Festival Olga Kos promove inclusão com artes marciais em São Paulo

Instrutor de taekwondo e jovem com trissomia 21 fazem saudação em evento do Festival Olga Kos de Inclusão Esportiva. (Créditos: Divulgação/Instituto Olga Kos)

Legenda descritiva: Instrutor de taekwondo e jovem com trissomia 21 fazem saudação em evento do Festival Olga Kos de Inclusão Esportiva. (Créditos: Divulgação/Instituto Olga Kos)

Eventos de capoeira e taekwondo celebram a diversidade e ampliam o acesso ao esporte para pessoas com deficiência e comunidades em vulnerabilidade.

São Paulo (SP) — A capital paulista se tornará, em maio, palco de dois importantes eventos voltados à promoção da inclusão e do direito ao esporte. O Instituto Olga Kos realizará o 2º Festival de Capoeira, no dia 17, e o 3º Festival de Taekwondo, dia 31, no Clube Escola Vila Manchester, na zona leste da cidade. As duas iniciativas integram o Festival Olga Kos de Inclusão Esportiva — um projeto que transforma as artes marciais em instrumento de cidadania, engajamento comunitário e acessibilidade.

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Ambos os eventos contarão com atividades gratuitas e participativas destinadas a pessoas com deficiência, bem como a crianças, jovens, adultos e idosos em situação de vulnerabilidade social. A programação é alinhada ao Programa do Ministério do Esporte e prevê mais edições com outras modalidades nos meses de junho e agosto, consolidando uma agenda anual de promoção da esportividade e da inclusão.


Panorama esportivo

Em um país onde o acesso ao esporte ainda é um privilégio de poucas pessoas, sobretudo entre aquelas com deficiência e moradoras das periferias urbanas, o Festival de Inclusão Esportiva do Instituto Olga Kos se estabelece como uma resposta concreta a essa desigualdade estrutural. Com enfoque participativo e acessível, o evento estimula o desenvolvimento físico e emocional dos participantes — e leva uma mensagem clara: cidadania se constrói com inclusão ativa.

Festival Olga Kos: Capoeira e Taekwondo para inclusão social

De acordo com a coordenadora do Departamento de Esportes do Instituto, Janaína Ferreira, as duas edições de maio devem reunir cerca de 500 participantes, sendo 200 no Festival de Capoeira e 300 no de Taekwondo. Os públicos são diversos, com presença de crianças, adolescentes, adultos e idosos, com e sem deficiência.

“Esses festivais estimulam o engajamento de comunidades que normalmente estão excluídas do universo esportivo. Nosso objetivo é garantir acesso equitativo e valorizar cada participante como protagonista”, afirma Janaína.

Pessoas com deficiência participam de roda de capoeira em cadeiras de rodas durante Festival Olga Kos de Inclusão Esportiva, com grande público ao fundo.
Descrição da imagem: A imagem mostra um festival de capoeira inclusivo, com diversos participantes usando cadeiras de rodas enquanto praticam movimentos com apoio de instrutores. Todos vestem uniformes brancos e o evento acontece em um ginásio lotado, com uma plateia atenta ao fundo. A cena transmite inclusão, alegria e valorização da diversidade por meio do esporte. (Créditos: Divulgação/Instituto Olga Kos)

Já para Wolf Kos, presidente do Instituto Olga Kos, a proposta vai além da prática física:

“Os festivais de maio serão verdadeiros shows de esportividade e inclusão. Mais do que eventos, são experiências que elevam a autoestima e proporcionam pertencimento.”

O recinto escolhido — o tradicional Clube Escola Vila Manchester — apresenta infraestrutura apropriada para receber pessoas com deficiência, com acessibilidade arquitetônica e equipe capacitada, em cumprimento às diretrizes da Lei Brasileira de Inclusão (Lei nº 13.146/2015 ).

Participação e impacto: mais que números

O Festival Olga Kos de Inclusão Esportiva projeta alcançar um público direto de mil pessoas ao longo do ano — incluindo as edições com outras modalidades previstas para os próximos meses — e um público indireto estimado em cerca de 2 mil pessoas, contando familiares, cuidadores e membros da comunidade.

A proposta não é competir, mas incluir, favorecer o convívio respeitoso e incentivar a vivência de valores fundamentais como solidariedade, disciplina e empatia.

Objetivos centrais do projeto

– Fortalecer a convivência entre pessoas com e sem deficiência por meio da prática esportiva;
– Priorizar participantes de comunidades em situação de vulnerabilidade social;
– Usar as artes marciais como ferramenta pedagógica de desenvolvimento pessoal;
– Estimular a criação de espaços seguros e inclusivos para a prática esportiva na cidade de São Paulo.

Inclusão em movimento: resultados esperados

Além do fortalecimento das redes sociais comunitárias, o Instituto espera que a experiência dos festivais renda frutos a médio e longo prazo em forma de políticas públicas, programas escolares e novos núcleos esportivos adaptados. A missão é plantar uma semente para o futuro, onde cada aula, cada roda de capoeira ou treino de taekwondo é um ato de resistência e de esperança.


Serviço

2º Festival de Capoeira
Data: 17 de maio
Horário: Das 8h às 13h

3º Festival de Taekwondo
Data: 31 de maio
Horário: das 8h às 13h

Local: Centro Educacional e Esportivo Vicente Ítalo Feola
Endereço: Praça Haroldo Daltro, s/n – Vila Nova Manchester, São Paulo (SP)
Mais informações em: www.institutoolgakos.org.br


Sobre o Instituto Olga Kos

Com 18 anos de atuação, o Instituto Olga Kos (IOK) é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), reconhecida pelo Ministério da Justiça. Seus projetos — nas áreas de esporte, arte e ciência — têm como eixo central a inclusão de pessoas com deficiência. Além disso, o Instituto amplia sua atuação para pessoas sem deficiência em condição de vulnerabilidade, promovendo vivências de troca e pertencimento.

O IOK já impactou diretamente cerca de 40 mil pessoas e consolidou-se como uma das principais referências em inclusão no Brasil.