Entenda a Paralisia de Bell, que acometeu a jornalista Fernanda Gentil

Fernanda Gentil no hospital com Paralisia de Bell.
Especialista explica por que e quando a Paralisia Bell pode acontecer, destacando importância do acompanhamento médico imediato. (Foto: Reprodução/YouTube)

Anualmente no Brasil, cerca de 80 mil pessoas convivem com a condição que acometeu a jornalista Fernanda Gentil.

Imagine você acordar em um belo dia e, ao olhar para o espelho, deparar-se com o rosto paralisado ou mesmo disforme? Essa é uma situação assustadora, sem dúvida – que até parece coisa de cinema ou novela. Entretanto, não está restrita apenas à ficção, conforme relato da jornalista e apresentadora Fernanda Gentil, de 37 anos. Confira o caso neste artigo sobre a Paralisia de Bell.

Neste artigo

Boa leitura!

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Paralisia de Bell: Por que e quando ela acontece?

A cada ano, no País, estima-se que cerca de 80 mil pessoas vivam esse drama na vida real. A recomendação, aliás, a quem tiver problema do gênero, é ir imediatamente ao hospital. Na maioria das vezes, esses casos são reversíveis. Só que é preciso rapidez no diagnóstico – conforme explica o Dr. José Ricardo Gurgel Testa, otorrinolaringologista do Hospital Paulista e especializado neste tipo de atendimento.

“A paralisia facial idiopática, também chamada de paralisia de Bell, é uma emergência médica e deve fazer o paciente procurar um pronto-socorro para o primeiro atendimento o quanto antes. A precocidade do diagnóstico e tratamento é fator crucial no resultado de melhora ou cura”, destaca o especialista, ao explicar que esse tipo de alteração está diretamente associada à inflamação ou inchaço do nervo facial.

O que fazer e quais são as causas?

O médico enfatiza que “Quando afetado por alguma razão, esse nervo provoca sintomas como boca torta, dificuldade para movimentar o rosto e/ou falta de expressão em uma parte da face, o que também pode alterar de forma marcante a comunicação e a autoestima das pessoas”.

As causas, entretanto, podem ter diferentes naturezas: estresse, baixa imunidade, mudança repentina de temperatura, doenças neoplásicas ou até mesmo idiopáticas – ou seja, sem causas definidas.

Tipos de Paralisia Facial

Dr. Testa explica que há dois tipos principais de paralisias da face: as centrais – ou seja, do sistema nervoso central, que são decorrentes de AVC (acidente vascular cerebral), doenças degenerativas ou tumores; e as paralisias faciais periféricas, que podem ser traumáticas, infeciosas, congênitas, tumorais, metabólicas e também idiopáticas – conforme já destacado anteriormente.

“Cada uma tem um tipo específico de tratamento que deve ser orientado pelo médico. Alguns pacientes necessitam de exames auxiliares, como as audiometrias e impedanciometrias, exames de imagem (tomografia computadorizada e ressonância magnética) e eletrofisiológicos, além de exames laboratoriais, até chegar ao diagnóstico exato”, observa o especialista.

Na maioria das vezes, contudo, o diagnóstico da paralisia facial é feito por meio da observação médica. “O sintoma que mais chama a atenção é a perda súbita, parcial ou total dos movimentos de um lado da face, mal que pode agravar-se durante alguns dias seguidos.”

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O médico também chama a atenção para sinais como boca torta, mais evidente quando se tenta sorrir; incapacidade de fechar completamente um dos olhos, de levantar uma das sobrancelhas ou de franzir a testa; dor ou formigamento na cabeça ou na mandíbula; e aumento da sensibilidade do som em um dos ouvidos, além alterações do paladar.

Tratamentos para a Paralisia Facial

Conforme o Dr. Testa, a maioria dos casos de paralisia facial é transitória e existem vários tratamentos possíveis, a depender das causas. “O tratamento da paralisia facial periférica é sintomático e inclui o uso de medicamentos, fisioterapia e fonoaudiologia. Não existe uma conduta terapêutica padrão à doença. Depende de cada caso.”

A melhora, por sua vez, pode depender do tipo e da extensão do dano sofrido pelo nervo facial, das condições clínicas e da idade do paciente. Em grande parte dos casos, a paralisia facial costuma regredir à medida que o inchaço do nervo diminui espontaneamente.

Nesse contexto, segundo o médico, a fisioterapia e fonoterapia são importantes aliadas para estimular a musculatura da mímica facial e da fala, bem como evitar contraturas e atrofia das fibras musculares.

Assista: Fernanda Gentil comenta o que sentiu

Em vídeo publicado no seu canal no YouTube , Fernanda Gentil explica o episódio que viveu durante o carnaval. Ela escreveu:

“Gentilmores nesse Café & Resenha fiz questão de dividir com vocês o que eu senti desde quando comecei a perceber que algo estava estranho no meu rosto, até o diagnóstico de Paralisia de Bell. Primeiro pra deixar o alerta sobre esse tipo de paralisia que é muito mais comum do que a gente imagina, e segundo – e igualmente importante – para lembrar vocês de ouvirem os sinais do nosso corpo!”

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Jornalista, Apresentadora e Mãe

A jornalista e apresentadora Fernanda Machado Soares Gentil, nascida em 23 de novembro de 1986 no Rio de Janeiro, é uma figura conhecida na televisão brasileira. Formada em jornalismo pela PUC-Rio, Fernanda iniciou sua carreira no TV Esporte Interativo, antes de se juntar ao Grupo Globo em 2009. Ela ganhou notoriedade como apresentadora do Placar da Rodada no Jornal da Globo e do Globo Esporte.

Em 2018, Fernanda migrou para a área de entretenimento da Globo e, em 2019, estreou o programa Se Joga. Após uma parceria de 15 anos, Fernanda encerrou amigavelmente seu contrato com a Globo em 2023.

Fernanda também é conhecida por sua vida pessoal. Ela foi casada com o empresário Matheus Braga, com quem teve um filho, Gabriel. Além disso, Fernanda adotou Lucas, após o falecimento de sua tia.

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Quase Cinco Décadas de Excelência

Fundado em 1974, o Hospital Paulista de Otorrinolaringologia é uma referência no atendimento especializado em ouvido, nariz e garganta. Ao longo de quase cinco décadas, o hospital ampliou sua competência para outros segmentos, incluindo Fonoaudiologia, Alergia Respiratória e Imunologia, Distúrbios do Sono, Cirurgia Cérvico-Facial e Buco Maxilo Facial.

O hospital conta com um completo Centro de Medicina Diagnóstica em Otorrinolaringologia e um Ambulatório de Olfato e Paladar, especializado no diagnóstico e tratamento de pacientes com perda total ou parcial dos sentidos. Com profissionais de alta capacidade, o Hospital Paulista oferece suporte especializado 24 horas por dia.

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Da Equipe de Redação

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