ele foi criado para ajudar pessoas a saber se um determinado local é acessível para cadeirantes. Agora o recurso está disponível no mundo inteiro, seja o Google Maps na web, mas também nos aplicativos para Android e iOS.

    Três telas de smartphone com definições de acessibilidade nas Configurações do Google Maps, filtro de exibição de lugares acessíveis, ilustrando como o Google investe em acessibilidade, com novidades no Brasil.
    Descrição da imagem #PraCegoVer: Imagem de três telas de smartphone ilustra as definições de acessibilidade nas Configurações do Google Maps, para habilitar o filtro de exibição de lugares com recursos de acessibilidade. (Imagem: Edição de arte/ divulgação. Foto: Vectonauta/ Freepik)

    O novo recurso também é útil para quem quer evitar escadas por estar, por exemplo, com carrinho de bebê, malas ou carrinhos de compras.

    O recurso foi criado graças ao apoio e ao trabalho de mais de 120 milhões de Guias Locais, da comunidade Google Maps e de comerciantes de todo o planeta, que já fizeram mais de 1 bilhão de atualizações sobre acessibilidade nos perfis do Google Maps.

    Para contribuir com informações sobre acessibilidade no Google Maps, basta procurar o perfil comercial do seu estabelecimento, clicar em “Sobre e depois em “Editar recursos”. Em seguida, é só clicar nas informações sobre acessibilidade e adicionar os dados no Perfil da Empresa.

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    Controlando smartphones por voz

    Em breve, o sistema operacional Android também ficará mais acessível. O aplicativo Acesso por voz  passa a estar disponível em português a partir do início de dezembro para todos os usuários no Brasil. Lançado em 2018, o recurso foi projetado para permitir que qualquer pessoa controle o celular usando a voz, sendo particularmente útil para pessoas com deficiência que não conseguem tocar na tela. 

    Com a ferramenta é possível utilizar aplicativos, navegar entre telas, digitar mensagens e até mesmo editar texto usando a voz. Além disso, também é possível acionar o aplicativo por meio do Google Assistente dizendo “Ok Google, Acesso por voz”.

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    Ampliação do time global no Brasil

    Em julho deste ano, o time global de Produto, Equidade e Acessibilidade expandiu sua atuação para o Brasil, com a contratação de um time local para ajudar a conectar as iniciativas globais da companhia com as necessidades dos brasileiros, adaptando produtos e serviços do Google. O objetivo dessa equipe global é aprimorar os recursos de acessibilidade do Google por meio de engajamento com a comunidade, atuação em análise e testes de produto e realização de estudos de experiência do usuário.

    O time local é responsável por coordenar todos os programas e produtos de acessibilidade da empresa no Brasil, atuando nas cidades de São Paulo, Belo Horizonte e também remotamente. A atuação é feita em três áreas diferentes: 

    • ACT (Analysis, Compliance and Testing), que trabalha na construção de produtos, ferramentas, programas e parcerias inovadoras para melhorar a vida das pessoas com deficiência, sempre trabalhando em conjunto com outras áreas de produtos do Google;
    • Engajamento com a Comunidade, que desenvolve iniciativas junto com organizações e grupos de pesquisa do ecossistema de tecnologia que atuem em apoio às pessoas com deficiência;
    • UX Research, focada na experiência de uso para pessoas com deficiência.

    Segundo Bernardo Barlach, gerente de parcerias de Acessibilidade para a América Latina e um dos integrantes do novo time no Brasil, a chegada do time no país está alinhada com o movimento da companhia de valorização da diversidade de talentos do país, essencial para a construção de produtos melhores e mais inclusivos. 

    “A nossa missão é entender a fundo as particularidades da população brasileira e criar produtos e serviços cada vez mais úteis e inclusivos para que as pessoas com deficiência tenham mais autonomia no seu dia a dia.”

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    Rafael F. Carpi

    Editor na Jornalista Inclusivo e na PCD Dataverso. Formado em Comunicação Social (2006), foi repórter, assessor de imprensa, executivo de contas e fotógrafo. É consultor em inclusão, ativista dedicado aos direitos da pessoa com deficiência, e redator na equipe Dando Flor e na Pachamen Editoria.

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