A porta-voz detalha estratégias por trás do Hackathon para PCDs e parceria com Gerando Falcões, integrando acessibilidade e impacto social ao DNA de seus produtos.
São Paulo, 02 de outubro de 2025 – Na Zup, empresa de tecnologia do Itaú Unibanco, a inovação só cumpre seu propósito quando gera transformação social. Longe de ser um apêndice filantrópico, o impacto social é um pilar estratégico que orienta desde a concepção de produtos até a formação de novos talentos. Em projetos de grande escala como o Favela 3D, em parceria com a Gerando Falcões, e iniciativas educacionais como o Coda Mundo, que já alcançou mais de 5 mil jovens, a empresa materializa uma visão ambiciosa. Como resume a porta-voz Bruna Camara, a filosofia é clara: “Na Zup, tecnologia só faz sentido se amplia possibilidades para pessoas e negócios.”
“Para nós, tecnologia é ponte. Aproxima serviços, reduz barreiras e abre portas onde antes havia muros.”
Bruna Camara
Impacto social na tecnologia: a filosofia integrada da Zup
A estratégia da Zup parte da premissa de que a tecnologia deve ser uma força equalizadora. A empresa busca ativamente levar soluções acessíveis a quem mais precisa, articulando o compartilhamento de conhecimento e a formação profissional como ferramentas para multiplicar oportunidades. Esse compromisso, segundo Camara, é garantir que “a inovação chegue na maior quantidade de pessoas”, transformando o potencial tecnológico em um vetor real para a redução de desigualdades no Brasil.
Inclusão por Design: Acessibilidade na Prática
Para o Portal Jornalista Inclusivo, o ponto mais crucial é como a Zup traduz o discurso de inclusão no código em processos concretos, especialmente em relação às pessoas com deficiência. A resposta está em uma abordagem que integra a acessibilidade desde o início do ciclo de desenvolvimento.
A empresa promove um Hackathon para PCDs, onde os desafios incluem desde o engajamento em aplicativos até a criação de documentação técnica totalmente acessível, com soluções promissoras que utilizam inteligência artificial para a inclusão.
“Incluir é pensar na diversidade desde o início e levar soluções acessíveis.”
Bruna Camara
Contudo, a iniciativa mais reveladora é a estrutura interna. A área de “Social Products” trabalha em estreita colaboração com uma squad dedicada de QAs (Quality Assurance) de acessibilidade digital. “Essa squad nos apoia desde a concepção dos nossos produtos, e nos ‘audita’ ao longo do processo de desenvolvimento, realizando testes para garantir que estejamos em conformidade com o WCAG[1], por exemplo”, explica Bruna.
Para projetos próprios como o Coda Mundo, o controle de qualidade é rigoroso e aplicado em camadas:
- Padrão Técnico: O WCAG (Diretrizes de Acessibilidade para Conteúdo Web) é usado como linha de base.
- Cocriação: A metodologia inclui pesquisa e testes de usabilidade com pessoas com diferentes tipos de deficiência.
- Testes Manuais e Automatizados: Verificações de navegação por teclado, compatibilidade com leitores de tela, contraste de cores e responsividade.
O que é WCAG?
As Diretrizes de Acessibilidade para Conteúdo Web (WCAG) são um conjunto de recomendações técnicas reconhecidas internacionalmente. O objetivo é tornar o conteúdo da web mais acessível para pessoas com uma ampla gama de deficiências, incluindo visuais, auditivas, físicas, de fala, cognitivas, de linguagem, de aprendizagem e neurológicas. Quer saber mais sobre o tema? Acesse nossa documentação!
Formando a Próxima Geração de Talentos
A Zup investe pesadamente na formação de base, com um foco especial em grupos sub-representados. O Zup Code Camp Para Minas, um curso gratuito de programação para meninas de escolas públicas, gerou resultados notáveis: para 62% das participantes, foi o primeiro contato com código, e mais de 90% saíram motivadas a seguir na área. “O ambiente 100% feminino e o suporte de mentoras criaram confiança e mostraram que a tecnologia é um caminho real e acessível”, relata Bruna.
O Coda Mundo, plataforma de ensino de lógica de programação, já impactou mais de 5.000 jovens. Um estudo piloto em escolas de Jacaraci (BA) comprovou que os estudantes expostos ao programa apresentaram melhora significativa em letramento digital e pensamento computacional.

Além disso, programas como o Catalisa (para pessoas com deficiência) e o Estrelas Aprendiz (afirmativo para mulheres pretas) reforçam o compromisso com a empregabilidade. “Tanto no Catalisa quanto no Estrelas Aprendiz, nossos participantes são contratados desde o dia 1”, destaca Camara, explicando que eles passam por um longo período de capacitação antes de serem alocados em projetos.
O Poder das Parcerias: O Caso Favela 3D
A colaboração com a ONG Gerando Falcões no projeto Favela 3D exemplifica o modelo de parceria da Zup. Para desenvolver o aplicativo Decolagem, ferramenta central para a gestão do projeto, a equipe de UX da Zup realizou uma imersão de múltiplos dias nas comunidades. “O feedback dos usuários foi incorporado desde essa fase inicial”, afirma Bruna.
A tecnologia aqui serve para escalar e medir o impacto. O aplicativo coleta e analisa dados essenciais que permitem à Gerando Falcões direcionar ações e calcular seu próprio índice de impacto social. Essa metodologia, que une imersão comunitária e análise de dados, é o que a Zup busca em seus parceiros: idoneidade, diligência e um alinhamento de propósito.
Os Desafios da Inclusão Digital e o Olhar para o Futuro
Bruna Camara é transparente sobre os obstáculos. “Os maiores desafios para a escala são acesso a computadores e conectividade para todos os jovens que participam das nossas iniciativas”. A empresa busca superar isso com doações de equipamentos e parcerias estratégicas.
O desafio mencionado por Bruna reflete uma realidade nacional. Segundo a pesquisa TIC Domicílios 2024 , realizada pelo Cetic.br, o abismo digital é evidente: enquanto 100% dos lares da classe A têm acesso à internet, essa proporção cai para apenas 68% nos domicílios das classes D e E, onde vive grande parte do público-alvo dessas iniciativas.
Olhando para frente, a Zup continuará focada em preparar as novas gerações para uma sociedade impulsionada pela Inteligência Artificial, mas com uma nova camada de responsabilidade. “Começamos a mapear o impacto ambiental do uso da IA para garantir que a nossa atuação seja responsável e sustentável”, conclui.
Tecnologia e impacto social: como a Zup aplica inclusão no código
A experiência da Zup oferece um roteiro valioso sobre como uma empresa de tecnologia pode ir além do discurso e integrar o impacto social e a acessibilidade ao seu DNA. Ao investir em processos internos, metodologias de design inclusivo e parcerias estratégicas, a empresa demonstra que a tecnologia mais poderosa é aquela que constrói pontes, derruba muros e, acima de tudo, é feita para todas as pessoas. Conheça os projetos e atuação da Zup acessando o site oficial no link: https://zup.com.br/