Online e gratuito, Summit “Inclusão como Solução” mostrará como empresas que buscam agenda ESG podem avançar na inclusão da pessoa com deficiência
Um dos maiores desafios da agenda ESG (conjunto de critérios sobre os três pilares – sociais, ambientais e de governança corporativa) é a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Muitas empresas ainda acreditam que basta abrir vagas e contratar perfis diversos. Esquecem-se de que é preciso criar um ambiente verdadeiramente empático, com espaço para trocas, acolhimento das diferenças e combate a eventuais crenças limitantes de outros colaboradores, além de planos de carreira que não deixem ninguém para trás.
Boa leitura!
Introdução
Pensando na realidade corporativa relacionada a pessoa com deficiência, o Instituto Serendipidade e a ASID Brasil (Ação Social para Igualdade das Diferenças), com apoio da Exec Consultoria, promovem o 1º Summit “Inclusão como Solução: Estratégias e Práticas Inclusivas para Inovar”, no dia 1º de abril, das 9h às 17h.
Voltado principalmente para o mundo corporativo, o evento, totalmente gratuito, digital e acessível – Libras, audiodescrição e legendas –, apresentará exemplos concretos de empresas que já trilharam o caminho da inclusão. Executivos do McDonald’s, L’Oréal, Cielo, Hospital Israelita Albert Einstein, Espaçolaser, entre outros, vão compartilhar, no canal do YouTube do Instituto Serendipidade, suas dificuldades e vitórias até atingirem seus cases de sucesso.
Participação da pessoa com deficiência
Pessoas com deficiência dividirão sua expertise com depoimentos sobre suas jornadas. Especialistas comentarão cada apresentação, e o público também poderá participar.
“A ideia é ser um evento prático, com ferramentas para que o universo corporativo possa entender a inclusão e aplicá-la no dia a dia. A inclusão não tem que ser vista como problema, mas como solução”, diz o empreendedor social Henri Zylberstajn, fundador do Instituto Serendipidade.
Para Isabela Bonet, diretora-executiva da ASID Brasil, não há mais tempo para estagnação. “O capacitismo é muito presente. Precisamos de atuação sistêmica e profunda para que haja mudanças de fato e para garantir a visibilidade da pessoa com deficiência”, diz.
Já Marcelo Ribeiro dos Santos, sócio da Exec, patrocinadora do encontro, lembra ainda que a inclusão traz benefícios para todos. “Quando as pessoas somam em suas diferenças, criam soluções para o bem coletivo, gerando mais inovação, mais resultados, mais felicidade e bem-estar no trabalho”.
Evento terá três temas centrais
- Apresentações serão divididas da seguinte forma:
No primeiro painel, sobre empregabilidade, um dos convidados é Daniel Poli, Head de Sustentabilidade, Diversidade e Responsabilidade Social da Cielo. Ele falará sobre as melhores práticas para promover acesso a oportunidades de desenvolvimento iguais dentro das companhias. Para as empresas que ainda têm dificuldades, ele resume o que é preciso ter: “Disposição para fazer e humildade para reconhecer onde estão seus próprios calos”.
Leandro Corrêa, gerente de Gente, Diversidade e Inclusão do McDonald’s, também contribuirá para o debate sobre a construção de um plano de carreira para a pessoa com deficiência: “Ter profissionais com deficiência no nosso time traz uma série de benefícios para eles, mas também humaniza a empresa e cria uma cultura de pertencimento ainda mais forte em nossos funcionários”.
No pilar de comunicação e representatividade, Márcia Silveira, diretora de comunicação da L’Oréal, exibirá o case de Maju, primeira modelo com trissomia do cromossomo 21 (síndrome de Down) que se tornou embaixadora da empresa no Brasil. “A gente quer ter esse reconhecimento como uma empresa que realmente tem foco na diversidade”, diz.
No último painel, sobre impacto, um dos destaques é Priscila Surita, do Hospital Israelita Albert Einstein. Ela contará como a rede, além de investir na diversidade, vem tentando ampliá-la junto a fornecedores, alunos e pacientes. “É preciso fortalecer o engajamento, atiçar a curiosidade de quem ainda não está nesta jornada”.
Encerramento e inscrições
No encerramento, também está presente Fernando Simões, da Bemtevi Investimento Social, que destaca o protagonismo que pessoas com deficiência, como Guilherme Bara, fundador da MAC Consultoria, terão no Summit. “Pessoas com deficiência acabam ficando à margem da sociedade e, por conta disso, não temos tanta interação e não entendemos suas dores para solucioná-las. O evento trás isso: esse lugar de fala, pessoas reais falando sobre suas dores e soluções encontradas na jornada da inclusão”.