Especial Tóquio 2020: Com força física e emocional, o Sol nasce para todos

Imagem de capa do artigo “Com força física e emocional, o sol nasce para todos”, da série “Especial Tóquio 2020”. Descrição detalhada na legenda.
Descrição da imagem #PraCegoVer: Imagem de capa do artigo “Com força física e emocional, o sol nasce para todos”, da série “Especial Tóquio 2020” (tema sobreposto à imagem, na cor branca). Fotografia de pessoa segurando a bandeira Olímpica, com os arcos coloridos – que representam a união dos cinco continentes. A pessoa é branca, usa camiseta azul e segura a bandeira com os braços esticados, acima da cabeça. Imagem de fundo tem tons de azul e violeta. Na lateral direita aparece o logo oficial (em inglês): “Tokyo 2020, Paralympic Games”. Mais abaixo, os nomes e pictogramas das modalidades: “Halterofilismo, Parataekwondo e Judô Paralímpico”. Créditos: Edição JI

Conheça três modalidades que exigem força física e emocional em prol de um brilho maior

Com os nossos paratletas em terras orientais, Murilo Pereira nos convida a conhecer a trilha para um brilho tão intenso quanto o Sol

Enfim, começaram os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 +1. Definitivamente, foi um ciclo diferente dos demais, tanto em sua duração quanto nos desafios enfrentados pelos envolvidos até chegar no maior evento Paradesportivo do mundo. Misturado à tantas incertezas, uma verdade é incontestável: todos tiveram que desenvolver uma força física e, principalmente, emocional inédita a fim de desembarcar no Japão com as melhores condições.

Hoje falaremos da força, como protagonista em três modalidades queridinhas da delegação brasileira. Iniciaremos pelos tatames, com o Judô Paralímpico – uma atividade voltada para as pessoas com deficiência visual. Elas são divididas pelo peso corporal e também pelo grau de visão, em três categorias, crescentes na questão das limitações.

Já as regras nas Paralimpíadas são semelhantes às da versão Olímpica, com a diferença de que no Paradesporto os combates começam com os lutadores já em contato e punições por saída da área de combate não são aplicadas.  O tempo do duelo no masculino é de 5 minutos e de 4 minutos no feminino. As adaptações visam proporcionar uma melhor experiência aos Paratletas. Com o kimono do Brasil, alguns dos principais nomes do Judô Paralímpico são: Antonio Tenório (até 100kg) e Lúcia da Silva (até 57kg).

Foto do Judô masculino - Antônio Tenório - Foto Marcio Rodrigues-MPIX-CPB
Descrição da imagem #PraCegoVer: Fotografia do atleta Antônio Tenório, do Judô Paralímpico. Ele é um homem negro, de pele morena e cabelos raspados. Na imagem, o brasileiro está agachado com um joelho no chão, no Parque Olímpico, Arena Carioca 2, na decisão do ouro contra Gwanggeun Choi (KOR), pelos Jogos Paralímpicos Rio 2016. Ao fundo está a torcida e a bandeira da Coreia do Sul. Créditos: Marcio Rodrigues/MPIX/CPB

Ainda no universo das lutas, o Parataekwondo é mais uma modalidade de sucesso para o Brasil. Diferentemente de outros Esportes Adaptados, o Parataekwondo não reserva grandes segredos nas formas de disputa. Como em quase todas as artes marciais, os participantes são separados por peso e, além disso, existem outras duas macro categorias, a fim de organizar as deficiências. Uma é a Poonse-geral, a qual engloba todas as deficiências e a outra é a Kiorugui-luta, destinada aos atletas com deficiência física. Leylianne Samara e Nathan Torquato são algumas das referências da modalidade.

Descrição da imagem #PraCegoVer: Fotografia de Leylianne Samara, do Parataekwondo, nos Jogos Parapanamericanos Lima 2019. No momento da foto, com equipamento de proteção azul, ela está golpeando a adversária na região lateral do tronco. Crédito: Daniel Zappe/EXEMPLUS/CPB

Antigamente conhecido como levantamento de peso, o Halterofilismo também faz parte do quadro Paralímpico . Assim como nas lutas, seus competidores são divididos com base no peso corporal e podem participar pessoas com paralisia, deficiências nos membros inferiores e baixa estatura

Já a ação do Halterofilismo é composta por três momentos: 

  1. Primeiro, o Paratleta começa sustentando a barra com os braços estendidos;
  2. Na sequência ele deve abaixá-la até tocar seu corpo;
  3. Para finalizar, o competidor deve voltar o objeto para a posição inicial. 

Dois nomes que constantemente marcam presença nos pódios dos principais campeonatos são os de Bruno Carra e Mariana D’Andrea.

Descrição da imagem #PraCegoVer: Fotografia da halterofilista Mariana D'Andrea. Tem pele branca e cabelos castanhos. Ela está deitada, momentos antes de levantar o peso, na 3ª etapa do Circuito Brasil Loterias Caixa. Usa roupa verde e preta. Crédito: Daniel Zappe/EXEMPLUS/CPB

Na capital japonesa, a força e a determinação serão evidentes nessas disputas. Agora que você, leitor, já compreende um pouco da teoria dessas modalidades, mentalize energias positivas para que nossos Paratletas façam uma boa Paralimpíada.

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Murilo Pereira

O Jornalista Murilo Pereira dos Santos é Paratleta pela categoria BC1 de Bocha Paralímpica Ituana. Ele é editor do "Prosa de Gol" (@prosadegol), nas redes sociais, e da página "Sem Barreiras" (@_sem_barreiras), esta última oriunda do seu blog, que também dá nome a sua coluna aqui no site Jornalista Inclusivo, sobre paradesporto e outras questões relacionadas a paralisia cerebral, acessibilidade e inclusão.

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