Prevenção do Alzheimer na mulher com reposição hormonal

Retrato de mulher negra, idosa, com cabelos presos. Sobreposição do texto: Prevenção do Alzheimer na mulher. Como plano de fundo, imagens de ressonância magnética de um cérebro.
Fortalecimento ósseo e prevenção do Alzheimer na mulher podem ser alcançados com reposição hormonal. (Imagem: Edição de arte. Foto: Rawpixel/Freepik)

Terapias hormonais e avanços recentes na medicina podem mudar o cenário de tratamento da doença neurodegenerativa e o fortalecimento ósseo para mulheres

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) , cerca de 2/3 das pessoas com a doença de Alzheimer são mulheres. Essa maior propensão em relação ao homens está relacionada com uma combinação de fatores sociais e biológicos, como o declínio do estrogênio durante a menopausa, acelerando a neuropatologia nas mulheres. 

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    Boa leitura!

    Nova abordagem com reposição hormonal

    Até poucos anos atrás, temores pelo risco de câncer e ganho de peso inibiam muitas mulheres de desfrutar dos benefícios da reposição hormonal. De fato, as informações ainda estavam sendo investigadas, gerando incertezas e, em alguns casos, equívocos.

    Mas um estudo publicado na revista científica Alzheimer’s Research & Therapy , no último dia 09 de janeiro, mostra que uma nova abordagem com terapia hormonal pode ser forte aliado na redução de riscos e prevenção do Alzheimer em mulheres. 

    De acordo com a publicação, a terapia de reposição hormonal (TRH) pode representar uma estratégia direcionada eficaz para mitigar o maior risco de desenvolver a doença ao longo da vida.

    Prevenção do Alzheimer na mulher

    Dr. Fábio Strauss, cirurgião geral e referência em reposição hormonal, explica que neste caso, há uma relação direta com o estrogênio, cuja produção entra em queda na menopausa, um dos prováveis fatores do desenvolvimento da doença que causa a degeneração e morte das células cerebrais.

    “É fato reconhecido pela medicina que a reposição do estrogênio em mulheres fortalece os ossos, ajuda no controle do peso, preserva a saúde dos cabelos e unhas, melhora a libido e aumenta a disposição. A nova descoberta relacionada à demência potencializa sua importância”, reitera o cirurgião geral e referência em reposição hormonal, Dr. Fábio Strauss.

    Aliado na medida certa

    O estudo europeu aponta que as participantes apresentaram melhores índices de saúde neurológica, maiores volumes cerebrais e funções cognitivas ao longo do tempo, a partir do tratamento com estrogênio.

    As boas notícias, de toda forma, não fazem da reposição uma opção para todas. A avaliação médica é imprescindível para o tratamento, conforme afirmação do especialista Fábio Strauss.

    “A real necessidade, a dosagem e a melhor forma de aplicação – que pode ser oral, injetável ou por meio de gel ou adesivo – dependem de uma orientação especializada, pois se trata de saúde e os riscos, mesmo que muito baixos, podem ser aumentados pela administração inadequada”, conclui Strauss.

    Sobre o Alzheimer

    O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa crônica e progressiva que afeta a memória e as habilidades cognitivas. É a forma mais comum de demência e sua incidência tem aumentado com o envelhecimento da população mundial.

    Segundo a OMS, cerca de 2/3 das pessoas com a doença de Alzheimer são mulheres. Essa maior propenção em relação aos homens pode ser atribuído a uma combinação de fatores biológicos e sociais, como a longevidade das mulheres, o declínio do estrogênio durante a menopausa e a exposição a fatores de risco ao longo da vida.

    Números do Brasil, América Latina e mundo

    No Brasil, a doença de Alzheimer é a quinta causa de morte entre idosos, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Segundo a Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz), cerca de 4,6 milhões de brasileiros vivem com a doença, e esse número deve chegar a 14 milhões até 2050. A falta de diagnóstico precoce e o acesso ao tratamento adequado são alguns dos desafios enfrentados pelo país.

    Na América Latina, o número de pessoas com a doença de Alzheimer deve aumentar de 3,5 milhões em 2018 para 10,3 milhões em 2050, segundo a Organização Pan-americana da Saúde (OPAS). O aumento da população idosa e a falta de políticas públicas de prevenção e tratamento adequadas são alguns dos desafios enfrentados pela região.

    Em nível mundial, a doença de Alzheimer é a sexta causa de morte, e cerca de 55 milhões de pessoas vivem com a doença, segundo a OMS.  Como a proporção de idosos na população está aumentando em quase todos os países, espera-se que esse número suba para 78 milhões em 2030 e 139 milhões em 2050.

    Fonte

    > Ministério da Saúde do Brasil (https://www.saude.gov.br/)
    > Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz) (https://www.abraz.org.br/)
    > Organização Pan-americana da Saúde (OPAS) (https://www.paho.org/)
    > Organização Mundial da Saúde (OMS) (https://www.who.int/)
    > Alzheimer’s Research & Therapy (https://alzres.biomedcentral.com/)

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