Legenda descritiva: Fogos de artifício coloridos explodem no céu sobre o estádio durante a cerimônia de encerramento da Paralimpíada de Paris 2024, enquanto o público assiste a festa da inclusão Paralímpica, em meio a luzes e efeitos de fumaça. (Foto: Wander Roberto/CPB)
A 17° edição dos Jogos Paralímpicos terminou no domingo (8). A cerimônia de encerramento aconteceu no Stade de France, o principal estádio do evento. Com lotação máxima, luzes, cores e muita música, delegações do mundo todo comemoram suas vitórias e agradeceram o mundo pela admiração.
Inclusão paralímpica encerra edição francesa dos Jogos
O show aconteceu debaixo de chuva, mas não deixou a desejar. A festa contou com jogo de luzes e com um efeito impressionante das milhares de pulseirinhas de LED entregues ao público presente. O desfile dos atletas teve o som acalorado da torcida como trilha sonora. O Brasil, que ficou com o quinto lugar da competição ao faturar 89 medalhas, comemorou suas conquistas com a nadadora Carol Santiago e o canoísta Fernando Rufino como porta-bandeiras.
O país ainda teve mais um motivo para se orgulhar nos momentos finais. O nadador brasileiro Gabrielzinho, dono de três ouros na capital francesa, foi citado no discurso de Tony Estanguet, presidente do Comitê Organizador dos Jogos. Ele reconheceu a “revolução paralímpica” protagonizada pelos atletas e, depois de citar os franceses, lembrou do brasileiro. “Mudou nossa visão sobre as diferenças […] o esporte é para vocês”, declarou.
Uma apresentação de breaking antecedeu um dos momentos mais aguardados da cerimônia: a passagem da bandeira paralímpica para Los Angeles, cidade que sediará os próximos Jogos Paralímpicos em 2028. A prefeita de Los Angeles, Karen Bass, recebeu o símbolo do evento das mãos da prefeita de Paris, Anne Hidalgo, e de Andrew Parsons, presidente do Comitê Paralímpico Internacional.
Medalhas da festa da inclusão em Paris 2024
A liderança do quadro de medalhas ficou para a China, com 220 conquistas. Essa é a sexta vez consecutiva que o país realiza esse feito. Desde as primeiras provas, os atletas chineses obtiveram um desempenho acima da média.
A Grã Bretanha foi a segunda colocada com 124 medalhas. O terceiro lugar foi dos Estados Unidos, com 105 pódios. O Brasil, pela primeira vez na história, ficou com o quinto lugar depois de uma chuva de medalhas, sendo 89 no total – 25 ouros, 17 pratas e 38 bronzes.
A disputa, no entanto, foi acirrada com a Itália. A sexta colocada disputou com o Brasil até os últimos minutos. O judô brasileiro garantiu um ineditismo na modalidade e o recorde histórico.
Destaques da competição
Paris 2024 termina como uma festa da inclusão e ressalta a importância da valorização da diversidade de corpos. Alguns atletas, muitos deles brasileiros, ficaram sob os holofotes por conta de suas nessa trajetória conquistas e recordes. Gabrielzinho, da natação verde e amarela, foi eleito pela France2, principal televisão do país, a maior estrela dos Jogos Paralímpicos de Paris 2024.
Carol Santiago fez história na cidade da luz. Ela se tornou a maior campeã paralímpica da história do Brasil. Além dos atletas da natação, Jerusa Geber, do atletismo, marcou a quinta participação em Paralimpíadas. Aos 42 anos, ela realizou o sonho de subir no ponto mais alto do pódio e levantar a medalha de ouro. Paris 2024 rendeu ainda o tricampeonato paralímpico para Petrucio Ferreira.
Desde o dia 28 de agosto, o mundo assistiu atletas brilharem nas águas, estádios e ruas de Paris. A capital francesa cedeu seu brilho à inclusão e desde o espetáculo de abertura transmitiu a mensagem de valorização dos corpos por meio do esporte. Depois de competições em 22 modalidades, os mais de 4 mil atletas se despedem da cidade da luz e agora focam no próximo desafio: Los Angeles 2028.
Com informações do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) ↗.
Formada pela Faculdade Cásper Líbero em Jornalismo, atua como Redatora Jr. no Instituto Conhecimento Liberta. Também trabalha com Produção de Podcast e de Conteúdo Digital e Áudio. Siga no LinkedIn ↗.