Especial Tóquio 2020: Entre a raquete e o galope

Imagem de capa do artigo Entre a raquete e o galope, da série Especial Tóquio 2020 (tema sobreposto à imagem, na cor branca). Descrição detalhada na legenda.
Descrição da imagem #PraCegoVer: Imagem de capa do artigo “Entre a raquete e o galope”, da série “Especial Tóquio 2020” (tema sobreposto à imagem, na cor branca). Na fotografia uma pessoa segura a bandeira Olímpica, com os arcos coloridos – que representam a união dos cinco continentes. A pessoa é branca, usa camiseta azul e segura a bandeira com os braços esticados, acima da cabeça. Imagem de fundo tem tons de azul e violeta. Na lateral direita aparece o logo oficial (em inglês): “Tokyo 2020, Paralympic Games”. Mais abaixo, os nomes e pictogramas das modalidades: “Parabadminton e Hipismo Paralímpico”. Créditos: Edição JI

A tradição do galope e uma petecada de novidades nos Jogos Paralímpicos de Tóquio

Encerrando a explicação sobre Paradesportos individuais, Murilo Pereira aproxima o Hipismo Paralímpico e o Parabadminton do torcedor brasileiro, entre a raquete e o galope no Equestrian Park

Os Jogos Paralímpicos já estão acontecendo lá em Tóquio, no Japão, mas a informação não para aqui na coluna Sem Barreiras. Hoje é dia de falarmos sobre duas modalidades. Uma delas carrega o título de um dos esportes mais tradicionais do planeta e a outra está apenas estreando na vitrine do Paradesporto mundial.

Por elegância, começaremos pela debutante na capital japonesa: o Parabadminton, que começou a ganhar vida no Brasil em 2009. É o famoso “jogo da peteca “, uma disputa bem dinâmica na qual o tamanho da quadra varia de acordo com as características dos jogadores. O único elemento que possui medida fixa é a rede: 1,55 metros. Visando diminuir o impacto das condições climáticas nas partidas, elas sempre são realizadas em ambientes fechados, divididas em três sets de 20 pontos cada. Se empatar, vence o confronto aquele que abrir uma diferença de dois pontos.

Podem jogar o Parabadminton os cadeirantes e pessoas andantes, que fazem o uso ou não de prótese. O primeiro grupo, dos que utilizam cadeiras de rodas, é separado em duas classes: WH1 e WH2, dependendo do comprometimento motor. A letra “W” simboliza o nome em inglês wheelchair, que significa cadeira de rodas. Já os Paratletas que são capazes de andar são agrupados nas classes funcionais sinalizada por “S”, do inglês standing (em pé). Os duelos acontecem de maneira individual, em duplas femininas e masculinas ou mistas. Vitor Tavares é o representante brasileiro na modalidade.

Fotografia do paratleta do parabadminton Vitor Tavares. Descrição detalhada na legenda.
Descrição da imagem #PraCegoVer: Fotografia do paratleta Vitor Tavares, do Parabadminton. Homem de pele branca e cabelos castanhos. Usa óculos de grau, bermuda azul e camiseta amarela da Seleção Paralímpica Brasileira. Na fotografia, durante os Jogos Parapan-Americanos Lima 2019, ele está olhando fixamente para golpear a Peteca. Na ocasião, o brasileiro foi medalha de ouro, vencendo o americano Miles, que aparece agachado na imagem, em Videna. Créditos: Washington Alves/EXEMPLUS/CPB

Se alguns esportes estão iniciando suas trajetórias no evento que fecha o ciclo do Paradesporto Mundial, outros já carregam tanta identidade Paralímpica que podemos chamá-los de sinônimos dos Jogos. É o caso do Hipismo Paralímpico. Essa tarefa exige uma fina sintonia entre homem e animal, para assim atingir o maior percentual de acertos no percurso estabelecido no local das disputas. Dessa forma, o placar no Hipismo é calculado em porcentagem e cada erro do competidor é subtraído de um total de cem por cento.

Nas competições, mulheres e homens com deficiência físico-motoras nos membros inferiores, paralisia, baixa estatura ou deficiência visual podem montar. Na divisão funcional, os participantes são distribuídos em quatro classes decrescentes, baseadas no comprometimento e na habilidade demonstrada em prova. Um nome que sempre está vinculado ao pódio é o do cavaleiro brasileiro Rodolpho Riskalla.

Fotografia do cavaleiro brasileiro Rodolpho Riskalla, do Hipismo Paralímpico. Descrição na legenda.
Descrição da imagem #PraCegoVer: Fotografia do atleta Rodolpho Riskalla, do Hipismo Paralímpico, durante os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020. O cavaleiro de elite paralímpico brasileiro é branco, usa roupas verde e branca, enquanto monta em seu cavalo Don Henrico. de pelagem marrom, no Parque Equestre, em Tóquio, Japão. Em sintonia com o animal de 18 anos da raça Hannoveraner, Riskalla foi medalha de prata no para-adestramento ao som de Ary Barroso (com Aquarela do Brasil), Barbara Streisand e Beyoncé. Créditos: Wander Roberto/CPB

Em Tóquio, o Hipismo Paralímpico Brasileiro já encerrou sua participação nas competições, com uma evolução técnica muito grande em comparação com edições anteriores. Já o Parabadminton iniciou sua caminhada somente na última quinta-feira (02). Vale lembrar que o Brasil tem boas chances de medalhas na modalidade, já que Vitor está bem colocado no ranking mundial e em pleno desenvolvimento esportivo.

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Murilo Pereira

O Jornalista Murilo Pereira dos Santos é Paratleta pela categoria BC1 de Bocha Paralímpica Ituana. Ele é editor do "Prosa de Gol" (@prosadegol), nas redes sociais, e da página "Sem Barreiras" (@_sem_barreiras), esta última oriunda do seu blog, que também dá nome a sua coluna aqui no site Jornalista Inclusivo, sobre paradesporto e outras questões relacionadas a paralisia cerebral, acessibilidade e inclusão.

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