Carreiras Eficientes: Novo banco de currículos para PCDs

Arte com fotos de pessoas com deficiência trabalhando e o texto: “Carreiras Eficientes”. Abaixo, a informação: “Cadastre seu currículo”.
Conheça a comunidade “Carreiras Eficientes”, por mais oportunidades no Mercado de Trabalho PCD. (Imagem: Reprodução. Créditos: Eficientes)

Em seu novo projeto, a organização ‘Eficientes’ também propõe uma comunidade com acesso gratuito para profissionais com deficiência

No início de janeiro de 2023, o Eficientes lançou o banco de currículos ‘Carreiras Eficientes’ , exclusivo para a pessoa com deficiência interessada em cadastrar o seu currículo para ingressar ou retornar ao mercado de trabalho.

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    Boa leitura!

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    Carreiras Eficientes

    “Nosso objetivo não é apenas que as pessoas preencham o banco de currículos, mas que possamos criar uma comunidade mais forte. Portanto, teremos o compromisso de fornecer informações de qualidade, abrir oportunidades, proporcionar a experiência que ajudará muitas pessoas com deficiência a ingressarem no mercado de trabalho, a se recolocarem no trabalho e até a ocuparem altos cargos de liderança”, afirma Larissa Pontes, cofundadora e Diretora-executiva do Eficientes.

    Quando a pessoa faz o cadastro no site da organização, ela é direcionada ao grupo criado no WhatsApp, onde receberá informações sobre o mercado de trabalho, poderá compartilhar experiências, histórias, anseios e participar de reuniões para debater os assuntos. O cadastramento e a participação no grupo é totalmente gratuito.

    Mercado de trabalho PCD

    Ao longo de 4 anos, o Eficientes estuda, pesquisa, entrevista especialistas, pessoas com deficiência, e da advocacia. De acordo com dados do IBGE, das 45 milhões de pessoas que declaram ter algum grau de deficiência, apenas 1% está no mercado formal de trabalho.

    Diversos fatores são apontados por especialistas para explicar esses dados alarmantes, entre eles estão o preconceito familiar, que resulta em menos acesso a uma educação de qualidade; a falta de acessibilidade; cidades e empresas despreparadas para atender às necessidades das pessoas com deficiência; falta de políticas públicas de reabilitação para que essas pessoas se mantenham ou retornem ao mercado de trabalho.

    Além disso, como os próprios índices e pesquisas apontam, a mentalidade de empresas no Brasil demonstra não valorizar essas pessoas trabalhadores, e muitas vezes não estão dispostas a pagar um salário  condizente com a formação e função exercida por pessoas com deficiência.

    Contexto atual

    Segundo estudo realizado pela consultoria Noz Inteligência, que também contou com apoio da equipe Jornalista Inclusivo , entre setembro a novembro de 2022, 61% das pessoas com deficiência afirmaram que nunca havia atuado profissionalmente por falta de vagas e oportunidade profissional, 59% estavam estudando e agora em busca do primeiro emprego e 38% declaram nunca ter atuado por preconceito contra profissionais com deficiência.

    O estudo também revela as questões de vem sendo discutidas pelas empresas sobre diversidade e inclusão, e falta de representatividade de pessoas em altos cargos de lideranças. A pesquisa mostra que 36% são auxiliares (operacional ou técnico), aprendizes ou pessoas estagiárias, 29% assistentes, 22% analistas, 12% média liderança (pessoas gerentes, consultoras, coordenadoras, supervisoras, especialistas) e 0% altas  lideranças (pessoas acionistas, CEO/presidente, vice-presidente, diretora, gerente executiva).

    Muitas empresas usam como justificativa da falta de diversidade em altos cargos de lideranças, que as pessoas com deficiência não estão capacitadas com formações adequadas. Já a pesquisa releva ao contrário, 31% tem superior completo, 28% ensino médio ou técnico (completo ou incompleto), 21% superior incompleto, 18% pós-graduação Latu Sensu e 2% Mestrado ou doutorado.

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