Especial Tóquio 2020: Conheça a Equipe Paralímpica de Refugiados 2021

Arte com seis fotografias ilustrando "Tóquio 2020: Conheça a Equipe Paralímpica de Refugiados 2021".
Descrição da imagem #PraCegoVer: Arte com seis fotos ilustrando “Tóquio 2020: Conheça a Equipe Paralímpica de Refugiados 2021. À esquerda, no canto superior, está a refugiada síria Alia Issa (lançamento de clava). No canto direito superior está o sírio Anas Al Khalifa (paracanoagem). Na lateral esquerda está o refugiado afegão Abbas Karimi (natação). Na lateral direita está o refugiado iraniano Shahrad Nasajpour (disco). No canto esquerdo inferior está o sírio Ibrahim Al Hussein (natação). No canto direito inferior está o refugiado do Burundi Parfait Hakizimana (taekwondo). No centro da arte aparece o nome em inglês Refugee Paralympic Team e o logo da Paralimpíada de Tóquio. Créditos: Site do Comitê Paralímpico Internacional/ Edição JI

Comitê Paralímpico Internacional anuncia 6 atletas que competirão pela Equipe Paralímpica de Refugiados 2021

Assista ao emocionante vídeo de estrelas internacionais da música, do cinema e do esporte, que defendem a causa dos refugiados e dão boas-vindas à "equipe esportiva mais corajosa do mundo"

Em comunicado oficial  da ACNUR – Agência da ONU para Refugiados, o Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês) confirmou no final de junho a seleção de seis atletas que representarão a Equipe Paralímpica de Refugiados (RPT, na sigla em inglês) nos Jogos Paralímpicos de Verão 2020©, de 24 de agosto a 5 de setembro: Especial Tóquio 2020.. Os atletas, sendo uma mulher e cinco homens, competirão nas modalidades de atletismo, natação, canoagem e taekwondo.

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A equipe representa as mais de 82 milhões de pessoas em todo o mundo que foram forçadas a fugir da guerra, perseguição e violações dos direitos humanos. Desse número, cerca de 12 milhões são pessoas com deficiência. A Chefe de Missão da equipe é Ileana Rodriguez, refugiada cubana que competiu nos Jogos Paralímpicos de Londres 2012 pela delegação norte-americana.

“Eu encorajo as pessoas a apoiarem a equipe esportiva mais corajosa do mundo, a Equipe Paralímpica de Refugiados. Esses atletas mostram como a mudança começa no esporte: eles sofreram lesões que mudaram suas vidas, deixarem seus países em busca de proteção e empreenderam jornadas perigosas, mas apesar das diversas barreiras colocadas em seus caminhos, eles se tornaram atletas de elite prontos para competir nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020”, afirma Andrew Parsons, presidente do IPC.

“O esporte é uma ferramenta poderosa para incluir pessoas refugiadas com deficiência na sociedade. O anúncio da Equipe Paralímpica de Refugiados é um momento comovente para o IPC. Estamos cumprindo o compromisso que assumimos no Fórum Global de Refugiados do ACNUR em 2019 para promover a participação igualitária de refugiados em eventos esportivos”, completa.

Antes das boas-vindas das estrelas internacionais, assista abaixo ao vídeo “A Jornada”, que retrata as histórias das equipes olímpicas e paralímpicas de refugiados:

O IPC está trabalhando com o ACNUR, Agência da ONU para Refugiados, a fim de proporcionar oportunidades para que esses atletas notáveis contem suas histórias nos Jogos e enviem uma forte mensagem de esperança e inspiração para outras pessoas que foram forçadas a deixar suas casas ao redor do mundo. 

As pessoas refugiadas enfrentam grandes desafios de integração e as pessoas com deficiência estão frequentemente em risco ainda mais elevado, enfrentando barreiras adicionais para acessar assistência, serviços e oportunidades que os possibilitem contribuir para suas comunidades de acolhida.

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O ACNUR, o IPC e os atletas da Equipe Paralímpica de Refugiados pedem por um mundo em que todas as pessoas deslocadas à força – com ou sem deficiência – possam ter acesso ao esporte e ao compromisso com um mundo inclusivo e igualitário

O atleta Abbas Karimi, que foi membro do Conselho Consultivo Global da Juventude do ACNUR e que recentemente foi nomeado Apoiador de Alto Perfil do ACNUR, “é a essência deste compromisso como um defensor apaixonado pelo acesso e inclusão das pessoas refugiadas com deficiência ao esporte”.

Fotografia de Abbas Karimi, nadador refugiado afegão. ACNUR - Créditos: Getty Images/Michael Reaves/Editada
Descrição da imagem #PraCegoVer: Fotografia subaquática mostra o atleta Abbas Karimi, nadador refugiado afegão que nasceu sem os braços e hoje treina na Flórida (EUA). Ele está submerso, usa toca amarela e óculos de natação. ACNUR (Agência da ONU para Refugiados, e Créditos: Getty Images/Michael Reaves/Editada

O Alto Comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi, saudou o anúncio:

“Estou muito feliz em parabenizar cada um dos seis atletas nomeados hoje como membros da Equipe Paralímpica de Refugiados do IPC. Também estou imensamente orgulhoso de nossa colaboração com o Comitê Paralímpico Internacional na promoção da inclusão de pessoas refugiadas com deficiência no esporte. Esses atletas, como indivíduos e como uma equipe, estão enviando uma mensagem de esperança e inspiração para pessoas refugiadas em todo o mundo. Eles são pioneiros na promoção da inclusão de refugiados e de pessoas com deficiência no esporte de elite e na vida. Esperamos que esse exemplo nos aproxime de um mundo mais inclusivo e igualitário”, afirma Grandi.

A equipe foi anunciada em um vídeo apresentado por ícones da música, esporte, literatura, teatro e televisão que defendem a causa dos refugiados, incluindo Embaixadores da Boa Vontade e Apoiadores de Alto Perfil do ACNUR.

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Assista ao vídeo abaixo, com as estrelas internacionais Chris Martin, Alphonso Davies, Gugu Mbatha-Raw, Barbara Hendricks, Khaled Hosseini e Asmir Begovic:

Equipe Paralímpica de Refugiados

Conheça os atletas da equipe esportiva mais corajosa do mundo, que participarão dos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020:

Ibrahim Al Hussein, refugiado sírio que atualmente mora em Atenas (Grécia), natação – anunciado pelo vocalista do Coldplay, Chris Martin;

Ibrahim Al Hussein, nadador da nadador da Equipe Paralímpica de Refugiados
Descrição da imagem #PraCegoVer: Fotografia do nadador Ibrahim Al Hussein, no momento em que emerge da água para pegar fôlego. Tem a pele branca, usa óculos de natação e toca preta. Créditos: © Getty Images / Milos Bicanski

Alia Issa, refugiada síria que vive em Atenas (Grécia), atletismo (lançamento de clava) – anunciada pela atriz britânica e Embaixadora da Boa Vontade do ACNUR Gugu Mbatha-Raw;

Alia Issa, paratleta da Equipe Paralímpica de Refugiados
Descrição da imagem #PraCegoVer: Alia Issa está segurando um dardo e uma clava, utilizados na modalidade de paratletismo. Ela tem cabelos pretos e pele clara. Usa camiseta preta. Créditos: © Getty images / Milos Bicanski

Parfait Hakizimana*, refugiado do Burundi que vive no Campo de Refugiados de Mahama (Ruanda), taekwondo – anunciado pela cantora de ópera, ganhadora do French Legion d’honneur e Embaixadora da Boa Vontade do ACNUR, Barbara Hendricks.

*A participação de Parfait nos Jogos está sujeita à sua classificação até 1º de agosto de 2021;

Parafait Hakizimana, Taekondo, Equipe Paralímpica de Refugiados
Descrição da imagem #PraCegoVer: Parfait Hakizimana está treinando Taekwondo em uma quadra descoberta, com outros atletas, em segundo plano. Ele tem pele negra, cabelos pretos curtos e usa kimono branco. Créditos: © UNHCR / Eugene Sibomana

Abbas Karimi, refugiado afegão que vive em Fort Lauderdale (EUA), natação – anunciado pelo Embaixador da Boa Vontade do ACNUR Khaled Hosseini, autor do best-seller “O caçador de pipas” (The Kite Runnere, em inglês) – ele próprio um refugiado afegão;

Abbas Karimi, nadador da Equipe Paralímpica de Refugiados
Descrição da imagem #PraCegoVer: Abbas Karimi, nadador branco, está em pé, com o tronco fora da água. Usa toca amarela e óculos de natação. Créditos: © Getty Images / Michael Reaves

Anas Al Khalifa, refugiado sírio que mora em Halle (Alemanha), canoagem – anunciado pelo jogador de futebol e apoiador do ACNUR, Asmir Begović, que foi forçado a deixar a Bósnia e Herzegovina ainda jovem, acolhido na Alemanha;

Anas Al Khalifa, paracanoagem, Equipe Paralímpica de Refugiados
Descrição da imagem #PraCegoVer: Anas Al Khalifa está praticando canoagem. Tem a pele parda, usa óculos de grau, toca e camiseta preta, e colete salva-vidas vermelho. Créditos: © Getty Images / Reinaldo Coddou H.

Shahrad Nasajpour, refugiado iraniano que mora em Phoenix (EUA), atletismo (disco) – anunciado pelos jogadores de futebol do Bayern Munich e Alphonso Davies, refugiado da Libéria e recentemente anunciado como Embaixador da Boa Vontade do ACNUR.

Shahrad Nasajpour é paratleta da Equipe Paralímpica de Refugiados
Descrição da imagem #PraCegoVer: Shahrad Nasajpour está arremessando o disco, com os dois braços abertos, e um pé fora do chão. Ele é branco, usa camiseta azul, bermuda preta e óculos de sol. Créditos: © Getty Images / Christian Petersen

A Equipe Paralímpica de Refugiados de Tóquio 2020 competirá sob a bandeira do IPC e será a primeira equipe a entrar no Estádio Nacional do Japão durante a cerimônia de abertura.

O IPC pôde apoiar a Equipe Paralímpica de Refugiados nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, graças ao apoio generoso dos parceiros comerciais:

  • Airbnb – Parceiro Paralímpico Mundial. O Airbnb, como parte de sua missão de pertencimento, tem apoiado iniciativas de pessoas refugiadas desde 2015, primeiro por meio do programa Open Homes e agora com o Airbnb.org e o Paralympian Experiences. É parceiro líder da Equipe Paralímpica de Refugiados.
  • ASICS – Fornecedor Oficial do IPC. ASICS é o fornecedor oficial de kits de roupas esportivas do RPT nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020.
  • Panasonic – Parceira Paraolímpica Mundial. A Panasonic publicou um álbum de fotos intitulado “Ayase Haruka meets Beautiful Athletes” apresentando sua campanha “Beautiful Japan towards 2020”. Parte da receita das vendas deste livro foi doada para apoiar o RPT.

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“Gostaria de parabenizar os seis membros da Equipe Paralímpica de Refugiados, anunciados hoje, que competem em Tóquio 2020. Quando leio as histórias de Abbas, Shahrad, Anas, Alia, Ibrahim e Parfait, suas jornadas parecem tão diferentes, mas há um traço comum: quantas vezes uma pessoa ajudou a mudar suas vidas ao receber esses atletas fantásticos em suas novas comunidades e fazer eles sentirem em casa. Eu encorajo todos a ler mais sobre esses atletas e se juntar ao Airbnb para torcer por eles”, afirma Catherine Powell, Chefe Global de Hospedagem do Airbnb.

Fotografia no Museu Olímpico do Japão, em Shinjuku, Tóquio, mostrando os arcos olímpicos.
Descrição da imagem #PraCegoVer: Fotografia em área externa, no Museu Olímpico do Japão, na cidade de Shinjuku, em Tóquio, mostrando os arcos olímpicos que representam a união dos cinco continentes. É a representação gráfica dos Jogos Olímpicos e a marca do próprio Comitê Olímpico Internacional. Créditos: Shutterstock @ebico

“O Comitê Organizador de Tóquio 2020 dá as boas-vindas à participação da Equipe Paralímpica de Refugiados nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, após sua estreia nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. Espero que a Equipe de Refugiados mostre ao mundo o empenho, a resiliência e a esperança dos seres humanos por meio das competições esportivas e que eles deem o seu melhor com um desejo de paz. Continuaremos a cooperar com o IPC e os municípios locais relevantes e faremos todos os esforços para garantir que tudo corra bem e com segurança para a Equipe de Refugiados”, afirma Seiko Hashimoto, presidente do comitê Tóquio 2002.

A Equipe Paralímpica de Refugiados também homenageia o legado de Sir Ludwig Guttmann. Ele foi um refugiado que encontrou um novo lar e retribuiu essa gentileza ajudando a criar um dos maiores movimentos do mundo, o Movimento Paralímpico. A equipe se baseia em iniciativas anteriores de refugiados criadas pelo IPC. Nos Jogos Paralímpicos Rio 2016, uma dupla de atletas refugiados em busca de refúgio formou a Equipe de Atletas Paralímpicos Independentes.

“Estou muito feliz por todos os atletas que conseguiram fazer parte da Equipe Paralímpica de Refugiados. O ano passado foi especialmente desafiador para os atletas refugiados, mas as dificuldades não são raras em suas vidas. Eles mostraram o melhor do espírito humano e irão compor uma equipe como nenhuma outra nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020. Eles representarão com orgulho as 12 milhões de pessoas refugiadas com deficiência em todo o mundo e mostrarão que todos têm potencial”, afirma Ileana Rodriguez, Chefe de Missão da Equipe Paralímpica de Refugiados.

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