Exposição de Van Gogh: “Nenhuma acessibilidade para pessoas cegas ou surdas”
A exposição imersiva Van Gogh Live 8K é apenas tecnológica e não oferece o mais importante: as tecnologias assistivas e acessibilidade digital.
A exposição imersiva Van Gogh Live 8K é apenas tecnológica e não oferece o mais importante: as tecnologias assistivas e acessibilidade digital.
A difusão de um discurso que se diz anticapacitista, mas que segrega dentro do que já é excludente. Artigo de Daniela Rorato, mãe ativista, gestora de soluções inclusivas, empreendedora social.
Há 25 anos eu saí da sala de aula na faculdade de jornalismo para chorar escondido. Estávamos discutindo as linguagens da publicidade e o estudo era sobre a campanha dos “bichinhos Parmalat” (só vai lembrar quem é ‘vintage’).
De todas as violências sociais que existem no Brasil e que se tornam mais avassaladoras neste momento pandêmico, venho falar sobre uma que talvez seja invisível para a grande maioria e que, apesar de vivenciada por muitas mulheres, não é objeto de atenção, nem da alteridade coletiva. Gostaria de propor um exercício de empatia sobre “a mãe solo da criança com deficiência na pandemia”.
Hoje é aniversário de Roberto Carlos, um ídolo que compartilho pela vida afora com a minha mãe. A memória da infância vem com as capas de vinis onde aquele cara cabeludo, tinha um lenço amarrado no pescoço e um cachimbo na boca, numa pose de galã blasé, misturada com o som de muitas canções do Rei em todos os momentos alegres e até tristes.
Entidades que lutam em defesa dos direitos das pessoas com Síndrome de Down (SD) lançaram recentemente a campanha #UmaDosedeRespeito, que exige dos Governos federais, estaduais e municipais uma posição em relação a prioridade das pessoas com SD na vacinação, devido a sua vulnerabilidade. Trata-se de uma iniciativa de mobilização da Federação Brasileira das Associações de síndrome de Down junto às suas 38 instituições associadas.
Hoje, 21 de março, é o Dia Mundial da Síndrome de Down, e eu poderia escrever um texto alertando para o fato de que pessoas que têm a síndrome merecem ser respeitadas e incluídas. Mas isso é o óbvio. Ou, eu poderia relatar que essas pessoas “chegam lá”, narrando de uma forma subjetiva que a “diferença é só um cromossomo do amor”, e que todas as pessoas com T21 se desenvolvem plenamente, com autonomia social e apenas pequenas limitações, mas isso não é verdade.