CBD para autismo e epilepsia infantil: alívio para mães atípicas

Criança sorridente segura um frasco de óleo de CBD rotulado como "100% orgânico" e faz sinal de positivo com o polegar. (Créditos: Imagem Gerada por IA)

Legenda descritiva: Criança sorridente segura um frasco de óleo de CBD rotulado como "100% orgânico" e faz sinal de positivo com o polegar. (Créditos: Imagem Gerada por IA)

No Mês das Mães, mães atípicas relatam redução de crises severas e mais qualidade de vida ao recorrer ao canabidiol.

No Mês das Mães, a discussão sobre o bem-estar materno ganha destaque, especialmente para mães atípicas – aquelas que cuidam de crianças com deficiência e necessidades específicas. Muitas dessas mães enfrentam uma exaustão profunda, e o uso terapêutico do canabidiol (CBD) tem surgido como uma esperança, não diretamente para elas, mas ao melhorar significativamente a qualidade de vida de seus filhos, o que, por consequência, alivia sua sobrecarga emocional, física e mental.

O CBD tem se mostrado um aliado crucial para famílias que lidam com condições como epilepsia refratária e Transtorno do Espectro Autista (TEA). Ao reduzir crises severas, dificuldades de socialização e desafios comportamentais diários nas crianças, o CBD permite que suas mães encontrem momentos de paz e descanso, essenciais para sua própria saúde e para a dinâmica familiar.

Histórias que Tocam: Mães Atípicas e CBD Transformando Vidas

A jornada de muitas mães atípicas é marcada pela busca incessante por tratamentos que ofereçam qualidade de vida aos seus filhos com deficiência. O canabidiol tem se destacado como uma alternativa promissora.

“Minha filha tinha muitas crises e os medicamentos não estavam funcionando. Foi por recomendação médica que começamos o tratamento com o CBD. As crises diminuíram muito,” conta Roseane Barbosa, mãe da Bianca, de 12 anos, diagnosticada com encefalopatia epiléptica tipo 3 do gene KCTD7, uma condição degenerativa que provoca convulsões severas. “Consigo dormir a noite toda, coisa que não fazia há anos. Ver minha filha passar o dia bem, sem crises, me trouxe uma paz que eu não lembrava como era.”

Mãe carinhosa abraça a filha com deficiência, que veste camiseta rosa com personagens coloridos e usa traqueostomia.
Descrição da Imagem: Foto de Roseane, uma mulher com expressão serena, segurando carinhosamente a filha Bianca em seu colo. A menina, com olhar voltado para cima, veste uma camiseta rosa estampada com personagens de animação e usa traqueostomia. Elas estão sentadas em um ambiente simples, com cobertores ao fundo. (Foto: Reprodução. Créditos: Acervo pessoal)

Já a experiência de Thaís Pedroso José, mãe do pequeno Isaac Gabriel, de seis anos, também revela como o canabidiol pode transformar a rotina de uma família. Diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA), Isaac enfrentava crises severas e pouca interação social. A risperidona, medicamento comumente prescrito, não trouxe resultados positivos.

“Ele ficava agitado e não dormia. Foi um período muito difícil”, relata Thaís. Após dois meses de tratamento com CBD, com acompanhamento médico e apoio da True Wellness, a família notou mudanças significativas. “Ele está mais calmo, conseguimos manter conversas e sair de casa sem crises. O apetite dele também melhorou muito”, afirma.

Base Científica: Resultados sobre CBD em Autismo e Epilepsia

Entre a pressão de dar conta de tudo e o peso invisível da sobrecarga emocional, muitas mães, especialmente as atípicas, enfrentam uma jornada exaustiva e solitária. Cuidar de crianças com deficiência e necessidades específicas, que lidam com crises severas, dificuldades de socialização e desafios comportamentais diários, exige força, paciência e uma dose intensa de resiliência. No entanto, um recurso tem ganhado espaço como aliado no bem-estar físico e emocional dessas mulheres e de seus filhos: o canabidiol (CBD).

Diversos estudos científicos recentes têm validado a eficácia do CBD:

Entre Burocracia e Esperança: O Caminho para Obter CBD

Apesar dos benefícios comprovados, o acesso ao tratamento com CBD ainda enfrenta barreiras significativas. Para Alexandre Lazaretti, sócio da True Wellness, empresa especializada em terapias com canabidiol, uma das principais dificuldades é a burocracia para obter autorização junto aos órgãos reguladores.

Trâmites e Suporte: Orientação Profissional para Uso de CBD

“O processo é burocrático e demorado. Nós orientamos as famílias desde o primeiro contato médico até a liberação pela Anvisa, justamente porque sabemos o quanto cada dia sem tratamento pesa na vida dessas mães,” afirma Lazaretti.

A judicialização para garantir o acesso é uma realidade para muitas famílias. Segundo levantamento recente divulgado pelo portal Sechat , com base em um estudo conduzido pela FGV Direito SP, 81% das ações judiciais movidas por famílias de crianças e adolescentes com autismo em São Paulo, entre 2019 e 2022, tiveram o fornecimento do canabidiol negado pelos planos de saúde. Este número ressalta a urgência de uma revisão nas políticas de acesso a esse tipo de tratamento.

CBD na Prática: Uma Estratégia de Apoio Familiar

Para essas mulheres, cuidar dos filhos com dignidade e garantir algum equilíbrio à rotina tornou-se uma missão contínua. O CBD tem sido, para muitas famílias, uma estratégia de sobrevivência. Não por aliviar a carga das mães diretamente, mas por permitir que seus filhos tenham menos crises, mais tranquilidade e uma melhor qualidade de vida. Essa melhora nos sintomas comportamentais e neurológicos das crianças impacta diretamente o cotidiano dessas mães, que finalmente encontram respiros em meio ao caos.

Cuidar de Quem Cuida: Um Chamado à Ação pela Saúde das Mães Atípicas

No Mês das Mães, é tempo de olhar com mais carinho para quem cuida. O cuidado com a saúde mental das mulheres, especialmente das mães atípicas, precisa ser tão urgente quanto o tratamento oferecido aos seus filhos. Promover o acesso ao canabidiol, seja pela rede pública ou pelos planos de saúde, é mais do que uma medida terapêutica: é um ato de justiça, inclusão e cuidado coletivo, alinhado com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, como o ODS 10 (Redução das Desigualdades) e ODS 16 (Paz, Justiça e Instituições Eficazes).

Quando uma mãe tem qualidade de vida, ela consegue respirar, acolher, sonhar e criar filhos mais seguros, afetivos e em paz com o mundo. Cuidar de quem cuida é o primeiro passo para uma sociedade verdadeiramente empática e demonstra o impacto positivo de iniciativas que promovem o bem-estar familiar.

 

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