Entenda os desafios do câncer infantojuvenil para aumentar as chances de cura

Foto com três crianças em tratamento de câncer, hóspedes da Casa Ronald McDonald. Elas sorriem, fazem coraçãozinho com as mãos, superando desafios do câncer infantojuvenil.
Desafios do câncer infantojuvenil: doença que mais mata crianças e jovens no Brasil. (Imagem: Reprodução. Créditos: Instituto Ronald McDonald)

Instituto Nacional de Câncer espera quase 8 mil novos casos ao ano da doença que mais mata crianças e jovens no Brasil

No final de novembro, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) lançou a Estimativa 2023: incidência de câncer no Brasil , como faz desde 1995. Com metodologia semelhante a utilizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) nas estimativas mundiais, o Inca aponta para 704 mil casos novos por ano no Brasil para o triênio 2023-2025. Em relação ao câncer infantojuvenil, são esperados 7.930 casos novos ao ano.

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    Boa leitura!

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    Contexto do câncer infantojuvenil

    Segundo publicação na Biblioteca Virtual em Saúde , do Ministério da Saúde, pelo Dia Internacional do Câncer na Infância, o câncer infantojuvenil corresponde a um grupo de várias doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais e que pode ocorrer em qualquer local do organismo.

    Diferentemente do câncer do adulto, o infantojuvenil geralmente afeta as células do sistema sanguíneo e os tecidos de sustentação. Por serem predominantemente de natureza embrionária, tumores na criança e no adolescente são constituídos de células indiferenciadas, proporcionando melhor resposta aos tratamentos atuais na maioria dos casos.

    Desafios do câncer infantojuvenil

    O câncer é a doença que mais mata crianças e jovens de 1 a 19 anos (8% do total), conforme a estimativa do Inca, com desigualdade das chances de cura associada às regiões do país. O levantamento mostra que as chances médias de sobrevivência na região Sul são de 75%, na Sudeste são de 70%, no Centro-Oeste são de 65%, Nordeste são de 60% e as chances no Norte de 50%.

    No Brasil, o tempo entre a percepção de sintomas e a confirmação diagnóstica do câncer infantojuvenil é longo e por isso muitos pacientes chegam ao tratamento em fase avançada da doença. Ainda de acordo com a pesquisa, cerca de 80,8% dos pacientes que iniciaram o tratamento da doença chegaram ao hospital sem diagnóstico. 

    Tumores frequentes na infância e adolescência

    > As leucemias (que afetam os glóbulos brancos)

    > Os que atingem o sistema nervoso central

    > Os linfomas (sistema linfático).

    Outros que acometem crianças e adolescentes

    > O neuroblastoma (tumor de células do sistema nervoso periférico, frequentemente de localização abdominal)

    > Tumor de Wilms (tipo de tumor renal)

    > Retinoblastoma (afeta a retina, fundo do olho)

    > Tumor germinativo (das células que originam os ovários e os testículos)

    > Osteossarcoma (tumor ósseo)

    > Sarcomas (tumores de partes moles)

    Nas últimas quatro décadas, o progresso no tratamento do câncer na infância e na adolescência foi extremamente significativo. Hoje, em torno de 80% das crianças e adolescentes acometidos da doença podem ser curados, se diagnosticados precocemente e tratados em centros especializados.

    Foto colorida, em área externa, com duas crianças fazendo sinal de coração com as mãos. Uma delas está em tratamento do câncer e usa toquinha rosa na cabeça.
    Descrição da imagem #PraGeralVer: Foto colorida, em área externa, com duas crianças fazendo sinal de coração com as mãos. À esquerda está uma criança em tratamento do câncer, usando uma toquinha rosa na cabeça e camiseta preta. À direita, a outra garotinha, um pouco maior, tem cabelos longos cacheados e usa vestido preto com flores. (Imagem: Reprodução. Créditos: Instituto Ronald McDonald)

    Uma casa longe de casa

    Ajudando a vencer esses desafios, há mais de duas décadas o Instituto Ronald McDonald no Brasil atua para promover a saúde e o bem-estar a crianças, adolescentes e suas famílias, aumentando as chances de cura da doença no país.

    “O câncer não é uma doença fácil de encarar. Estamos felizes por encontrar um lugar onde somos tão bem acolhidos. Aqui é a nossa segunda casa”. O depoimento, emocionado, é da Camila, mãe da pequena Camilly, de 9 anos, hóspedes do Programa Casa Ronald McDonald, projeto que é coordenado pelo Instituto.

    Muitos pacientes moram longe do hospital onde são tratados, as vezes até em outro Estado. É aí que o programa entra em ação: a Casa Ronald oferece acomodação, alimentação, apoio psicossocial e transporte totalmente gratuitos para as famílias inscritas no programa.

    “Trabalhamos incansavelmente com o propósito de impulsionar e promover um amanhã mais saudável e com maiores oportunidades para todos, com acesso aos melhores serviços de saúde”, afirma Bianca Provedel, Diretora Executiva do Instituto Ronald McDonald.

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    Diagnóstico precoce salva vidas

    No cenário de um país com restrições econômicas, o Instituto Ronald investe no uso de recursos de forma inteligente.

    “Nossa ideia é trabalhar para que mais crianças cheguem ao hospital no estágio inicial da doença, diminuindo os custos para o tratamento e aumentando as chances de cura. Por isso, investimos no programa Diagnóstico Precoce”, conclui Bianca.

    Desde sua fundação, em 8 de abril de 1999, o Instituto Ronald McDonald, vencedor do prêmio de Melhor ONG em saúde e classificado por cinco anos consecutivos entre as 100 melhores ONGs do Brasil, de acordo com o Instituto Doar e a Revista Época, desenvolve e coordena programas como Diagnóstico Precoce, Atenção Integral, Espaço da Família Ronald McDonald e Casa Ronald Mcdonald.

    Fazendo a diferença

    Em 2022, por meio dos seus programas e projetos, o Instituto impactou a vida de milhares de famílias. Com o Programa Casa Ronald McDonald, por exemplo, foram oferecidas mais de 70 mil hospedagens, 316 mil refeições e 11,6 mil viagens aos hospitais.

    Já nos Espaços da Família Ronald McDonald, a ONG acolheu mais de 10 mil pessoas e serviu cerca de 3 mil lanches. Além disso, o Programa Diagnóstico Precoce, que antes capacitava profissionais e estudantes da saúde, foi ampliado também para sensibilizar profissionais da educação básica sobre os sinais do câncer infantojuvenil.

    Para ajudar o Instituto a manter seus programas em operação e transformar a vida de milhares de crianças que lutam contra o câncer, o instituto recebe doações de pessoas físicas e empresas. Para saber mais e fazer o bem, acesse o site do Instituto Ronald McDonald no link .

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    Jornalista Inclusivo

    Da Equipe de Redação

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