Apoiado pelo Google via Lei de Incentivo ao Esporte, projeto conquista vice-campeonato mundial e mostra como investimento consistente pode transformar estruturas, formar atletas e mudar trajetórias.
São Paulo, 26 de junho de 2025 — Nesta semana, quando é celebrado o Dia do Esporte Olímpico, o Brasil tem mais do que medalhas para comemorar. Tem também histórias de transformação — como a de Alan Alex Nogueira, jovem do interior paulista que se tornou artilheiro no Mundial de Clubes de Goalball, conquistando o vice-campeonato com a equipe brasileira em uma campanha histórica realizada na Finlândia. A trajetória foi construída dentro do Instituto Athlon, projeto social e esportivo com sede em São José dos Campos (SP), apoiado pelo Google por meio da Lei Federal de Incentivo ao Esporte.
Artilheiro do Mundial: O Paratleta Alan Nogueira
Alan tem deficiência visual congênita devido ao glaucoma e tinha apenas 15 anos quando foi apresentado ao goalball. Encontrou acolhimento e estrutura no Athlon, uma das maiores referências nacionais na formação de atletas com deficiência. Lá, deu seus primeiros passos no esporte paralímpico com acesso a treinos estruturados, apoio psicológico e acompanhamento técnico de alto nível. Quase uma década depois, vestiu a camisa do Brasil, brilhou em uma competição internacional e voltou para casa com o título de campeão mundial.
“Graças ao projeto apoiado pelo Google, tive a oportunidade de competir em igualdade com outros atletas, vestir a camisa do Brasil e conquistar títulos — entre eles, o mais especial: campeão mundial em maio deste ano. Saí do anonimato do interior para o topo do mundo. Sou profundamente grato por essa chance de viver meu sonho”, afirma o paratleta Alan Nogueira.
Goalball, inclusão e excelência esportiva
Criado após a Segunda Guerra Mundial, o goalball é a única modalidade paralímpica desenvolvida exclusivamente para pessoas com deficiência visual. O jogo é disputado por equipes de três jogadores vendados que se revezam entre ataque e defesa. A bola — com guizos internos e 1,25 kg — é arremessada com as mãos em direção ao gol adversário, enquanto os jogadores da defesa se lançam ao chão para interceptá-la com o corpo, guiando-se apenas pelo som.
O desempenho da equipe do Athlon no Mundial — com sete vitórias seguidas até a final contra a Alemanha — é fruto de um projeto que alia estrutura para treinamentos e formação dos atletas continuamente. Fundado em 2015, o Instituto atende hoje mais de 360 pessoas com deficiência em 10 modalidades paralímpicas, com uma metodologia baseada em três pilares: continuidade, clareza e vínculo. A proposta é que cada atleta encontre um ambiente seguro para evoluir no próprio ritmo — sem precisar se adaptar a moldes prontos.

Além de Alan, também se destacaram na campanha internacional André Dantas, que fez o gol de ouro na prorrogação da final, garantindo o título de Campeão Mundial contra a Alemanha; Ana Carolina Duarte, artilheira da equipe feminina; e Christian Gabriel, convocado para os Jogos Paralímpicos de Paris. E os resultados não são pontuais: em 2024, 21 atletas formados pelo Athlon integraram a delegação brasileira nos Jogos de Paris, conquistando 12 medalhas, entre elas dois ouros e duas pratas. Nomes como Ricardo Mendonça, Rayane Soares, Lorena Spoladore e Thomaz Ruan também saíram do mesmo projeto.
Uma rede de impacto social
O impacto do Athlon vai além do alto rendimento. Treinos de qualidade, ambiente seguro, equipes qualificadas e um olhar atento ao longo prazo formam a base da metodologia da organização. “Com o apoio que recebemos do Google, conseguimos garantir um ambiente profissional e seguro para que esses atletas se desenvolvam como competidores — e como pessoas. O que vimos na Finlândia foi o reflexo de um trabalho que tem base, continuidade e propósito”, reitera Kelvin Bakos, diretor fundador do Instituto Athlon .
Parte fundamental dessa estrutura é viabilizada com o apoio do Google via Lei Federal de Incentivo ao Esporte, que desde 2024 contribui para a manutenção do projeto, participação em campeonatos e expansão do atendimento. Com o suporte da empresa, o Athlon estendeu suas ações para mais de 340 atletas com deficiência, com o objetivo de aumentar a participação em competições nacionais e internacionais.
A iniciativa faz parte de um portfólio mais amplo do Google, que investe, anualmente, milhões em projetos como o da Athlon, por meio das Leis de Incentivo Fiscal. Só no ano passado, foram apoiados 23 projetos sociais em 144 cidades brasileiras, beneficiando mais de 130 mil pessoas nas áreas de educação, cultura, saúde e esporte.
As organizações sociais são selecionadas através de uma tecnologia desenvolvida pela Incentiv , ecossistema de impacto que conecta projetos sociais a empresas patrocinadoras por meio das Leis de Incentivo.
Para o Google, a conquista do Athlon é a prova de que investir em esporte é investir em impacto real. “O que o Athlon faz é construir base, dar continuidade e formar pessoas. É um orgulho apoiar uma iniciativa que transforma vidas com tanta consistência”, afirma Ednaldo Silveira, Diretor Financeiro Sênior do Google Brasil.