Criadora da Inclui PcD, a startup Egalitê lista 7 expressões capacitistas para eliminar do vocabulário e dicas de como substituí-las
De acordo com o Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 23,9% da população brasileira possui algum tipo de deficiência, representando 45 milhões de pessoas. Mesmo com essa representatividade, expressões capacitistas – termo que remete à discriminação e o preconceito social contra pessoas com deficiência – ainda são utilizadas frequentemente, inclusive no mundo corporativo.
Boa leitura!
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Pelo anticapacitismo:
Considerando que uma das maiores dificuldades enfrentadas por pessoas com deficiência é a inclusão no mercado de trabalho, empresas e funcionários precisam estar preparados para não reproduzir comportamentos e expressões capacitistas.
Além de permitir a boa convivência, não reforçar um estereótipo preconceituoso, não julgar ou generalizar de forma equivocada é o primeiro passo na luta pelo anticapacitismo.
Pensando nisso, a Egalitê, startup de empregabilidade para PcD, que viabiliza além de vagas de emprego a capacitação para empresas, separou 7 expressões capacitistas que precisam ser retiradas do vocabulário popular:
1. "A equipe não tem braço/perna para essa demanda"
É possível substituir o uso da expressão por algo como: precisamos de mais funcionários ou contratações para entregar um resultado melhor
2. "Você tá surdo?"
Às vezes, a frase acima é utilizada como uma forma de hipérbole. No entanto, ela é ofensiva para as pessoas que efetivamente possuem deficiência auditiva. Dessa forma, falar um pouco mais alto e perto da pessoa ou simplesmente perguntar se ela te ouviu resolvem a questão.
3. "Não tô enxergando!" Ou ainda: "Você tá cego?"
Outra situação de hipérbole que pode ser alterada por: preciso ir ao oftalmologista, ou preciso buscar meus óculos. Noutro caso, pode-se usar: “Preste atenção”, ou ainda, “Fique atento”. Dessa forma
4. "Fulano agiu igual um retardado"
A afirmação ofensiva pode ser substituída por uma postura de empatia com a pessoa no intuito de entender quais os motivos dessa atitude. Se ainda assim houver repulsa, um “não gostei da atitude de fulano” é suficiente.
![Ilustração pelo Anticapacitismo, “7 expressões capacitistas para eliminar do vocabulário”. Cadeirante reclamando de braços abertos, com sobreposição da palavra “capacitismo” rasurada em vermelho.. Ilustração pelo Anticapacitismo, “7 expressões capacitistas para eliminar do vocabulário”. Cadeirante reclamando de braços abertos, com sobreposição da palavra “capacitismo” rasurada em vermelho..](https://jornalistainclusivo.com/wp-content/uploads/2021/08/7-expressoes-capacitistas-para-serem-eliminadas-do-vocabulario-1024x576.jpg)
5. "Pare de fingir demência"
Além de tentar se explicar novamente, a pessoa que reproduz essa frase pode substituí-la por: “pare de fingir que não entendeu”.
6. "O que ela fez foi mancada"
O termo preconceituoso pode ser trocado por sacanagem sem alterar o sentido da frase.
7. "Ele deu uma de João sem braço"
A palavra desentendido no lugar de “João sem braço” exprime a mesma ideia sem cunho preconceituoso.
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Sobre a Inclui PcD e a Egalitê
Com atuação direta no universo da inserção nas empresas, a Egalitê realizará a segunda edição da Inclui PcD, maior feira de empregabilidade para o público, nos dias 20 e 24 de setembro de forma gratuita e online. Em 2020, a Inclui PcD promoveu 8 mil conexões, 5 mil vagas e 200 empresas participantes. Para 2021, nomes como Carrefour, Magalu, MercadoLivre, Itaú, Renner, P&G, EY, Eixo SP, J.P. Morgan e Johnson Control já estão entre os patrocinadores.
Em homenagem ao Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência, 21 de setembro, a feira é a maior de empregabilidade para o público do mundo. Online e gratuita, a 1ª Edição, em 2020, reuniu 8 mil conexões feitas, 5 mil postos de trabalho e 200 empresas participantes. Por meio de conexão, inclusão e capacitação, o evento é uma ponte entre esses profissionais e as empresas, atribuindo autonomia e protagonismo às pessoas com deficiência.
Startup realizadora da Inclui PcD, a Egalitê é especializada na inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. A empresa atua promovendo conexão, capacitação e inclusão das pessoas com deficiência frente ao mercado de trabalho. A startup já capacitou e empregou mais de 8 mil pessoas em 19 estados. A HRtech venceu o Zero Project, prêmio australiano em conjunto com o World Future Council e o European Foundation Center, o World Summit Awards (WSA) promovido pela ONU, em 2019, além de ter sido acelerada pelo Facebook e pela Artemisia na Estação Hack, em 2018. Em 2017, foi a primeira empresa do Brasil premiada no Global Grand Challenges Awards e, no mesmo ano, foi considerada uma das 10 startups mais atrativas do Brasil, de acordo com a 100 Open Startups. Acesse egalite.com.br e saiba mais!
Links úteis:
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