Maria Farinha Filmes divulga Um Lugar Para Todo Mundo (Forget Me Not, em inglês)
Com estreia na semana do Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência (21), a jornada de um menino de 3 anos revela uma realidade de discriminação, desinformação e violação dos direitos das crianças com deficiência
Dados do Unicef revelam que existem mais de 93 milhões de crianças com deficiência em todo o mundo – quase metade delas fora da escola. A outra metade está na luta pelo direito de frequentar uma educação que não as discrimina e as separa das demais crianças. Essa é a história apresentada no trailer de “Um Lugar Para Todo Mundo” – adaptação para o titulo em inglês, “Forget Me Not”, divulgado pela produtora Maria Farinha Filmes ↗.
Quando Emílio, uma criança de 3 anos, está prestes a ingressar na escola, sua família se depara com as barreiras do sistema educacional que mais discrimina nos Estados Unidos: as escolas públicas da cidade de Nova York. Na luta para garantir o direito de Emílio à uma educação inclusiva, ela investiga histórias pessoais e inspiradoras que denunciam muitas injustiças.
Descrição do vídeo #PraCegoVer: Cenas do documentário “Um Lugar Para Todo Mundo”, com áudio em inglês e legendagem em português. A filmagem mostra diferentes ambientes, em Nova York, nos Estados Unidos. Créditos: Divulgação
Uma coprodução entre a produtora norte-americana Rota6 ↗ e a Maria Farinha Filmes, produtora líder em entretenimento de impacto na América Latina, “Um Lugar Para Todo Mundo” é lançado hoje, dia 20 de setembro às 23h59 – no GNT, pelo Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência – celebrado em 21/09. Dirigido por Olivier Bernier, pai de Emílio e diretor da produtora Rota6, o filme também será exibido na TV Cultura e ficará disponível nas plataformas Globoplay e Videocamp ↗.
“Eu acredito que o Um Lugar Para Todo Mundo começa onde o Crip Camp parou. O Crip Camp termina com as leis que foram alteradas devido ao seu incrível ativismo e o Um Lugar Para Todo Mundo começa com como essas leis estão sendo implementadas hoje e como o movimento das pessoas com deficiência precisa continuar avançando frente”, afirma o diretor Olivier Bernier.
A obra conta com o apoio e a expertise da spin off Flow Impact em todo os processos de distribuição para o filme: “Produções recentes da Maria Farinha Filmes já alcançaram mais de 30MM de pessoas, e engajaram mais de 100 organizações globais em um movimento de impacto. A cada projeto, enxergamos de forma mais clara como o audiovisual pode provocar mudanças importantes na sociedade, e mudar o jogo na resolução de problemas sistêmicos e complexos”, acredita Marcos Nisti, sócio fundador da Maria Farinha Filmes.
Em junho deste, a produtora Maria Farinha Filmes e a distribuidora Flow foram premiadas ↗ no WEPs Brasil 2021 – Empresas Empoderando Mulheres (iniciativa reconhecida pela ONU Mulheres) como as únicas empresas do setor audiovisual a reunir lideranças femininas que impulsionam e empoderam a cadeia criativa.
O filme foi selecionado para produção na edição de 2018 do Videocamp Film Fund – uma iniciativa do Instituto Alana. O Edital foi uma das maiores iniciativas do mundo voltada a filmes com impacto social para financiamento de uma única produção. Esse movimento reconhece a potência com que o cinema inspira e incentiva a reflexão em torno de temas socialmente relevantes.
‘Em diversos países, ainda há uma profunda segregação de alunos com deficiências na Educação restritos à instituições especializadas, ainda que existam muitos estudos que comprovem os benefícios da Educação Inclusiva para toda a sociedade – de acordo com dados do Relatório de Monitoramento Global da Educação (Relatório GEM) de 2020 ↗, e o site PEER, da UNESCO ↗, que avalia o cenário e desempenho da educação inclusiva em todo o mundo.
Sobre a Educação Inclusiva, de acordo com a divulgação, em um quarto dos países do globo, a legislação local determina que crianças com deficiências sejam instruídas em espaços separados. Ainda com base no Relatório GEM (2020), a maioria dos sistemas educacionais não leva em consideração as diferenças dos estudantes. “O Brasil, diferente dos demais países, tem uma história de sucesso no direito à educação para todas as crianças”, diz a nota. Em 2020, em um total de 1.308.900 estudantes com deficiência matriculados na educação básica, 88% estão em escolas comuns.
“Analisando o cenário internacional, o Brasil desponta como um caso de sucesso na legislação que confirma direitos iguais às pessoas com deficiência. Ao contrário dos Estados Unidos e de outros países considerados desenvolvidos, o Brasil, em pouco mais de uma década, duplicou a matrícula de estudantes com deficiência, especialmente no Ensino Fundamental, e melhor, tudo em escolas comuns”, segundo Raquel Franzim, Diretora de Educação e Cultura da Infância do Instituto Alana.
Para a Diretora do Instituto Alana, “gora que a maioria dos estudantes estão no lugar onde sempre tiveram direito de estar, o único caminho é o de não retornar a um modelo educativo de separação de pessoas por suas características ou diferenças, ainda que tenhamos muito o que qualificar na implementação das políticas e no chão das comunidades e das escolas”.
Antes de finalizar, Franzim pondera que é “também preciso uma grande cooperação internacional para que o objetivo 4 da Agenda 2030 chegue a cada país que ainda não assegurou a educação inclusiva, equitativa e de qualidade para todas as crianças, e o Brasil tem muito a ensinar sobre isso”.
Nos Estados Unidos, já foram decretadas políticas que apoiavam um cenário mais promissor, como as Leis para Indivíduos com Deficiência de 1975 e 1997, e uma emenda de 2004, que exige que escolas públicas incluam alunos com deficiência em classes de Educação Geral e Integrada. Mas, de maneira geral, o sistema ainda dificulta o acesso à uma escola plural e abrangente para essas crianças da Educação Geral ao Ensino Médio.
O filme reúne especialistas como Thomas Hehir, Diretor em Educação Especial nos Estados Unidos; Sara Jo Soldovieri, Advogada do National Down Syndrome Society; Lori Podvesker, Diretora do Disability & Educational Policy; David H. Rose, cocriador da Universal Design of Learning; Sue Swenson, Deputy Assistant Secretary for Special Ed-Services e Richard A. Carranza, Chancellor of NY Public Schools.
“Um Lugar Para Todo Mundo” propõe que a sociedade entenda o valor de garantir o direito à uma Educação Inclusiva e de qualidade para todas as crianças, e se junte à caminhada para uma realidade onde nenhuma criança fique de fora da escola.
Com première no Human Rights Film Festival em maio ↗, o longa – que foi premiado com o ‘Hernandez/Bayliss Prize for Triumph of the Human Spirit’ no Middlebury Film Festival e selecionado pelo New Orleans Film Festival e pelo ACT Human Rights Festival, na Colorado State University – tem o apoio institucional global da Human Rights Watch:
“Enquanto os Estados Unidos continuam sua dolorosa busca pela diversidade e inclusão, devemos valorizar cada membro de nossa comunidade. Nosso sonho é que a história de Emílio não seja mais comum aqui ou em qualquer outro lugar do mundo. Nosso sonho é reunir nossos jovens, nas escolas, na comunidade e nos nossos locais de trabalho, não os mantendo segregados”. Carlos Ríos-Espinosa é pesquisador sênior e defensor dos direitos das pessoas com deficiência na Human Rights Watch.
A rede de apoio do documentário conta com importantes organizações como Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, Ministério Público de SP, FBASD (Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down), Fundação Itaú Social, Instituto Unibanco, Escola de Gente, Instituto Rodrigo Mendes, ANEC (Associação das Escolas Católicas), LEPED Unicamp, Talento Incluir, Instituto de Pesquisa Amankay, Instituto Avisa Lá Formação Continuada de Educadores, Comunidade Educativa CEDAC e Mais Diferenças.
SERVIÇO:
“Um Lugar Para Todo Mundo” (2021)
- Lançamento: Dia 20 de setembro no GNT
- Horário: Às 23h59
- Estreia nas plataformas Globoplay ↗ e Videocamp ↗ no dia 21 de setembro
SOBRE ROTA6 FILMS
A Rota6 Filmes é uma produtora ↗ que cria conteúdo cinematográfico com significado para marcas, agências e por amor ao cinema. Somos especialistas em criar as condições certas para que a mágica aconteça diante de nossas lentes. O resultado é uma peça autêntica e surpreendente. É lindamente real.
SOBRE A MARIA FARINHA FILMES
Há mais de 13 anos contando histórias com o objetivo de despertar grandes mudanças, a Maria Farinha Filmes já produziu mais de 60 filmes, séries e outros formatos que impactaram milhões de pessoas em todo planeta. A primeira produtora da América Latina a receber o certificado B Corp, desenvolveu projetos como O Começo da Vida 2 (2020), Um Crime entre Nós (2020), Eleitas (2020), Aruanas (2019), Nunca Me Sonharam (2017), O Começo da Vida 1 (2016), Jovens Inventores (2015), Tarja Branca (2014), Muito Além do Peso (2012), entre outros.
SOBRE A FLOW
A partir da percepção de que algumas mudanças precisam ser aceleradas, foi criada a Flow, uma distribuidora que experimenta novas formas de chegar ao público e realiza campanhas de impacto social ↗ que proporcionam caminhos concretos e plurais, fomentando o espírito ativista. Alguns dos destaques de seu portfólio são os documentários A Juíza, indicado ao Oscar em 2019, e Longe da Árvore (2018), baseado no best-seller com o mesmo título – ambos frutos de uma parceria com a Participant Media, produtora americana dedicada a realizar entretenimento que traz consciência social, indicada a 73 Oscars e vencedora de 18 estatuetas.
SOBRE O ALANA
O Instituto Alana ↗ é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, nasceu com a missão de “honrar a criança” e é a origem de todo o trabalho do Alana que começou em 1994 no Jardim Pantanal, zona leste de São Paulo. O Instituto conta hoje com programas próprios e com parceiros, que buscam a garantia de condições para a vivência plena da infância e é mantido pelos rendimentos de um fundo patrimonial desde 2013.
SOBRE O VIDEOCAMP
O Videocamp é uma plataforma online ↗ que reúne filmes com potencial de impacto que podem ser exibidos por qualquer pessoa, em qualquer lugar do mundo e de forma gratuita. A missão do Videocamp é criar caminhos para democratizar o acesso à cultura e à informação, que são direitos universais. Para os realizadores, a plataforma potencializa a formação de público e atua como ferramenta de promoção dentro da estratégia de lançamento do filme.
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