Teste da Orelhinha: A importância da triagem auditiva neonatal

Bebê sorrindo enquanto profissional de saúde realiza a triagem auditiva neonatal, também conhecida como teste da orelhinha.

Legenda descritiva: Bebê sorrindo enquanto profissional de saúde realiza a triagem auditiva neonatal, também conhecida como teste da orelhinha, segurando um dispositivo médico. (Foto: Editada com IAGen Adobe)

Obrigatória nas maternidades desde 2010, a triagem auditiva neonatal visa prevenir doenças que podem ser irreversíveis, se não forem diagnosticada precocemente.

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Boa leitura!

Impacto da Lei do Teste da Orelhinha

A Lei Federal 12.303/2010 , que tornou obrigatória e gratuita a realização do chamado “teste da orelhinha” em todos os hospitais e maternidades do Brasil, completa 14 anos de vigência neste dia 02 de agosto. Nesse período, mais de 35 milhões de bebês foram avaliados, contribuindo para um aumento significativo no diagnóstico precoce da surdez.

Estudos regionais apontam que a obrigatoriedade do teste, a partir de 2010, elevou em torno de 10 vezes o volume de identificação de doenças do gênero no país – o que é algo a ser comemorado. Afinal, a prevenção é sempre o melhor (e mais barato) remédio, especialmente quando se trata de políticas públicas.

Desafios na Cobertura do Teste

Por outro lado, estimativas do Ministério da Saúde dão conta de que a cobertura do exame ainda não alcança 100% dos nascimentos. Esse número, conforme as projeções do órgão, alcança pouco mais de 90% dos nascimentos em território nacional. Um indicativo, portanto, de que a conscientização ainda se faz necessária, conforme destaca o Dr. Gilberto Ulson Pizarro, otorrinolaringologista do Hospital Paulista – referência em saúde de ouvido, nariz e garganta.

Importância da Conscientização

“É sempre importante reforçar aos pais, sobretudo, a importância de assegurar a realização do teste da orelhinha em seus filhos. Trata-se do primeiro passo para avaliar a audição dos bebês recém-nascidos e, assim, evitar a ocorrência de problemas futuros que podem vir a ser irreversíveis, caso não identificados logo no início dos primeiros anos de vida”, enfatiza o especialista.

O otorrinolaringologista diz que “O fracasso na detecção precoce da perda auditiva na criança resulta em diagnósticos e intervenções em idades muito tardias e prejuízo no desenvolvimento global da criança”.

Dr. Gilberto destaca que cerca de 50% dos casos de perda auditiva hoje existentes poderiam ser evitados ou suas sequelas diminuídas, se ocorressem precocemente medidas de detecção, diagnóstico e reabilitação. “Por isso que, além da obrigatoriedade, também é preciso conscientização sobre esse tema”, conclui.

Como é feita a Triagem Auditiva Neonatal

Rápida e indolor, a triagem auditiva neonatal pode ser realizada enquanto o bebê dorme, sem causar desconforto. O exame consiste na inserção de uma pequena sonda no canal auditivo, que emite estímulos sonoros e capta a resposta das células ciliadas externas da cóclea.

Durante o teste da orelhinha, a pessoa profissional de saúde avalia a função dessas células, responsáveis por amplificar os sons. A sonda registra as respostas, garantindo uma avaliação precisa da audição do bebê.

Procedimentos em Caso de Alterações

Caso a triagem detecte a existência de alguma alteração, o bebê é encaminhado para um serviço de diagnóstico, onde são realizados avaliação otorrinolaringológica e exames complementares. Um deles é o BERA, também conhecido como PEATE (Potencial Evocado Auditivo do Tronco Encefálico), que avalia de forma mais completa todo o sistema auditivo. Assim como o teste da orelhinha, ele não é invasivo e deve ser realizado enquanto a criança dorme.

Situações que Exigem Reteste

Também há casos de crianças em que o teste da orelhinha deve ser refeito. Isso acontece quando elas apresentam vérnix (líquido residual do parto) no conduto auditivo externo, o canal da orelha, o que prejudica o diagnóstico. Nestas situações, o bebê deve realizar novo teste após 30 dias de vida, quando se espera que esse líquido já tenha sido eliminado e as respostas, então, sejam mais fidedignas.

Sobre o Hospital Paulista

Fundado em 1974, o Hospital Paulista de Otorrinolaringologia possui cinco décadas de tradição no atendimento especializado em ouvido, nariz e garganta e durante sua trajetória, ampliou sua competência para outros segmentos, com destaque para Fonoaudiologia, Alergia Respiratória e Imunologia, Distúrbios do Sono, procedimentos para Cirurgia Cérvico-Facial, bem como Buco Maxilo Facial.

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