Saúde ocular de bebês: Descubra 7 sinais de alerta

Arte com foto e texto à esquerda: Dia Mundial da Saúde Ocular. 7 sinais que servem de alerta. À direita, foto retrata um bebê de pele negra e deitado de bruços, ilustrando a saúde ocular de bebês.
Oftalmologista dá dicas para a saúde ocular de bebês e destaca a importância do Teste do Olhinho na prevenção de patologias e doenças que podem causar a opacidade dos meios oculares. (Foto: Freepik. Imagem: Edição de arte)

Segundo especialista, estima-se que cerca de 80% das informações sensoriais que os bebês recebem vêm dos olhos, o que torna esse sentido essencial para o desenvolvimento.

No dia 10 de julho, celebra-se o Dia Mundial da Saúde Ocular, com o objetivo de ressaltar a importância das medidas preventivas para evitar problemas de visão e prevenir a cegueira, além de incentivar a realização de consultas e exames oftalmológicos. Segundo o último censo demográfico do IBGE, mais de 35 milhões de pessoas foram identificadas com algum grau de dificuldade visual.

O Relatório Mundial Sobre a Visão , divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2021, revelou que existem globalmente pelo menos 2,2 bilhões de pessoas com deficiência visual. Em cerca de 1 milhão desses casos (quase metade), a deficiência visual poderia ter sido evitada ou ainda não foi tratada.

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Contribuindo com a redução desse índice preocupante, Marcelo Cavalcante Costa, oftalmologista e especialista em Retina Infantil da Maternidade São Luiz Star, em São Paulo, destaca os principais sinais de alerta relacionados à visão de bebês e crianças.

“Embora os bebês não possam verbalizar problemas de visão, existem alguns sinais de alerta que os pais podem observar”, ressalta o especialista.

7 sinais de alerta sobre a visão de bebês

1. Lacrimejamento constante: Se o bebê apresentar lacrimejamento excessivo e constante, isso pode ser sinal de um problema ocular, como obstrução do ducto lacrimal ou Glaucoma Congênito.

2. Vermelhidão e secreções: Olhos vermelhos, irritados ou com secreção anormal podem indicar uma infecção ocular, como conjuntivite, que requer atenção médica.

3. Desalinhamento dos olhos: Se os olhos do bebê não estiverem alinhados corretamente, ou seja, se um olho estiver desviado para dentro, para fora ou em uma direção diferente do outro, isso pode indicar estrabismo.

4. Ausência de contato visual: Embora seja comum que os recém-nascidos não mantenham contato visual imediato, se o bebê não fizer contato ou evitá-lo consistentemente após os primeiros meses de vida, pode ser sinal de um problema de visão.

5. Falta de interesse em objetos visuais: Se o bebê não mostrar interesse por brinquedos ou objetos coloridos em sua frente, isso pode indicar dificuldades visuais.

6. Dificuldade em seguir objetos em movimento: A incapacidade do bebê de acompanhar visualmente um objeto em movimento, como um brinquedo balançando, pode ser um sinal de problemas visuais.

7. Sensibilidade à luz: Se o bebê mostrar desconforto excessivo ou sensibilidade à luz, como piscar excessivamente ou fechar os olhos diante de uma luz brilhante, pode ser um sinal de alerta.

“É importante ressaltar que esses sintomas podem indicar outros problemas de saúde, além dos oculares. Caso os pais notem algum desses sinais de alerta, é recomendado consultar um médico, preferencialmente um oftalmologista pediátrico, para uma avaliação adequada da visão do bebê”, orienta Marcelo.

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Saúde ocular de bebês: Prevenção de patologias e doenças

De acordo com o oftalmologista, existem mais de 50 doenças oculares que podem ser diagnosticadas em recém-nascidos, sendo as mais comuns e graves o retinoblastoma (um tipo raro de câncer que afeta principalmente crianças), glaucoma e catarata congênita.

“São condições que podem levar à perda da visão se não forem diagnosticadas e tratadas precocemente”, ressalta o médico.

A principal forma de prevenção e detecção precoce de doenças oculares em recém-nascidos é a triagem oftalmológica neonatal, realizada por meio do Teste do Olhinho Ampliado ou Reflexo Vermelho.

O exame, rápido e não invasivo, é realizado com um equipamento portátil, no qual o profissional captura imagens do globo ocular do bebê para análise, nos primeiros dias de vida. Estatísticas indicam que 1 em cada 20 pacientes (5% dos casos) apresenta alguma condição relevante que requer acompanhamento.

“Vale ressaltar que o exame normal se restringe a um grupo de doenças. Para uma avaliação mais detalhada e abrangente, há a opção do Teste do Olhinho Ampliado, que, por meio de imagens digitais, detecta 100% das doenças oculares do recém-nascido”, explica o oftalmologista.

Isso ocorre porque o teste do Olhinho Ampliado inclui uma série de testes e exames para identificar não apenas obstruções no eixo visual, mas também condições oculares e outros problemas que podem afetar a visão do bebê, permitindo a detecção e o tratamento precoce, com maiores chances de cura e preservação da visão.

O especialista explica que o sistema visual da criança ainda é imaturo e o tratamento precoce é essencial para o seu correto desenvolvimento.

“O Teste do Olhinho Ampliado é um exame rápido, indolor e de extrema importância para a saúde ocular dos bebês”, conclui Marcelo.

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Jornalista Inclusivo

Da Equipe de Redação

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