Falta de remédios para Parkinson preocupa associação e pacientes

Duas pessoas idosas. Uma segura a mesma bengala e outra segura sua mão. Não se vê seus rostos. ‘Falta de remédios para Parkinson na rede pública de saúde.’
Descrição da imagem #PraCegoVer: Foto com duas pessoas idosas, ilustrando a falta de remédios para Parkinson na rede pública de saúde. À direita, uma senhora está sentada segurando uma bengala. A foto mostra parte do seu rosto e cabelos grisalhos curtos. Sobre sua mão aparece a mão de uma segunda pessoa, que está em pé e seu rosto não aparece. No canto direito inferior, sobreposição do logo da Associação Brasil Parkinson. (Foto: Editada. Créditos: Freepik)

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Associação informa que a falta de remédios para Parkinson já acontece há algum tempo na rede pública; carta cobrando normalização foi enviada às autoridades

A Associação Brasil Parkinson (ABP) informa que alguns medicamentos estão em falta na rede pública de saúde, como o Prolopa HBS, Mesilato de Rasagilina e o Entacapona, comprometendo o tratamento de milhares de pessoas com a Doença de Parkinson em todo o país. Segundo nota enviada à imprensa segunda-feira (25), hoje, estima-se que 200 mil brasileiros tenham a doença.

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A falta de remédios para Parkinson

“A falta de remédios já acontece há algum tempo e a ABP fez reuniões com as autoridades para demonstrar a preocupação com o atendimento aos pacientes. Sabemos que há essas medicações nas farmácias, então não é problema de fornecimento dos laboratórios. Temos até pessoas com a Doença de Parkinson enviando carta aberta cobrando uma posição. Abril, no mês da conscientização da doença, precisamos falar dos sintomas, do diagnóstico precoce e cobrar pela falta de medicamentos”, explica Dra. Érica Tardelli, presidente da ABP.

Contribuição de paciente da ABP

Eliane Carreira Cavalcante, paciente da Associação Brasil Parkinson, enviou carta às autoridades de saúde em 10 de abril, cobrando a normalização do fornecimento dos medicamentos.

“O impacto que essa falta pode causar na vida do paciente de Parkinson é subjetivo, mas pode ocorrer desde uma piora da qualidade de vida, até mesmo ao aparecimento de sequelas temporárias ou mesmo sequelas definitivas que podem mudar a vida da pessoa, como a perda dos movimentos, parar de andar e até parar de comer. 

“Ficamos sem combustível gerando um aumento significativo no quadro de dependência motora”

Importante destacar, que além do Levodopa, principal medicamento do Parkinsoniano, são também necessários outros medicamentos que precisam ser associados a este para que possam intensificar os efeitos no organismo, ou seja, todos são imprescindíveis para nossa vida, quais sejam:  Pramipexol; Amantadina; Bromocriptina; Entacapona; Selegilina; Tolcapona e Triexifenidil, entre outros. É preciso dar atenção a esta necessidade.”, destaca em carta às autoridades.

O aumento da Doença de Parkinson está associado a fatores externos como poluição, agrotóxico e solventes. Por isso, a informação é importante para identificar os sintomas, que ajudam no diagnóstico precoce e podem aparecer até 15 anos antes da manifestação do Parkinson.

Capa de ebook: Associação Brasil Parkinson e ProPark. Alterações que podem indicar o início da Doença de Parkinson.
Descrição da imagem #PraCegoVer: Recorte da capa do ebook com logo e texto: “Associação Brasil Parkinson e ProPark. Alterações que podem indicar o início da Doença de Parkinson”. (Imagem: Editada. Créditos: www.parkinson.org.br)
eBook de Sintomas Iniciais do Parkinson (Prodrômicos)

Todas as informações sobre a Doença de Parkinson estão no site da ABP , que lançou um ebook fácil de compartilhar. “Você sabia que pessoas com Doença de Parkinson relatam ter vivenciado sintomas motores e não motores antes do aparecimento dos sintomas clássicos da doença de Parkinson?”, questiona o site.

Para auxiliar na identificação desses sinais e sintomas, a ABP lançou em parceria com a ProPark, um material para alertar a população sobre sinais e sintomas que podem surgir antes do diagnóstico. A tentativa é diminuir o tempo que o paciente leva para receber o diagnóstico e começar o tratamento. Confira a lista de links, abaixo.

Sobre a Associação Brasil Parkinson

Constituída por iniciativa de Dona Marylandes Grossmann, ela própria parkinsoniana aos 43 anos de idade. Consultou uma entidade americana sobre como criar uma associação similar no Brasil e firme em seu propósito, a ABP foi constituída em dezembro de 1985, pioneira na América Latina. 

A ABP atende exclusivamente pessoas portadoras da Doença de Parkinson para atividades orientadas por profissionais das áreas de fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia, nutrição, educação física, dança sênior, coral e grupo de apoio psicológico ao cuidador.

Na especialidade de fisioterapia, indispensável aos pacientes, os atendimentos são diários, individualmente ou em grupo. Também são oferecidas atividades de oficina de artes como pintura, artesanato e origami, que são especialmente voltadas para melhorar a coordenação motora do parkinsoniano.

Promove palestras periódicas, reuniões, eventos comemorativos e sociais. Edita informativos, manuais de orientação e a Revista Beija-flor. Através de convênios com universidades, a fisiterapia e a fonoaudiologia oferecem estágios e cursos especializados em todos os níveis da formação acadêmica.

A ABP não tem fins lucrativos, possui o título de Utilidade Pública Federal, Estadual e Municipal. É também reconhecida como sendo de fins filantrópicos pelo Conselho Nacional de Assistência Social.

Jornalista Inclusivo
Jornalista Inclusivo

Da Equipe de Redação

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