Rapper cadeirante lança single abordando os direitos da pessoa com deficiência

Imagem do clipe com o rapper cadeirante e o texto: "Corpo Intruso. Billy Saga".
Descrição da imagem #PraCegoVer: Imagem de capa é uma cena do clipe do rapper cadeirante. Sobreposto a imagem, aparece o texto, na cor vermelha. Texto: “Corpo Intruso. Billy Saga”. Homem branco com cabelos tipo dreadlock. Está sentado na cadeira de rodas, usa calça azul, blusa em tons de amarelo e verde, e faixa na cabeça. Atrás do músico há alguns prédios e árvores. Créditos: Reprodução/YouTube

Em "Corpo Intruso", Billy Saga reflete sobre processos de inclusão na sociedade

O rapper cadeirante aproveita o embalo dos jogos Paralímpicos de Tóquio e através da sua música faz uma provocação pela falta de equidade nos mecanismos sociais

E do fundo do abismo os normais me olharam confusos / Eu que estava no topo logo eu, um corpo intruso” são alguns dos versos que transmitem a mensagem de “Corpo Intruso” (escute aqui ), novo single do rapper Billy Saga, que já soma uma trajetória de duas décadas de dedicação ao rap e ao ativismo social. O músico cadeirante é considerado, atualmente, um dos mais autênticos e combativos rappers a abordar, nas entrelinhas de suas músicas com temas diversos, os direitos das pessoas com deficiência.

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Inspirada em um conceito de mesmo nome, criado em 2019 pela coreógrafa Estela Lapponi, “corpo intruso” é um termo que se auto explica, ou seja, tudo aquilo que é visto como diferente e causa a resistência da sociedade.

De alguém que viveu na pele o veneno de uma lesão medular, devido a um acidente de moto, o rap de Billy Saga, que além de rapper, é também o responsável pela área de diversidade e inclusão da Claro e presidente da ONG Movimento e SuperAção, é uma verdadeira bandeira hasteada à resistência, capaz de sensibilizar e provocar uma espécie de consciência coletiva acerca da fundamental reflexão sobre o dever de combate à exclusão social, historicamente ressaltada pelo racismo, preconceito e violência com aqueles colocados à margem da sociedade.

A música chega acompanhada de um videoclipe (assista abaixo) que reflete cenas do rapper rimando na quadra de basquete e em uma mini rampa, enquanto um paratleta joga basquete e um skatista com deficiência pratica o esporte.

“Com minha música tenho a possibilidade de conquistar mais espaços, pois vou conseguir alcançar não só as pessoas com deficiência e simpatizantes do segmento, mas também todos os outros atores responsáveis pela construção da inclusão. Precisamos tirar o rótulo radical sobre pessoas com deficiência, de super-herói, como nossos medalhistas paralímpicos, ou no outro extremo, de coitadinho, com todos os seus direitos negados. Somos pessoas e ponto”, finaliza Billy Saga.

“Corpo Intruso” é, enfim, uma ode moderna à resiliência, capaz de sensibilizar e provocar a reflexão sobre a riqueza das diferenças, a urgência da acessibilidade e os deveres (de cada um e de todos) em relação às práticas e políticas inclusivas, para todos.

Capa do single Corpo Intruso, descrito na legenda.
Descrição da imagem #PraCegoVer: Capa do single é uma ilustração em tons de vermelho, a imagem do rapper e texto em dourado. Texto: “Corpo Intruso. Billy Saga”. Na ilustração, o músico está de perfil, sentado em cadeira de rodas e cantando com um microfone na mão. Usa calça escura e camiseta clara. Créditos: Divulgação

Ficha Técnica: 

Clipe “Corpo Intruso”

  • Direção: Marina Amano e Murilo Amancio
  • Câmera: João Bonafé e Murilo Amancio
  • Assistente: Vitor Peracetta e Tuti Camargo
  • Consultoria sobre Inclusão: Billy Saga
  • Ator Basquete: Tite
  • Ator Skate: H. “John” (Atleta gentilmente cedido pela @jumperequipamentos)

Single “Corpo Intruso”

  • Beatmaker: Skeeter
  • Mix e Master: Luís Lopes (C4 Estudio)
  • Composição: Billy Saga

Capa “Corpo Intruso”

  • Direção de Arte: Lambuja
  • Agradecimentos:
  • Estela Lapponi (Corpo Intruso foi um conceito criado por essa artista em 2009)
  • Realização: Listo Music
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