Concerto do Bem: no palco, a diversidade de SP em um espetáculo de inclusão e arte

Visão ampla de um palco, uma orquestra, o coral e dançarinos do Instituto Olga Kos durante a apresentação do Concerto do Bem. (Foto: Divulgação/IOK)

Legenda descritiva: Visão ampla de um palco, uma orquestra, o coral e dançarinos do Instituto Olga Kos durante a apresentação do Concerto do Bem. (Foto: Divulgação/IOK)

Com 100 participantes com e sem deficiência, evento gratuito do Instituto Olga Kos celebra o encontro de corpos e histórias, mostrando a potência da arte como ferramenta de transformação social.

São Paulo, SP, 13 de novembro de 2025 – O palco do Teatro Sérgio Cardoso, em São Paulo, se transformará em um mosaico de corpos, gerações e origens no dia 27 de novembro. O “Concerto do Bem – Cores e Performance”, realizado pelo Instituto Olga Kos (IOK), reunirá 100 participantes com e sem deficiência em um espetáculo gratuito que celebra a diversidade através da música, dança e capoeira. A iniciativa é uma resposta artística e potente a um cenário onde o acesso à cultura ainda é um desafio para milhões de pessoas no Brasil.

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O Desafio da Inclusão Cultural: Um Palco para Poucos

A proposta do Concerto do Bem dialoga com uma realidade alarmante. Segundo dados da PNAD Contínua 2022 (IBGE), a participação de pessoas com deficiência em atividades culturais é significativamente menor que a da população geral. Apenas 9,7% das pessoas com deficiência frequentaram cinemas, teatros ou shows, em comparação com 17,3% das pessoas sem deficiência. Eventos como o do IOK são essenciais para combater essa exclusão, não apenas formando público, mas, principalmente, garantindo o protagonismo de artistas com deficiência.

A Arte como Ponte: A Filosofia por Trás do Concerto

Para Wolf Kos, presidente do IOK, o objetivo é claro: “Nosso objetivo é mostrar que a música pode e deve ser um canal de transformação social. Ao abrir espaço para pessoas com deficiência e comunidades em vulnerabilidade, reafirmamos o compromisso de promover uma sociedade mais inclusiva e plural”. A direção geral do espetáculo, a cargo de Vanderlei Pira, reflete essa filosofia na prática, integrando orquestra, coral e dança em uma narrativa que homenageia a diversidade de São Paulo, de Adoniran Barbosa à música judaica.


“Meu papel é coordenar e conectar as potências de cada grupo, ou seja, orquestra, coral, dança, e fazer com que cada participante se sinta parte da construção. A inclusão, neste projeto, é vivida na prática. Todos estão juntos contando a história da cidade de São Paulo e das pessoas que a constroem.”

Vanderlei Pira, diretor geral do espetáculo

“A Dança de Cada Um”: Potencializando a Expressão Individual

Na dança, a abordagem foge do tradicional. Gabriel Souza Domingues (Dom Gabriel), coordenador do grupo, explica que o processo criativo valoriza a singularidade de cada corpo. “A gente não trabalha com uma dança codificada, que todo mundo precisa copiar o professor. Buscamos a dança de cada um, baseada em sua história de corpo e de vida. É um jeito de potencializar as habilidades e mostrar o que cada pessoa tem de melhor”, afirma. Para ele, a arte tem o poder de criar pontes e transformar comportamentos, fazendo com que diferentes corpos e histórias convivam e se respeitem.

Jovem com síndrome de Down, vestindo uma camiseta preta, dança com um professor em uma sala de ensaio com piso de madeira.
Processo criativo valoriza a expressão individual e a história de cada participante. (Foto: Divulgação/IOK)

Vozes que se Encontram: Histórias de Transformação e Pertencimento

O impacto do projeto é visível nas histórias das famílias. Maria Conceição, mãe de Tiago, de 27 anos, que participa das oficinas há quase uma década, vê no palco um espaço de realização para o filho. “O palco é o lugar dele. Ele ama dançar e se apresentar. O Instituto abriu portas que a gente nunca imaginou alcançar: Ibirapuera, Pinacoteca, Memorial da América Latina. É gratidão em cada passo.”

Aparecida de Lourdes, mãe solo de Isabel, encontrou no IOK um porto seguro. “Foi onde a gente se encontrou. A Isabel amadureceu, ganhou autonomia e quer estar cada vez mais no palco. Quando ela dança, é como se dissesse: ‘Duvidaram de mim? Agora vejam do que sou capaz’”, conta, emocionada.

Serviço: Como Participar do Concerto

  • O quê: Concerto do Bem – Cores e Performance
  • Data: 27 de novembro de 2025
  • Local: Teatro Sérgio Cardoso – Rua Rui Barbosa, 153 – Bela Vista, São Paulo – SP
  • Entrada: Gratuita

Como garantir seu ingresso: As informações sobre a data e o método para a retirada dos ingressos gratuitos estão divulgadas nos canais oficiais do Instituto Olga Kos (IOK). Para não perder, acompanhe pelo link: linktr.ee/InstitutoOlgaKos .