Game pernambucano prioriza acessibilidade para pessoas com deficiência

Ilustração com quatro pessoas, locomotiva de trem e o nome do jogo Guardiões da Justiça 1.0. Descrição detalhada na legenda, ilustrando "Game pernambucano prioriza acessibilidade".
Descrição da imagem #PraCegoVer: Ilustração do texto “Game pernambucano prioriza acessibilidade”. No topo aparece o nome do jogo. Texto: Guardiões da Justiça 1.0. Abaixo, de frente, ilustração de quatro pessoas e uma locomotiva de trem. À esquerda, pessoa branca, em cadeira de rodas, com roupas azuis e guarda-chuva típicos do frevo. Está de mão dada a uma mulher de pele parda, com chapéu e roupa de couro, típicos do cangaceiro. Na sequência, locomotiva de trem estilizada com olhos e boca. Ao lado, mulher negra com turbante e roupa amarela, segurando a mão de um homem, sem camiseta, com calça branca, cabelos pretos e pele morena, com uma bengala. No rodapé da imagem, sobreposição de símbolos de acessibilidade e os ícones da Play Store e App Store. Creditos: Divulgação

Guardiões da Justiça 1.0 é indicado para pessoas autistas e com deficiência intelectual, visual ou auditiva

Gratuito para celular, tablet e desktop, o Game pernambucano prioriza acessibilidade digital com recursos acessíveis como Libras, legendas e narração

Preservando 200 anos de história do Poder Judiciário pernambucano, o Memorial da Justiça de Pernambuco tem agora um aliado nessa missão: o Guardiões da Justiça 1.0. Do Recife –considerado hoje o maior ‘Vale do Silício brasileiro’ –, o jogo é um dos primeiros produzidos no País com recursos de acessibilidade como audiodescrição, Libras, legendas e narração em português e em inglês.

O game Guardiões é indicado a pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), transtornos de aprendizagem e pessoas com deficiência intelectual, visual ou auditiva, de todas as idades, a partir dos quatro anos.

Disponível para celular, tablet e desktop, o jogo é totalmente gratuito. Ele pode ser baixado para smartphone com sistema Android, na Play Store e também para dispositivos iOS, na App Store . O download da versão para Windows, no site da Tangram Cultural , também é gratuito.

A ideia de criação do Guardiões – desenvolvido por equipe multidisciplinar e realizado pela Tangram Cultural e o Memorial da Justiça do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) –, segue uma tendência onde museus do mundo todo têm buscado se aproximar das pessoas, através da acessibilidade, inclusão e comunicação com seus visitantes.

Cena do jogo Guardiões da Justiça 1.0, com sete personagens descritos na legenda, "Game pernambucano prioriza acessibilidade".
Descrição da imagem #PraCegoVer: Ilustração é uma cena do jogo. O cenário em terreno árido, com sol ao fundo e a silhueta de sete personagens. À esquerda, sobre tarja translúcida, os personagens completos, que devem ser inseridos na silhueta correspondente. Créditos: Divulgação

O game, que concorreu na categoria Justiça e Cidadania, da 18ª edição do Prêmio Innovare , nasceu a partir de uma necessidade da equipe do Memorial de ter uma ferramenta que ajudasse na mediação do museu com as crianças com deficiência:

“Acreditamos que as barreiras existentes nos museus contribuam para esse afastamento das pessoas com deficiência. Assim, o jogo pode se tornar um grande produto para fazer essa aproximação acontecer, e de forma lúdica, garantindo os direitos constitucionais de acessibilidade universal”, explica Mônica de Pádua, gerente do Memorial da Justiça.

Gerente do Memorial da Justiça, Mônica de Pádua é uma mulher branca com cabelos pretos curtos.
Descrição da imagem #PraCegoVer: Gerente do Memorial da Justiça, Mônica de Pádua é uma mulher branca com cabelos pretos curtos. Está em pé, em frente a um quadro, e usa roupa branca com detalhes coloridos. Créditos: Divulgação

Guardiões da Justiça 1.0

No game, o jogador deve realizar tarefas para preservar e entrar no prédio do Memorial da Justiça, onde funciona a sede dos Guardiões. Dentro dele, conhecerá personagens do cangaço, frevo, capoeira e escravidão e percorrerá os 15 níveis de cada tema, realizando atividades e desafios onde aprenderá histórias e memórias que fazem parte do patrimônio cultural brasileiro.

“Foram dois anos de desenvolvimento para tornar o game o mais inclusivo possível. Não criamos o game para pessoas sem deficiência e depois o adaptamos. Ele já nasceu com a preocupação da acessibilidade. E este é um grande diferencial”, diz Germana Pereira, sócia diretora da Tangram Cultural, empresa voltada para o mercado de cultura, artes e entretenimento.

Cena do jogo Guardiões da Justiça 1.0, com um personagem, ilustrando "Game pernambucano prioriza acessibilidade".
Descrição da imagem #PraCegoVer: Ilustração é uma cena do jogo, com cenário onde aparece o sol, dois cactos e um personagem com roupas de cangaceiro. Em sua cabeça há uma silhueta de um chapéu. Na lateral esquerda, sobre uma área branca, está a imagem do chapéu de couro que corresponde ao espaço na cabeça do personagem. Créditos: Divulgação

Um dos consultores de acessibilidade do Guardiões da Justiça e assessor da Secretaria de Tecnologia da Organização Nacional de Cegos do Brasil (ONCB), Milton Carvalho, que tem uma deficiência visual, fala da importância desse tipo de ação:

“Minha motivação para estar no projeto é porque, além de militante pelo direito à acessibilidade e inclusão das pessoas com deficiência, sou um entusiasta por tecnologias e este projeto une as duas coisas: o pioneirismo de promover um game acessível e o recurso da audiodescrição, ferramenta na qual eu atuo profissionalmente”.  

Game tem apoio do Inovedu

O projeto teve o apoio da ABA Global Education, através da disponibilização de sua infraestrutura tecnológica – entre elas o estúdio de mídias digitais –, além das equipes acadêmica e de inovação. “A parceria com a ABA é importante para o sucesso do jogo, dada a experiência e competência dos profissionais da Instituição”, comenta Germana Pereira, produtora do Guardiões da Justiça.

Germana Pereira, sócia diretora da Tangram Cultural, é uma mulher de pele branca e cabelos loiros.
Descrição da imagem #PraCegoVer: Germana Pereira, sócia diretora da Tangram Cultural, é uma mulher de pele branca e cabelos loiros. Está sorrindo e usa blusinha regata amarela. Atrás há uma parede com quadros. Créditos: Divulgação

“Esse tipo de apoio faz parte do INOVEDU , iniciativa da ABA que busca fomentar e incentivar projetos inovadores para a Educação. “Acreditamos no poder transformador da tecnologia para a educação e por isso, contribuímos com a nossa equipe e infraestrutura no apoio ao desenvolvimento do game”, explica Eduardo Carvalho, Diretor da ABA Global Education.

LINKS ÚTEIS:

Download gratuito do game Guardiões da Justiça 1.0

*Tamanho do game: 1.1GB

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